Qual o melhor motor da Toyota Bandeirante? Já parou para pensar sobre qual o melhor motor da Toyota Bandeirante? Não importa o ano ou o modelo do seu Bandeirante, a grande verdade é que o melhor motor, seja ele o Mercedes 608, 709 ou 14B, é aquele que pode contar com as peças originais para reposição e manutenção.
Foi naquele período que surgiram dois utilitários muito importantes para o posterior o desbravamento de nossa ainda jovem República na segunda metade do Século 20: o Jeep Willys e o Toyota Land Cruiser, que ficou aqui conhecido como Toyota Bandeirante.
Assim, com a nacionalização da fabricação em 1962, o modelo foi renomeado Toyota Bandeirante e equipado com o motor OM-324 (algumas fontes afirmam o motor ter sido um OM-326) da Mercedes-Benz, um 3.4 a diesel com quatro cilindros que desenvolvia 78 cv a 3000 rpm e que rendeu o apelido de “Britadeira” ao veículo.
Com a FEB (Força Expedicionária Brasileira), o Brasil teve participação bem mais ativa na Segunda Guerra Mundial do que muitos imaginam. Mas esta não foi nossa única conexão com um dos conflitos mais sangrentos da História.
Nessa época, o motor do utilitário já não era mais o Mercedes OM 364, mais sim o Toyota 14B. Movido a diesel, rendia 96 cv de potência (a 3.400 rpm) e era considerado inferior ao aclamado propulsor fornecido antes pela antiga parceira alemã.
A velocidade máxima manteve a coerência e não passou dos 107 km/h. Certas características, inaceitáveis em outras categorias, não chegam a tirar pontos do Bandeirante.
O motor 3.7 a diesel já mostra a potência que o Toyota Bandeirante sempre entregou aos seus consumidores. Além de força, o modelo era econômico. A linha 2001 apresentava consumo rodoviário de 12 km/l, confira mais.
Em vez de ir para a “lida”, o derradeiro Bandeirante nacional foi guardado pela Toyota como relíquia. Hoje, está exposto em um pequeno acervo da empresa na fábrica de Sorocaba (SP), em estado impecável de conservação e com apenas 5 km registrados no hodômetro.
Com projeto japonês, legado americano, coração alemão e adaptações à brasileira, o Bandeirante logo se tornou um sucesso. Até os dias de hoje é possível encontrar unidades trabalhando duro em regiões de difícil acesso, como os Lençóis Maranhenses.
À direita da enorme alavanca de câmbio, uma manopla menor, voltada ao engate das marchas reduzidas. No banco de trás, enormes parafusos de fixação da carroceria expostos são mais uma amostra de que o Bandeirante foi um jipe “raiz” até seus últimos dias.
A movimentação já sinalizava que as operações no ABC paulista estavam próximas do fim. Atualmente, o complexo produz apenas peças de reposição para alimentar os mercados brasileiro, argentino e americano.
Décadas transcorreram até o fim de sua produção nacional, em 28 de novembro de 2001, quando a última unidade foi montada na linha do ABC Paulista. Por ali, mais de 100.000 Bandeirante já haviam passado, mas o exemplar de número 104.621, o último deles, teria um destino bem diferente dos irmãos.
O incêndio durou 12 horas, segundo a Folha de S. Paulo na época, e teve grandes proporções. Foram várias alas afetadas, sendo uma delas a Ala 13, um dos espaços responsáveis pela pintura dos veículos fabricados pela marca alemã na época.
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Também possui quebra-mato, cabo de aço com gancho para reboque, snorkel, faróis auxiliares no para-choque dianteiro protegidos por grade, rodas de aço aro 16 pintadas de branco, pneus ATX radiais 215/30, voltados ao off-road, e o clássico estepe pendurado à tampa do porta-malas. Que, por sinal, abre-se lateralmente.
O ponto alto da fábrica, que passava a ter uma linha mais completa de produção, ajudou na verdade uma outra fabricante: a Volkswagen. Em 1970, as instalações da marca alemã, também em São Bernardo do Campo, margeando a Rodovia Anchieta, pegaram fogo.
Produzido na configuração BJ50LV (jipe com capota rígida de aço e duas portas), o último Toyota Bandeirante veio de fábrica com pintura azul e alguns itens incomuns no jipe, como rádio e ar-condicionado (opcionais raramente solicitados pelos compradores).