Todas as pessoas estão expostas ao mercúrio a um certo nível — seja pela comida que comemos, pelo ar que respiramos ou pelos cosméticos que utilizamos. A inalação ou ingestão de grandes quantidades de mercúrio, no entanto, pode resultar em sérias consequências neurológicas. Os sintomas podem incluir tremores, insônia, perda de memória, dores de cabeça, fraqueza muscular e — em casos extremos — morte.
Há mais de cem anos, o mercúrio tem sido um dos principais ingredientes do amálgama dentário, a mistura que os dentistas usam para preencher as cavidades dos dentes. E embora o amálgama provavelmente represente apenas uma ameaça mínima para a saúde daqueles que andam com ela na boca, o uso do mercúrio também contribui para uma acumulação gradual do elemento tóxico em nosso meio ambiente. Para enfrentar este desafio, a Convenção de Minamata propõe nove medidas específicas para "reduzir gradualmente o uso de amálgama dentário" em todo o mundo. Os passos incluem o estabelecimento de objetivos nacionais para reduzir o uso, promovendo alternativas sem mercúrio e apoiando as melhores práticas no gerenciamento deste metal.
Caso o mercúrio tenha entrado em contato com a pele, deve-se lavar a região com água e sabão, enquanto se o contato tiver sido nos olhos, deve-se lavar com água corrente abundante.
O envenenamento por mercúrio proveniente do consumo de animais marinhos tem sido visto entre grupos indígenas em muitas partes do mundo, especialmente no Ártico. O consumo per capita de frutos do mar nessas comunidades pode ser até 15 vezes maior do que em grupos não indígenas, de acordo com a Avaliação Global do Mercúrio de 2018 (Global Mercury Assessment 2018, em inglês) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Durante o encontro, que aconteceu entre 21 e 25 de março em Bali, na Indonésia, as representações discutiram questões sensíveis fundamentais como a estrutura para avaliar a eficácia da Convenção, a lista de eliminação gradual de produtos que contêm mercúrio, e como lidar com os impactos do mercúrio na saúde.
Os frutos do mar são a principal fonte de proteína para mais de três bilhões de pessoas em todo o mundo. Como o mercúrio se "bio-acumula" na cadeia alimentar, peixes maiores como tubarão, espadarte, atum e espadim tendem a ser especialmente ricos em mercúrio. As pessoas que consomem quantidades muito altas de frutos do mar podem ser expostas a altos níveis de metilmercúrio, um composto orgânico que se acumula nos corpos dos peixes.
O que acontece se colocarmos estes dois metais em contato? Más notícias. O mercúrio se ligará ao ouro e à prata formando uma amálgama – que quer dizer – liga de mercúrio com outro metal. ... Quase todos os metais reagem com o mercúrio formando amálgama, com exceção do ferro e da platina.
Os trabalhadores de garimpos artesanais e de pequena escala usam regularmente mercúrio para ajudá-los a separar o ouro de outros materiais, e a maior parte desse mercúrio acaba no meio ambiente. Em 2015, de acordo com a Avaliação Global do Mercúrio de 2018, o garimpo artesanal e em pequena escala lançou cerca de 800 toneladas de mercúrio no ar, aproximadamente 38% do total global, e cerca de 1.200 toneladas na terra e na água. O envenenamento por mercúrio também representa uma ameaça grave e direta à saúde dos 12 a 15 milhões de pessoas que trabalham no setor em todo o mundo. A redução das emissões e liberações desse metal na mineração é um objetivo chave da Convenção Minamata, que exige que os países com extração de ouro em pequena escala produzam planos de ação nacionais para reduzir ou eliminar o mercúrio do setor.
De fato, todo mundo no planeta está exposto ao mercúrio em algum nível, seja pela comida que ingerimos, pelo ar que respiramos ou pelos cosméticos que usamos. Embora existam várias medidas que indivíduos, empresas e governos possam adotar para se proteger contra o envenenamento por mercúrio, ele continuará pondo em risco a saúde humana e ambiental até conseguirmos abordar o problema do ciclo de vida do mercúrio de maneira abrangente.
Seja por inalação ou contato direto, o mercúrio eliminado por um termômetro quebrado ou aparelho de pressão pode causar febre, náuseas e dores de cabeça. Uma exposição prolongada ao metal pode comprometer rins, fígado, pulmão e cérebro. Em caso de quebra de um termômetro, isole o local, feche janelas e portas.
Ter uma alimentação rica em frutas e legumes, pois a desintoxicação também elimina minerais essenciais para o funcionamento do organismo, que devem ser repostos pela alimentação; Ingerir pelo menos 2 litros de água por dia, para ajudar na eliminação das toxinas.
“O mercúrio é disseminado pelas águas dos rios, e a contaminação de seres humanos se dá especialmente por meio da ingestão de peixes contaminados. ... No adulto, com a contaminação crônica, há tremores, disfunções de sensibilidade, dificuldade para caminhar, segurar objetos, perda de visão e audição, alteração no paladar.
Recolher com cuidado os restos de vidro em toalha de papel ou luvas e colocar em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimentos; Localizar as “bolinhas” de mercúrio e juntá-las com cuidado, utilizando um papel cartão ou similar, evitando contato da pele com o mercúrio.
Em julho, uma mulher de 47 anos apareceu no departamento de emergência de um hospital em Sacramento, Califórnia. Sua fala estava arrastada, ela não conseguia andar e não conseguia sentir as mãos ou o rosto. A mulher logo entrou em coma, permanecendo nesse estado por várias semanas.
A fim de enfrentar este desafio global, representantes de governos, entidades das Nações Unidas, academia e sociedade civil se uniram durante a quarta reunião da Conferência das Partes para a Convenção de Minamata sobre Mercúrio.