O modelo atual de crescimento econômico gerou uma série de desequilíbrios. Se por um lado, há tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental, o desperdício e a poluição vem aumentando a cada dia.
De acordo com o sétimo relatório “Planeta Vivo 2012” , publicação bianual do Fundo Mundial para a Natureza (World Wildlife Fund – WWF, 2012), o índice da Pegada Ecológica de 2,7 por pessoa, enquanto a biocapacidade disponível para cada ser humano é de apenas 1,8 hectare global.
Entre eles, notam-se os indicadores de origem ecológica, os quais compreendem a disponibilidade dos recursos naturais, tais como: áreas bioprodutivas (agricultura, silvicultura, pastagem, marítima, etc.), minerais, água, assim como a qualidade do solo, ar, a biodiversidade, dentre outros.
O calculo da Pegada Ecológica é bastante simples, basta avaliar (por meio de uma pontuação) qual o impacto que sua alimentação, moradia, bens, serviços, transporte dentre outros tem sobre o planeta (calculo seu impacto clicando aqui).
Vale salientar que, para se obter a Pegada Ecológica, considera-se também a emissão de gases de efeito estufa (principalmente o gás carbônico – CO2) na atmosfera e a presença de poluentes no ar, na água e no solo.
* Abiocapacidade representa a capacidade dos ecossistemas em produzir recursos naturais renováveis para o consumo humano e absorver os resíduos gerados pelas atividades da população.
Outro detalhe é que o uso de água e energia é controlado e ensinado aos mais jovens, que já crescem em um ambiente mais sustentável e com a educação ecológica facilitada. Essas ações reduzem consideravelmente o impacto da presença humana no local e, com isso, a pegada ecológica.
Diante disso, surge a ideia do desenvolvimento sustentável, buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, trazer o fim da pobreza no mundo.
Existem diversos indicadores criados para traduzir o grau de sustentabilidade, tanto do ambiente urbano quanto de outras atividades antrópicas, como o Barômetro da Sustentabilidade, indicadores de origem ecológica, Painel da Sustentabilidade, dentre outros.
Se aplicarmos esse cálculo para toda uma população de uma cidade, estado ou país, podemos usar a pegada ecológica para melhorar a gestão pública e mobiliar a população a rever seus hábitos.
Alguns países, como os EUA e a China, demandam mais que sua biocapacidade, se caracterizando como “países devoradores ecológicos”. Outros países, como o Brasil, são “países credores ecológicos”, pois ainda possuem mais recursos ecológicos do que consomem, e usualmente “exportam” sua biocapacidade para os devedores. No entanto, de acordo com o mesmo relatório, a média brasileira por pessoa já supera este patamar e está atualmente em 2,9 hectares globais por habitante.
Ela é geralmente expressa por hectares globais (gha)* e permite comparar diferentes padrões de consumo e ainda verificar se os mesmos encontram-se dentro da capacidade ecológica.
Como já citado anteriormente, a Pegada Ecológica Brasileira é de 2,9 hectares globais por pessoa, isso significa que, se as pessoas do mundo todo consumissem como nós, seria necessário 2,9 planetas para nos manter.
No entanto, esse uso de recursos deve ser compatível com a capacidade natural do planeta em regenerá-los. Os dados recentes mostram que estamos consumindo em média 50% a mais do que a capacidade de reposição do planeta. Isso significa que precisamos de um planeta e meio para manter nossos padrões de vida atuais (INPE, 2018).
Não, hoje em dia, existem diversas calculadoras para estabelecer a sua pegada ecológica. Dentre as calculadoras utilizadas, há a Calculadora Islandwood; Calculadora WWF; Calculadora do INPE; e Calculadora Global Footprint Network.
Além das Ecovilas, outras ações simples podem ser adotadas para reduzir a pegada ecológica (incluindo quem vive em centros urbanos), como por exemplo, o descarte correto de resíduos, reciclagem, uso consciente da água e o aproveitamento de resíduo orgânico para geração de composto (como é o caso do projeto Adubooo Criciúma).
Nas Ecovilas, duas ou mais famílias, dividem os mesmos espaços territoriais e juntas integram sua vida social (trabalho, agricultura, atividades culturais, dentre outros), tudo isso de maneira 100% sustentável.
Por isso, é necessário haver ferramentas ou indicadores que permitam a identificação de padrões sustentáveis de desenvolvimento que considerem aspectos técnicos, ambientais, econômicos e sociais.
Sendo que todas essas ações são desenvolvidas e controladas de forma a não agredir o meio ambiente. Todo o material utilizado para a construção das casas são materiais diferenciados (palha, barro, madeira).
Com a pontuação final gerada, você irá comparar em uma tabela contento o total obtido versus sua pegada ecológica. Vamos supor que sua pontuação resultou em valor menor que 150, você teria uma pegada ecológica menor que 4 hectares globais.
Segundo o WWF (2012), a pegada ecológica de um estado, cidade, país ou pessoa corresponde ao tamanho das áreas produtivas terrestres e marinhas necessárias para sustentar um determinado estilo de vida, em outras palavras, é uma forma de traduzir em hectares, uma extensão de território que uma pessoa ou sociedade possam morar, se alimentar, locomover e se vestir, por exemplo.
Se você fez de 35 a 49 pontos, a sua pegada é moderada, ou seja, o seu padrão de consumo demanda moderadamente mais do que a Terra pode repor. Se você fez menos de 35 pontos, precisa rever os seus hábitos de consumo e o seu estilo de vida!
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CO2
dióxido de carbono