O Instituto Tomie Ohtake fica localizado entre as avenidas Faria Lima e Pedroso de Moraes, importante eixo da cidade de São Paulo. O colorido do edifício chama a atenção em meio ao cinza dos prédios comerciais da região, sem falar nas suas formas geométricas que também são bem marcantes.
Além de um programa de exposições marcante na cena cultural brasileira e que se desdobra em outras atividades como debates, pesquisa, produção de conteúdo, documentação e edição de publicações, o Instituto Tomie Ohtake desenvolve, desde a sua fundação, ampla pesquisa no ensino da arte contemporânea. Por isso, foi pioneiro na criação de novos processos para a formação de professores e de alunos das redes pública e privada, além de realizar uma série de atividades dirigidas ao público em geral e projetos de estímulo ao desenvolvimento da produção contemporânea.
Após sua chegada no Brasil, Tomie se casou e passou anos nas funções da família. Em 1951, conheceu seu primeiro mentor, o pintor Keisuke Sugano, também japonês e recém-chegado ao Brasil na época.
Dois anos depois, em 1953, já reconhecida pela comunidade artística, Tomie participou de uma exposição no Grupo Seibi, uma associação japonesa fundada em 1935, na zona sul de São Paulo, e com muito prestígio entre a comunidade da colônia.
O Instituto organiza ainda os prêmios Energias na Arte (que explora as relações entre arte e ciências) e as exposições da série Mostra 3M de Arte Digital (para discutir arte contemporânea e suporte digital). O setor de Ação Educativa também merece destaque, por guiar visitas educativas às exposições e pelo programa de formação para educadores e professores.
Entre as mostras dedicadas à artista, podem ser ainda mencionadas: Tomie Ohtake: Correspondências (2013); Tomie Ohtake: Influxo das Formas (2013); Tomie Ohtake: Gesto e Razão Geométrica (2013-2014), Tomie Ohtake: Desenho; Projeto; Espaço (2014); Tomie Ohtake 100-101 (2015); Tomie Ohtake: Em Memória da Cidade (2015-2016) e Tomie Ohtake – Orbis Tertius (2016).
Ela participou de diversas mostras nacionais e internacionais, mais de 20 bienais e recebeu diversos prêmios. Tomie Ohtake faleceu em São Paulo, no dia 12 de fevereiro de 2015.
Nascida em Kioto, no Japão, em 1913, Tomie Ohtake veio para o Brasil em 1936. Naturalizada brasileira em 1960, ela ficou conhecida inicialmente como pintora originária da abstração formal, mas com o tempo mudou para o estudo da relação forma-cor.
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Realizada em 2017, ela trouxe 65 obras de “instruções” que convidavam o expectador a participar da sua realização. Objetos, vídeos, filmes, instalações e gravações sonoras fizeram parte da exposição de Yoko Ono no Instituto Tomie Ohtake, uma mostra que marcou a trajetória do museu.
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Com a sua mentoria, Ohtake criou seus primeiros quadros com inspiração fauvista e algumas referências cubistas – estilo que a marcaria no futuro. As obras do início da carreira de Tomie Ohtake, infelizmente, se perderam em enchentes muito comuns naquela época em São Paulo.
A imigração japonesa – que começou em 1908 – trouxe para o Brasil nomes que se tornaram grandes artistas em solo nacional. Uma delas é a artista plástica Tomie Ohtake cujas obras fascinam pelos contornos, cores, vigor e inovação.
Assim como Tomie Ohtake cresceu artisticamente com a colaboração e apoio dos seus mentores, o Instituto continua seu legado através de ações e projetos não só para a comunidade artística, mas também para a sociedade em geral.
Porém os planos mudaram, pois com o início da Segunda Guerra Mundial, a situação do Japão se tornou cada vez mais instável, intensificando-se após sua entrada oficial na guerra. O país antes calmo, virou cenário de batalhas e terminou bombardeado por duas bombas nucleares.
As obras e esculturas de Tomie Ohtake tornaram-se conhecidas do grande público por meio de painéis que ela criou para o Metrô da São Paulo. Outra obra famosa na cidade é o Monumento à Imigração Japonesa, na Avenida 23 de Maio.
O Instituto Tomie Ohtake, localizado no bairro de Pinheiros, na cidade de São Paulo, é inaugurado em 2001 e homenageia a pintora, gravadora e escultora Tomie Ohtake (1913-2015). Seu objetivo principal é realizar mostras de arte nacionais e internacionais, nas áreas de artes visuais, arquitetura e design. Sua programação abrange, principalmente, os últimos 60 anos do cenário artístico e cultural.
Afinal, quem construiu o Instituto Tomie Ohtake? A instituição foi criada pelos seus dois filhos, Ruy Ohtake e Ricardo Ohtake, responsáveis pelo projeto arquitetônico e administração, respectivamente.
Desde 2012, a instituição promove o programa Arquitetura Brasileira, que apresenta a produção de fotógrafos que realizam ensaios sobre arquitetura. É o caso das mostras: Viver na Floresta (2010), O Coração da Cidade: a Invenção do Espaço de Convivência (2011) e Arquitetura Brasileira Vista por Grandes Fotógrafos (2013).
A instituição apresenta outras atividades como cursos e debates, além de se dedicar à pesquisa e edição de publicações. A partir de 2014, destina uma sala à produção de Tomie Ohtake. Nas mostras que acontecem nessa sala, os curadores procuram novos recortes e interpretações do trabalho da artista. A primeira mostra dentro desse projeto é Tomie Ohtake – Litogravuras, com curadoria de Agnaldo Farias (1955) e Paulo Miyada (1958), que enfatiza a técnica empregada por ela no início da década de 1970.
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