Nascido em 1033 em uma família nobre na Itália e canonizado pela igreja católica no século XII e declarado doutor da igreja em 1720. Santo Anselmo, também conhecido como Anselmo da Cantuária ou Anselmo de Bec, é um santo conhecido principalmente pelo seu argumento ontológico na defesa de Deus como um ser perfeito.
Entre suas obras filosóficas destacam-se o “Monológio” de 1076 e o “Proslógio” de 1078. Foi na obra “Proslógio”, também conhecido como “A fé buscando apoiar-se na razão” que o filósofo Santo Anselmo concebeu o famoso argumento ontológico. E escreveu também outras obras como “A queda do diabo”, “Os diálogos sobre a verdade” e “Livre arbítrio”.
Resumo: O Argumento Ontológico da existência de Deus foi pensado, primeiramente, por Anselmo de Aosta, Arcebispo de Cantuária e uma das principais figuras do pensamento escolástico. O Argumento Ontológico está presente na Obra Proslogion (1078) na qual Anselmo mostra que Deus é o ser do qual não se pode pensar nada maior e, também, que é impossível pensá-lo não existente. À luz da fé e da razão, Santo Anselmo mostra aos insipientes a existência de Deus.
ANSELMO, Santo. Vida e obra de Santo Anselmo e Aberlado; Monológio; Proslógio; A verdade; O Gramático (Os Pensadores). Traduções Ruy Afonso da Costa Nunes, Angelo Ricci. 2.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
Sua doutrina principal pode ser expressa através da seguinte frase de sua autoria: “Nem busco entender para que possa acreditar, mas acredito que possa entender. Por isso, também, acredito que, a não ser que eu primeiro acredite, não serei capaz de entender”.
Deuses e divindades não existem, são fábulas demoniacas da mitologia com a finalidade de afastar o Homem de seu Criador, que na Toráh no Hebraico antigo em Genesis 1; Ele Aparece como ULHIM, corrompido por Elohim, que traduzido é Todo Poderoso e Único Criador, Ele não é um deus nem com letras maiúscula, Ele é O Eterno e Supremo Pai Criador, até os dias de hoje os Judeus, palavra também corrompida não O reconhece como um deus, por isso chamam-no por; O ETERNO, PAI CRIADOR, SOBERANO E ÚNICO, TODO PODEROSO, PAI CELESTIAL, ETC, mas nunca como deus, por causa do mundo moderno e suas traduções corrompidas da Bíblia eles escrevem, D-us, para não pronunciar o termo blasfemo, zeus, de onde se origina a palavra deus adotado sobretudo pela igreja catolica Romana. portanto O SUPREMO PAI E TODO PODEROSO CRIADOR, não é um deus, Ele sempre eternamente existiu antes de toda essas mitologias.
É nesse mesmo contexto, marcado por diversas situações, que encontramos Santo Anselmo, o encontramos no século XI, um século “rico em individualidades de toda espécie, de Berengário de Tours a Pedro Damião, é um século de teólogos versados nas artes da linguagem que redescobrem Aristóteles e fazem uma análise sistemática dos fragmentos do Órganon”. (LIBERA, 1998, p. 282).
O Argumento Ontológico da existência de Deus foi pensado, primeiramente, por Anselmo de Aosta, prior do Mosteiro de Bec, eleito Arcebispo de Cantúária em 1093 e uma das principais figuras do pensamento escolástico. Anselmo quis atender ao pedido dos Monges para elaborar uma argumentação totalmente racional, sem depender das Sagradas Escrituras, e que fosse capaz de provar a existência de Deus; o pedido dos monges levou Anselmo a escrever a sua primeira obra chamada de Monologion, publicada em 1077. Esta obra atendia o pedido dos Monges, mas estava muito complexa devido ao entrelaçamento das argumentações, fator este que o levou a escrever no ano seguinte, em 1078, a obra Proslogion, cujo coração é o argumento ontológico, argumentos “válidos por si e em si” e escritos para aqueles que não creem em Deus. Apresentaremos neste artigo, de forma sintética, os principais aspectos destes argumentos, apresentando, primeiramente, alguns pontos fundamentais e, posteriormente, uma breve análise dos mesmos.
Trabalhando como jornalista e astróloga, Yara Vieira, divide o seu tempo sendo especialista em conteúdo web e analisando tudo o que está escrito nas estrelas. Tem como hobbies ler, assistir muitos filmes e explicar o que é Mapa Astral para os amigos.
Se o maior dos seres que se pode pensar não existir necessariamente, não é de fato o maior dos seres que se pode pensar. Portanto, Deus tem que existir, porque do contrário, a lógica se tornaria absurda. ‘Se existe somente na mente, pode ser pensado existindo também na realidade, que é maior. (FERREIRA, 2011, p. 2)
Primeiramente, Anselmo parte da concepção de que de Deus não se pode pensar algo que seja maior, aqui temos um aspecto importante que consiste em dizer que Deus não é o ser maior, mas o ser maior que eu posso pensar. “Ens perfectíssimum (ser perfeitíssimo). Deus é aquele ser tão perfeito, perfeitíssimo, que deve ser incluída na sua perfeição, aquela perfeição que é a existência”. (TOMATIS, 2003, p. 18) Muitos estudiosos consideram que esse termo “maior” não se refere a uma grandeza espacial, mas a ordem do ser, Deus é maior do que todos os seres porque ele é maior do que os mesmos na ordem do ser, ele é perfeitíssimo.
Assim na obra Proslógio, Santo Anselmo defende sua crença na existência de Deus através da frase: “aquele que não se pode conceber nada que seja maior”.
Observo que o termo “maior” que Santo Anselmo usa, não deve, claramente, se referir a algo espacial, mas se trata de maior ordem do ser. (Poderíamos talvez, entendendo-a bem, usar a palavra “grandeza” para caracterizar o que Santo Anselmo chama de “grande”). Ou seja, um ser é tanto maior, quanto “mais de ser” ele tem. Ou ainda, um ser é maior que outro se ele for mais perfeito. Assim, neste sentido, o ser humano é “maior” que qualquer planta. (FERREIRA, 2011, p.1)
O insensato pensa em Deus como não existente; mas, embora como não existente, pensa em Deus. Mas, pensando em Deus, não pode não pensá-lo existente, portanto já pensou nele como existente no próprio momento em que pensa nele como não existente. O insensato, quando pronuncia a palavra Deus, de fato usa um simples termo emitindo um som, mas não entende verdadeiramente aquela que é a ideia de Deus, ou seja, aquilo que não pode ser pensado como não-existente. (TOMATIS, 2003, p. 21)
Assim sendo, “aquele que não se pode conceber nada que seja maior” não pode estar restrito somente às fronteiras do intelecto, sendo maior que este torna-se parte da realidade.
A vida de fé, de certo modo, provoca na pessoa uma série de sentimentos que o faz ter sede de compreensão daquilo que se busca, é certo que ninguém ama aquilo que não conhece; se se ama, desejamos aprofundar no objeto amado e “apossar-se espiritualmente dele mediante a compreensão”, é nesse sentido que dizemos que Anselmo deixou-se guiar por este desejo de compreensão e formulou a prova puramente racional da existência de Deus.
Para Santo Anselmo, uma vez que o intelecto que interpreta a realidade não é maior que a própria realidade em si, logo “aquele que não se pode conceber nada que seja maior” não deve existir somente no intelecto, mas sim na própria realidade, ou seja, de fato Deus existe e a obra Proslógio se dedica a estabelecer sua identidade.
Suas obras se caracterizam por assumirem dois principais formatos, sendo o primeiro deles o formato dos diálogos e o segundo o formato das meditações.
Houve, em determinados momentos da história, a afirmação equivocada que consistia em dizer que fé e razão não poderiam andar juntas, ambas eram separadas; esse pensamento foi anulado por muitos pensadores ao dizer que fé e razão andam, sim, juntas, e ambas se complementam; a fé não suprime a razão nem a inteligência, mas acontece justamente o contrário, ambas se despertam e se tornam ainda mais precisas.
Como falado anteriormente, em sua obra “Proslógio”, Santo Anselmo afirma a existência de “aquele que não se pode conceber nada que seja maior”.
Anselmo nasceu em Aosta, parte do Reino de Arles, por volta de 1033. Sua família tinha fortes relações com a poderosa Casa de Saboia e era muito rica. Seu pai, Gundulfo, era lombardo de nascimento. Sua mãe, Ermemberga, que foi descrita como prudente e virtuosa, veio duma antiga família burgúndia.
Anselmo
O termo Escolástica refere-se à produção filosófica que aconteceu na Idade Média, entre os séculos IX e XIII d.C. Em comparação com a Patrística, vertente anterior da Filosofia Medieval, a Escolástica está situada em um período de intensidade do domínio católico sobre a Europa.
A Escolástica foi um período da Filosofia Medieval em que a filosofia aristotélica e a junção entre fé e razão ganharam centralidade para explicar os elementos teológicos.
Princípio da não-contradição: estudo sobre as dicotomias entre ser e não ser. Princípio da Substância: relacionado com a essência do ser e de seus aspectos não essenciais. Princípio da Causa Eficiente: a necessidade de existência em relação ao outro (ser necessário)
As principais características da escolástica são a sua dedicação à criação de uma filosofia cristã, deixando de lado, em partes, o caráter propriamente teológico da doutrinação, centrando-se no ensino e na valorização da filosofia. ... Muitos filósofos cristãos dessa escola estudaram obras dos gregos, por exemplo.
A Escolástica foi um período da Filosofia Medieval em que a filosofia aristotélica e a junção entre fé e razão ganharam centralidade para explicar os elementos teológicos. A Filosofia Escolástica é uma tradição filosófica que surgiu na Idade Média, tendo acontecido, aproximadamente, entre os séculos IX e XIII.
Dada a necessidade de formação em larga escala de sacerdotes e da forte implicação cultural e educacional para a fé católica promovida pelo Império Carolíngio, a Igreja Católica criou escolas e universidades para ensinar e formar pensadores e novos sacerdotes.
Primeira fase: vai do século IX ao fim do século XII d.C. e é caracterizada pela confiança na perfeita harmonia entre fé e razão; Segunda fase: vai do século XII ao início do século XIV d. ... Terceira fase: vai do século XIV até o século XVI d.C. e é caraycterizada pela decadência da Escolástica.
Resposta. Para Agostinho a fé deve iluminar a razão, porque está está gravemente ferida pelo pecado original, de maneira que o homem não pode conhecer a Deus se não estiver sob o influxo da graça de Deus que o ilumina.
A queda da Escolástica teve principal motivo os ensinamentos de Jesus cristo e de seus apóstolos. Influências de pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles.
Foi no período patrístico que surgiu a maior parte doutrinária do pensamento cristão, pois os padres que foram "pais" da Igreja católica tiveram a missão de formular o princípio de todo o pensamento cristão que daria origem ao que conhecemos hoje como Igreja Católica Apostólica Romana.
Ou seja, eles buscavam a racionalização da fé cristã. Portanto, os principais temas explorados estavam ancorados nas vertentes do maniqueísmo, ceticismo e neoplatonismo. São eles: criação do mundo; ressurreição e encarnação; corpo e alma; pecados; livre arbítrio; predestinação divina.
Platonistas cristãos, como ficaram conhecidos, defendiam que a essência e fundamento da vida deveria ser a fé. A partir da fé, e não da razão, os homens tomariam decisões em suas vidas e realizariam julgamentos morais. Nesta vertente, destacam-se Clemente de Alexandria e Orígenes.