Existe razão nas coisas feitas pelo coração? O grande Renato Russo acha que não e escreveu a história de um casal controverso, com características muito diferentes e que teria poucas chances de dar certo na vida real.
E a história por trás da música, será que foi inspirada em algum fato real? Eles foram o típico casal perfeito ou será que rolou uma traição? É isso que vamos descobrir juntos. Bora lá?
Em função da pandemia de COVID-19, o processo enfrentou vários cancelamentos na sua programação de estreia nos cinemas, mas acabou chegando ao público no começo deste ano e, logo no início da exibição, já ocupava o quarto lugar entre os filmes mais vistos no Brasil.
"Sempre que ele compunha ele me ligava, ou ligava para outras amigas, para mostrar. E aí certa noite ele me ligou e disse que a música era para nós. Eu, honestamente, não estava nem aí naquele momento. Foi só com o tempo que eu fui reconhecer o tamanho do presente que ele, o melhor amigo que eu tive em toda a vida, me deu", explica em entrevista à Folha de S. Paulo.
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Você conhece o significado da música Índios? Vem com a gente neste post que traz toda a análise da canção.
Conforme noticiou o site Hypeness, contudo, a história cantada por Renato Russo não era fictícia. A canção teria sido inspirada no relacionamento de uma das grandes amigas do cantor: a artista plástica Leonice Coimbra, a “Mônica” da música. Ela e Fernando Coimbra, hoje embaixador do Brasil no México, estão casados há 42 anos.
Mas, por mais que muitos já saibam de cor as virtudes e preferências de cada um desses personagens, além das férias frustradas pelo fato do ‘filhinho do Eduardo ficar de recuperação’, poucos têm o conhecimento das pessoas reais que inspiraram Renato Russo a compor cada verso da música.
Com uma letra tão detalhista, Eduardo e Mônica já parecia estar pronta para ser adaptada a alguma vertente. Inicialmente, o mercado publicitário aproveitou o sucesso para realizar algumas campanhas voltadas ao Dia dos Namorados. Sendo assim, muitos fãs começaram a perguntar se o material não seria suficiente para ganhar o seu próprio filme.
“Da canção, só me encaixo quando ele diz que Mônica adorava filmes de Godard e tinha tinta no cabelo — como sou artista plástica, às vezes tinha mesmo tinta no cabelo”, revelou Mônica, ou melhor, Leonice em entrevista à revista Flashback em 2004.
Apesar deste sentimento de gratidão, ela afirmou à Folha que não enxerga tantas características suas ou de seu esposo no casal descrito na música. Porém, Leonice Coimbra admite que a energia da história, o encontro de amor realmente existiu e sentindo-se orgulhosa por servir como referência de um casamento feliz, combinando como feijão com arroz. Confira mais de outras histórias das músicas, com o Versos e Prosas.
"Eu acredito que o Renato escreveu essa música idealizando um pouco a minha mãe; o que faz sentido, porque ele era mais próximo dela. Mas a energia da história, esse encontro de amor, isso realmente existe, porque eles são referência de um casamento bacana, são mesmo como 'feijão com arroz'”, completa.
Leonice conta que o 'pouco caso' que fez da letra se deu pelo fato dela se identificar pouco com a personagem descrita por Renato. Afinal, ela jamais estudou medicina e também é só um pouco mais velha que o marido, o qual considera o real intelectual da relação.
Ela ainda afirmou que, apesar de gostar da música, não se via em Mônica, assim como não achava Fernando parecido com Eduardo: “Acredito que o Renato escreveu essa música idealizando um pouco a minha mãe -o que faz sentido, porque ele era mais próximo dela. Mas a energia da história, esse encontro de amor, isso realmente existe, porque eles são referência de um casamento bacana, são mesmo como feijão com arroz.”
'Eduardo e Mônica' era um casal nada convencional, símbolos de como os opostos podem se atrair e nutrir uma relação forte e duradoura. Afinal, ‘quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?’.
Questionada sobre essas polêmicas, Leonice Coimbra não demonstra se preocupar e se apega a relevância da música na cultura brasileira. Ela assegura que não se entristece com as teses levantadas de que a canção não teria nada a ver com ela, visto que considera que “nós nada seríamos sem amor”. Ainda segundo Coimbra, a música retrata uma história de amor que provavelmente deve se repetir diariamente, e diz se sentir honrada “de a ter motivado de alguma forma”.
Nesta estrofe, a música dá um salto no tempo e dá a entender que Eduardo e Mônica agora já se casaram, construíram uma casa e tiveram filhos gêmeos. Venceram juntos algumas dificuldades.