Os Cavaleiros Templários eram membros de uma ordem religiosa e militar, fundada em 1120 durante as Cruzadas. Como eram religiosos, os templários faziam voto de pobreza, castidade e obediência. Mas como também tinham uma missão militar, faziam o voto de proteger os peregrinos que se dirigiam à Jerusalém.
Outros escritores abordaram os Templários como o braço armado de uma sociedade secreta chamada “Priorado de Sião”, cuja missão era restaurar a linhagem de sangue que Jesus deixou, por ter se unido a Maria Madalena. A linhagem de Jesus seria chamada Santo Graal, escondida pela Igreja.
Os cavaleiros faziam votos ao entrarem na ordem, assim como nos monastérios, embora sem tanto rigor e sem a restrição de sempre permanecer no interior da acomodação comunal. A obediência ao grão-mestre era a mais importante promessa a ser feita; a participação nos cultos religiosos e o celibato eram compulsórios, e as refeições comunais eram um direito (que, todo dia ímpar, incluía carne). Não se permitiam prazeres mundanos, e isso incluía passatempos muito típicos dos cavaleiros como a caça e a falcoaria, tampouco se permitia vestir roupas chamativas ou portar armas ostensivas pelas quais cavaleiros normais eram famosos. Por exemplo, os cintos eram frequentemente um meio de decoração, mas os templários usavam apenas um simples cinto com cordões de lã para simbolizar a castidade.
Um exemplo de obediência e coragem é visto no famoso Cerco de Antioquia. Os muçulmanos estavam prestes a tomar a cidade, mas os Templários bloquearam o caminho com o próprio corpo a fim de cumprir a missão de defender os cristãos.
A sociedade medieval tinha um grande apreço por esses monges guerreiros, pois eram homens que aceitavam a pobreza e a morte no campo de batalha para defender os peregrinos. Eles recebiam muitas doações e também criaram o sistema precursor dos bancos de hoje: depósito e saque com letra de câmbio.
Além de conferir aqui a história dos Cavaleiros Templários, não deixe de assistir a série Brasil – A Última Cruzada. Você entenderá como a história dos Templários se cruza com a da Ordem de Cristo, com a história de Portugal e com o descobrimento do Brasil.
A partir de meados do século XII, os templários ampliaram a sua influência e lutaram nas campanhas dos cruzados na Ibéria (a "Reconquista") a serviço de vários governantes na Espanha e em Portugal e operaram também nas Cruzadas Bálticas contra os pagãos. No século XIII, os Cavaleiros Templários eram donos de propriedades desde a Inglaterra até a Boêmia e haviam se tornado uma ordem militar verdadeiramente internacional, com enormes recursos ao seu dispor (homens, exércitos, equipamentos e uma considerável frota naval). Os templários haviam estabelecido um modelo que seria copiado por outras ordens militares como os Cavaleiros Hospitalários e os Cavaleiros Teutônicos. Havia, porém, uma área na qual os templários realmente sobressaíam: serviço bancário.
Ao abordar este tema, foram levadas em consideração as fontes presentes no curso sobre os Templários do Padre Paulo Ricardo e também as do catequista Alexandre Varela, jornalista credenciado junto à Sala de Imprensa da Santa Sé.
São João do Acre, hoje parte de Israel, era o último reino cristão que restara das Cruzadas. Em 1291, a cristandade sofreu mais uma derrota. Com a pressão do exército muçulmano, a fortaleza dos Templários ruiu e a maioria morreu soterrada, incluindo os cristãos que ali estavam escondidos para serem protegidos da guerra.
A ordem foi formada por volta de 1119 quando sete cavaleiros, liderados por um cavaleiro e nobre francês de Champanhe, Hugo de Payens, juraram defender peregrinos cristãos em Jerusalém e na Terra Santa e decidiram então criar uma irmandade que fazia votos monásticos, incluindo votos de pobreza, e que vivia junta numa comunidade fechada, com um código de conduta estabelecido. Em 1120, Balduíno II, o rei do Reino de Jerusalém (r. 1118-1131), deu aos cavaleiros o seu palácio - a antiga mesquita de Al-Aqsa no monte do Templo de Jerusalém - para usarem como sua sede. A construção era comumente referida como o "Templo de Salomão" e, por isso, a irmandade em pouco tempo ficou conhecida como a "Ordem dos Cavaleiros do Templo de Salomão" ou simplesmente os "Templários".
O segundo mito é o do Templarismo. Por volta de 450 anos após o fim dos Templários, surge na maçonaria o mito de que a Ordem era, na verdade, uma sociedade secreta. O conto de que a Maçonaria havia surgido de um grupo de pedreiros medievais fez sucesso na Inglaterra. Mas era preciso mais.
A partir das pregações de São Bernardo é que a Ordem ganhou força. Foi ele quem apresentou ao Papa Honório II a causa dos Templários. Isto aconteceu no Concílio de Troyes em 1129.
Além disso, o serviço também ajudava a bancar alimentação, transporte a acomodação para os peregrinos, sem que eles precisassem carregar quantias de dinheiro no trajeto. Outros serviços incluam até mesmo a possibilidade de comprar terrenos e ilhas. Foi isso que fez, por exemplo, o rei Henrique III da Inglaterra, que comprou a ilha de Oleron no século XIII, com ajuda dos Templários.
Com o desenvolvimento das Cruzadas, a Ordem também se envolveu em algumas batalhas militares. Entre elas, por exemplo, estiveram a Batalha de Montgisar (1177), a Batalha de Cresson (1187) e o Cerco de Acre (1189-91).
Saiba mais sobre o tema no episódio “A Cruz e a Espada” da Brasil Paralelo, para entender como esses cavaleiros estão relacionados com a história de Portugal e com a descoberta do Brasil.
São Bernardo de Claraval conciliou as virtudes monásticas com as virtudes militares de um digno cavaleiro de Cristo. As principais virtudes do primeiro eram a mansidão, a prudência e a temperança; as do segundo eram a coragem, a fortaleza e a justiça.
Não há muitas notícias sobre os detalhes da origem da Ordem dos Templários, pois no início (nos 10 primeiros anos) eles não fizeram nada de extraordinário.
O primeiro mito a ser desfeito é o da maldição de Jacques de Molay. Vimos a força de suas palavras finais e, coincidentemente, em menos de um ano, todos os envolvidos em sua condenação morreram, tanto o Papa quanto o rei Filipe, o Belo, por exemplo. A imaginação dos italianos foi despertada e o cartunista Ferreto de Vincenza iniciou o mito da maldição.
Sob pressão, enfim, o Papa Clemente V decidiu extinguir a ordem, em 1312. Os últimos mestres da Ordem Geoffroy de Charnay e Jacques de Molay, morrem na fogueira, marcando o fim oficial do grupo.
O cenário levou reis e nobres que não podiam pagar sua dívidas – como o rei Felipe IV, da França – a temer o grupo, que acumulava poder militar, religioso e econômico. A partir daí, então, o rei francês passa a corresponder-se com o Papa Clemente V, pedindo o fim da Ordem dos Templários.
A ordem cresceu graças às doações de apoiadores que reconheciam o importante papel dela na proteção dos pequenos estados cristãos no Levante. Outros, dos mais humildes aos mais ricos, davam o que podiam simplesmente para ajudar a assegurar tanto um pós-vida melhor quanto uma vida melhor talvez no aqui e no agora, já que os doadores poderiam ser mencionados em orações. As doações vinham em todas as formas, mas dinheiro, terra, cavalos, equipamento militar e gêneros alimentícios eram as formas mais comuns. Às vezes, doavam-se privilégios que ajudassem a ordem a economizar despesas. Os templários também investiam o seu dinheiro comprando propriedades geradoras de receita, de sorte que a ordem chegasse a ser dona de fazendas, vinhedos, moinhos, igrejas, municípios ou qualquer coisa que eles julgassem ser um bom investimento.
Os problemas encontrados não eram suficientemente graves para a extinção da Ordem Templária, mas o rei precisava de dinheiro e também queria o lugar do Papa como autoridade religiosa.
Embora tenham participado de muitos eventos bem-sucedidos como o cerco de Acre de 1189 a 1191, o de Damieta em 1218 e 1219 e o de Constantinopla em 1204, houve algumas grandes derrotas pelo caminho. Tamanha era a sua reputação marcial, que os templários poderiam esperar por uma execução caso viessem a ser capturados. Na Batalha de La Forbie em Gaza, em outubro de 1244, um exército aiúbida derrotou um grande exército latino, e 300 cavaleiros templários foram mortos. 230 cavaleiros templários foram capturados e decapitados após a Batalha de Hattin em 1187, vencida pelo exército de Saladino, sultão do Egito e da Síria (r. 1174-1193). Com os membros mais importantes da ordem, como era típico do período, fazia-se uma oferta pelo resgaste. Foi preciso abrir mão de um castelo templário em Gaza para conseguir a soltura de um mestre capturado após essa mesma batalha. Outra pesada derrota veio em 1250 na Batalha de Mançura no Egito, durante a Sétima Cruzada (1248-1254). A vasta rede de conventos, porém, sempre pareceu apta a repor perdas de recursos e mão de obra.