O órgão responsável pelas rotas dos voos e seu acompanhamento é o Cindacta, o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo. Além de acompanhar as rotas, esse órgão presta serviços de gerenciamento de tráfego aéreo; defesa aérea; informações aeronáuticas; meteorologia aeronáutica; telecomunicações aeronáuticas; e busca e salvamento.
O controle do espaço aéreo brasileiro é feito por um software nacional. Lançado em 2016, o Sagitário pode processar informações de diversas fontes, como radares e satélites, e concretizar em uma única apresentação visual para o controlador de voo.
Com a reestruturação implementada, alguns órgãos de direção foram extintos e outros criados. Os sete COMARs foram extintos e substituídos por Alas – organizações militares voltadas para a área operacional. Já em dezembro de 2016, começaram a ser ativadas as Alas e desativadas as estruturas baseadas nos antigos Comandos Aéreos Regionais.
O sistema possui inovações em relação ao seu antecessor, o X-4000, e permite, por exemplo, a sobreposição de imagens meteorológicas e do setor sob controle. Isso permite acompanhar, por exemplo, a evolução do mau tempo em uma região.
Durante a segunda metade do século 20, a FAB se desenvolveu, incorporando novos aviões e participando ativamente da criação da indústria aeronáutica brasileira. Em 1999, foi criado o Ministério da Defesa, tendo o Ministério da Aeronáutica sido extinto, assim como aconteceu com os antigos Ministérios da Marinha e do Exército. Em seu lugar, foi criado o Comando da Aeronáutica (COMAER), comando militar liderado pelo comandante da FAB e que é responsável por dirigir todos os demais comandos e organizações militares subordinados da força aérea.
A reorganização foi feita pensando na racionalização da administração e uso de recursos. Desde o início da reorganização até hoje, a FAB mantém uma página na internet exclusiva para esclarecer a nova estrutura em implantação (veja aqui). As novas Alas serão tema da próxima seção.
O Major Marcio Tonetti, do COE (Centro de Operações de Emergência), centro responsável pelo controle de tráfego aéreo em boa parte do país, diz que o Cindacta I é responsável pelas principais rotas de voos do Brasil. “Na região central, passam os principais voos do Brasil. Ela é controlado pelo ACC (Centro de Controle de Área) de Brasília (DF). Entre os destinos que monitoramos, estão, por exemplo, voos entre São Paulo e o Nordeste; Brasília e São Paulo e Rio de Janeiro; e Belo Horizonte para os demais destinos.”
A navegação no espaço aéreo é gerenciada pelo DECEA, órgão ao qual estão subordinados os quatro CINDACTAs (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo).
Além das aeronaves de asa fixa (aviões), a FAB também possui vários modelos de aeronaves de asas rotativas (helicópteros), como o norte americano Black Hawk, o europeu EC725 Caracal e o russo Mil-MI 35M. Nos próximos anos, novos aviões serão incorporados à FAB, com destaque aos Caças Gripen NG e ao cargueiro KC-390.
Subordinado ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o Centro Integrado possui quatro sedes no país, que cobrem todo o território nacional e uma parte do Oceano Atlântico, totalizando mais de 22 milhões de quilômetros quadrados de cobertura. O Cindacta I controla a região central do Brasil; o II, os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, parte de São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo; o III abrange o nordeste do país e uma extensa área do Oceano Atlântico; e o IV cobre os estados do Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Amapá, Acre, Mato Grosso, Tocantins e parte do Maranhão.
A Força Aérea Brasileira (FAB) nasceu a partir das antigas aviações da Marinha do Brasil e aviação do Exército Brasileiro. Em 1916 e 1919, Marinha e Exército fundaram as primeiras escolas de aviação militar, respectivamente, e passaram a desenvolver também atividades com meios aéreos.
Além disso, os planos de voo podem ser editados graficamente sobre o mapa, permitindo inclusão, retirada e reposicionamento de pontos do plano e o cancelamento de operações.
A principal atribuição da FAB é manter a soberania no espaço aéreo nacional, impedindo o uso do espaço aéreo brasileiro para fins hostis ou contrários aos interesses brasileiros.
Cada Ala é uma organização comandada por um Brigadeiro do Ar ou Coronel-Aviador, com responsabilidade ligada tanto ao preparo, quanto às ações de emprego da Força. As Alas são compostas de esquadrões, batalhões e grupos, podendo ter funções das mais diversas.
O controle e monitoramento do espaço aéreo brasileiro é de responsabilidade do DECEA (Departamento de Controle e Espaço Aéreo). Ao todo, são mais de 22 milhões de km² de espaço aéreo a serem monitorados, incluindo parte significativa do oceano atlântico.
Para cumprir sua missão principal, a FAB conta com o COMAE, órgão de direção responsável pelo planejamento e execução de todas as atividades e operações aeroespaciais.
Cada subdivisão do espaço aéreo é designada de Regiões de Informação de Voo, ou FIR, do inglês Flight Information Region. O quatro CINDACTAs são responsáveis por operar 5 grandes FIRs. Esses quatro centros operacionais são:
Um grupo de aviação (GAV na sigla do mapa) é formado por vários esquadrões. Há ainda os Grupos de Transporte (GT) e Grupos de Transporte de Tropa (GTT), os Esquadrões de Transporte Aéreo (ETAs), Esquadrões Aeroterrestres de Salvamento (EAS) e o famoso Grupo de Transporte Especial (GTE), responsável pelo transporte aéreo do presidente da república.
A Força Aérea Brasileira tomou parte da campanha antissubmarino no Atlântico Sul e combateu na Itália ao lado das Forças Aliadas, durante a Segunda Guerra Mundial. Esse evento é considerado o batismo de fogo da FAB.
Apesar de esse não ser um texto que visa cobrir por completo a estrutura da FAB (isso merece um livro à parte), agora você conhece brevemente as principais aeronaves à sua disposição, sendo que um grande e necessário impulso será dado com a chegada dos caças Gripen NG e do novo cargueiro KC-390.
A FAB tem passado por um grande processo de reformulação, com extinção de antigas unidades e estabelecimento de uma nova estrutura baseada em Alas aéreas, em substituição aos antigos COMARs. Você conheceu como a FAB faz o controle e monitoramento do espaço aéreo brasileiro por meios dos quatro CINDACTAs, responsáveis por gerir as 5 FIRs (Regiões de Inspeção de Voo) de todo o território brasileiro.
Além do controle dos voos comerciais, o Cindacta I também é responsável pela defesa do espaço aéreo brasileiro, podendo até atuar em situações de emergências. Sobre a questão, Tonetti destaca. “Também fazemos a parte de defesa aérea. Quando há qualquer aeronave não identificada, existe um protocolo de segurança, com alertas e aeronaves militares são acionadas para identificar e, em última instância, forçar o pouso ou, até mesmo, abater, caso exista uma autoridade competente que autorize o procedimento.”