Hermes era espetacular. O filho de Maia, apesar de representar os ladrões e furtos, foi um deus extremamente habilidoso, inteligente, astuto e, desde pequeno, chamou a atenção de seu pai Zeus. Consequentemente, foram entregues a ele inúmeras responsabilidades importantes do reino, como a de mensageiro dos deuses e o posto de um dos doze deuses supremos do Olimpo.
Assim, o deus conduziu o rebanho até o rio Alfeios, onde o alimentou e decidiu aprender a arte do fogo. Tão inteligente foi, que o recém-nascido Hermes conseguiu gerar faíscas a partir de um graveto, até tornar-se fogo, alimentando as chamas com mais troncos secos e dando vida a uma grande fogueira. Por esse feito, a criação do fogo é concedida a ele, quem sacrificou duas das cinquenta vacas do rebanho para se alimentar.
Hermes levaria os comandos de Zeus para outros deuses e criaturas, como quando ele disse à ninfa Calipso para libertar Odisseu na Odisseia de Homero. Hermes ganhou sua velocidade de suas sandálias aladas, que lhe permitiram voar como um pássaro e se mover como o vento.
Ele era o mais rápido dos deuses e usava sua velocidade para levar mensagens para os outros deuses. Ele ajudou a levar os mortos para o submundo e poderia colocar as pessoas para dormir com seus poderes mágicos.
Encantado pelo som, ele aceitou o trato e nomeou Hermes o protetor dos rebanhos, quem aceitou com grande felicidade e tornou-se muito próximo e amigo de seu meio-irmão Apolo.
Pelo caminho, Hermes chegou a ser visto por um velho senhor em seu vinhedo, no entanto, prometeu ao homem grande abundância de vinho na sua próxima colheita, caso ele obedecesse e esquecesse daquilo visto e ouvido naquele dia.
A história da lira é “infantil” como a história de uma criança ao ganhar seu primeiro animal de estimação. Hermes, logo após decidir roubar o rebanho de Apolo, estava de partida quando deu de encontro com um lindo jabuti, o qual roubou sua atenção e admiração. O pobre animal estava se alimentando, quando caiu do portão e morreu.
Como o principal mensageiro dos deuses, especialmente de Zeus, Hermes aparece em muitos contos da mitologia grega. Tanto a velocidade de Hermes quanto suas habilidades como orador fizeram dele um excelente mensageiro.
Hermes serviu como um grande “faz-tudo” de Zeus, salvando, assistindo e conduzindo diversos outros deuses em suas aventuras. Ele é dito como inventor dos números, música, alfabeto, da arte das lutas e ginástica, medidas e pesos, entre muitas outras coisas.
O pequeno deus, no entanto, encarou o ocorrido como um ótimo presságio de boa sorte, no qual designou que vivo, o jabuti serviria como um feitiço contra bruxarias e, se morto, deveria cantar as canções mais bonitas.
Em seu caminho de volta para a caverna, Hermes encontrou uma tartaruga e inventou a lira (um instrumento musical de cordas) com sua concha. Apolo mais tarde descobriu sobre o roubo e exigiu seu gado de volta.
A primeira lira de Hermes despertou no deus grandes canções aleatórias sobre sua geração, histórias, festivais e seus pais. No entanto, apesar de sua mente estar ali, seu coração estava direcionado para outros assuntos, fazendo o deus guardar sua lira consigo e partir.
Tão expressiva foi sua atuação como mensageiro que até os sonhos enviados por Zeus aos mortais, em suas noites de sono, eram entregues por Hermes, sendo considerado o deus responsável por enviar ou evitar noites tranquilas aos homens.
Deus dos rebanhos, dos viajantes, das academias e atletismo, da escrita, diplomacia e tudo aquilo relacionado aos céus – astrologia e astronomia – Hermes já nasceu expondo seu grande dom da astúcia, um verdadeiro trickster da mitologia grega.
Dessa forma, Hermes levou seu novo “brinquedo” para dentro de casa, retirou seus órgãos, até restar apenas com sua carapaça. Usando tiras de couro de boi e tripas de ovelha, o menino criou um instrumento que soava maravilhosamente bem, próprio de uma divindade.