Quais So As Idades Dos Jovens Tits?

Quais so as idades dos Jovens Tits

Na educação, um dos maiores desafios da atualidade é saber como adaptar as práticas pedagógicas a essas novas expressões, identidades e ritmos da cultura jovem. Para se construir uma educação mais participativa e integral, é fundamental não só adequar conteúdos, mas também envolver os sujeitos na construção dos saberes, considerando os que já trazem consigo.

Os trens mais rápidos de Frankfurt am Main Flughafen para Morges demoram cerca de 5 horas e 7 minutos, cobrindo uma distância de aproximadamente 423 quilômetros.

O jovem e seu tempo

Nos últimos anos, com a redemocratização, aumentou o acesso de jovens à educação, e hoje há mais jovens concluindo o Ensino Fundamental e o Médio. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a escolaridade média dos jovens de família de baixa renda foi ampliada. No mapa abaixo, percebe-se que, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste houve um avanço em relação aos anos de estudo de jovens das populações mais vulneráveis  do país.

Dessa forma, segundo a autora, quanto mais tempo uma pessoa for considerada jovem, melhor. Melhor para a indústria, para a publicidade. Ser jovem na contemporaneidade é ser consumidor e não um cidadão, um sujeito de direitos.

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Esse tipo de expressão conduz os jovens não somente a se comunicar, mas também a exercer seu papel de cidadão, colocando suas histórias e pontos de vista no debate público, engajando-se em questões de seu interesse e em relação ao seu próprio território.

Resultado do trabalho de participação com jovens, Adam Fletcher e o Projeto Freechild organizaram diversas atividades de grupo na publicação Participação juvenil: guia de oficinas.

Desafios da juventude brasileira

DAYRELL, Juarez. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenilEducação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p. 1105-1128, out. 2007. D

Pode-se dizer que participação juvenil refere-se ao envolvimento do jovem na transformação social, sendo ele considerado um ator estratégico do desenvolvimento, um cidadão ativo que participa dos processos sociopolíticos e da tomada de decisão sobre os assuntos de interesse do próprio jovem.

As políticas públicas, nesse sentido, ao mesmo tempo que revelam percepções sobre os jovens na sociedade, também conformam e moldam novas representações da juventude, de acordo com as especificidades de cada contexto. Segundo Marília Pontes Sposito e Paulo César Rodrigues Carrano no artigo “Juventude e políticas públicas no Brasil“, “as políticas públicas de juventude não seriam apenas o retrato passivo de formas dominantes de conceber a condição juvenil, mas poderiam agir, ativamente, na produção de novas representações”.

Violência contra jovens pobres?

Violência contra jovens pobres?

MARICATO, Ermínia et al. Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo; Carta Maior, 2013.

Para atrair os jovens ao Ensino Médio e mantê-los na escola, o Plano Nacional de Educação (PNE) deixa evidente, por meio das estratégias que recomenda, o esforço de aproximar essa etapa de ensino à realidade dos estudantes, o que envolve, por exemplo, a revisão do currículo escolar.

Marcadores

BOURDIEU, Pierre. A “juventude” é apenas uma palavra. Entrevista a Anne-Marie Métailié, publicada originalmente em Les Jeunes et le premier emploi. Paris: Association des Ages, 1978.

A grande questão da supervalorização da juventude é que, muito mais do que um sinal de que realmente os jovens vêm ganhando espaços e direitos em nossa sociedade, a escolha pela juventude é fruto do consumo. “Ser jovem virou slogan, virou clichê publicitário, virou imperativo categórico – condição para se pertencer a uma certa elite atualizada e vitoriosa. Ao mesmo tempo, a ‘juventude’ se revelava um poderosíssimo exército de consumidores, livres dos freios morais e religiosos que regulavam a relação do corpo com os prazeres”, escreve Kehl.

Programa Jovens Urbanos, na publicação Marcos conceituais e metodológicos, parte de teorias que concebem a juventude em sua pluralidade, logo utilizam a expressão “juventudes”. “Diante dessa multiplicidade de significados, interpretações e debates que moldam o conceito juventude, é cada vez mais comum encontrarmos a reivindicação do uso do termo juventudes, que anuncia a necessidade de construir definições que reflitam a variedade de maneiras de viver e perceber a condição juvenil, incorporem a diversidade da realidade dos jovens e se formem a partir da sobreposição das dimensões individuais, sociais, culturais, políticas, econômicas”, descreve o documento.

Créditos

Nas décadas de 1960 e 1970,  a participação dos jovens foi estratégica para o fim da ditadura militar ao representarem a grande resistência a esse regime político. Num passado mais recente, na década de 1990, eles pressionaram o governo pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, e, em junho de 2013 e no começo de 2014, diferentes manifestações organizadas por jovens de metrópoles brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, mostraram que a juventude quer ter cada vez mais o direito à cidade.

A juventude, para a maioria das pessoas, é sinônimo de transição. Época de experimentações e definições sobre a própria pessoa, seus interesses, projetos e relações com o mundo ao redor. Momento de transformação pessoal com perspectivas de mudanças sociais para o futuro.

Viajando de trem de Frankfurt am Main Flughafen a Morges

Além de lutar pelo reconhecimento de seus direitos básicos no âmbito das políticas públicas – educação, emprego, saúde e lazer –, enfrentam diariamente problemas de criminalização de suas práticas e também altos índices de violência e vulnerabilidade social.

No Brasil, os desafios da juventude se intensificam diante das profundas desigualdades sociais existentes no país, pelas quais o público jovem, pobre, negro e de periferia é um dos mais afetados.

Jovem como sujeito de direitos

Jovem como sujeito de direitos

Exemplo dessas tendências de criminalização da juventude vulnerável brasileira são os projetos de lei que surgem no Congresso desde 1993 pedindo a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Os avanços de tais propostas – documentadas no recente reavivamento da PEC 171/93 – são exemplos de reações políticas que buscam impedir a distribuição de direitos às camadas mais desprotegidas por meio de discursos que deformam as reais causas da violência em nosso país. A confusão conceitual entre imputabilidade penal e maioridade penal é uma delas. Conforme a Constituição brasileira, todo indivíduo a partir de 12 anos de idade deve responder penalmente por seus atos infracionais. A diferença é que entre 12 e 18 anos, os infratores cumprem pena em centros de medidas socioeducativas – projetos políticos de proteção às crianças e aos adolescentes também resultado de lutas por avanços sociais.

Jovens têm sido moldados por adultos de forma que se tornem receptores passivos do mercado, dos programas sociais e das políticas públicas voltadas a eles, uma vez que representam mais claramente, como analisado por Bourdieu (1978), uma disputa de poder social entre o passado e o futuro.

Ainda que não haja apenas uma juventude, mas várias, a ideia da juventude relaciona-se às transformações, ela representa o futuro em uma perspectiva de formação de valores e atitudes das novas gerações.”