A laqueadura é uma cirurgia de esterilização feminina em que é feito um corte, amarração ou colocação de um anel nas trompas de Falópio, interrompendo assim a comunicação entre o ovário e o útero, o que impede que o esperma chegue até o óvulo e ocorra fecundação, prevenindo permanentemente a gravidez.
O procedimento além de ser coberto pelos planos de saúde, também pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em clínicas particulares, as cirurgias podem variar entre R$ 5 mil a R$ 10 mil, dependendo do hospital, médico e técnica realizada para o procedimento.
Geralmente, a recuperação é rápida e a mulher que teve um parto natural ou cesárea pode sair do hospital assim que receber alta – em cerca de 48 horas. Já a mulher que optou por uma laqueadura como um procedimento isolado pode ir para casa algumas horas depois da cirurgia.
Também não existe relação com a menstruação. “A trompa é um tubo, sem nenhuma função hormonal. O que se faz é colocar uma barreira nesse tubo”, diz Renato. Nos casos em que a ligadura tubária é feita no parto ou na cesárea, a menstruação volta após o espaçamento normal que ocorre depois de uma gravidez. Quando o procedimento é realizado em intervalos afastados de gestações, não interfere no ciclo menstrual.
Isso pode ser feito através de 2 sistemas: o sistema Essure e o sistema Adiana. No sistema Essure, um implante metálico é inserido por meio da vagina e colocado nas trompas de Falópio. Já no sistema Adiana, é utilizado um implante de silicone no local.
Essa ligação impede que o óvulo saia dos ovários por meio das tubas uterinas e também bloqueia a entrada do espermatozoide até o óvulo. É como se as trompas de Falópio fossem o meio de transporte para que o óvulo e o espermatozoide possam se encontrar e, com a laqueadura, essa via se torna interditada para sempre.
Não! O procedimento é o mesmo. De acordo com a ginecologista, o nome laqueadura é dado para o procedimento de esterilização feminina, dedicado às mulheres que não desejam mais engravidar.
Apesar de o procedimento ser o mesmo, segundo Renato, é possível dividi-lo de acordo com o momento em que é feito: logo após o parto normal, logo após a cesárea ou em outros momentos, não precedidos de partos ou abortos.
As chances, segundo a especialista, são mínimas, uma vez que a técnica é considerada irreversível. Como alternativa, pode ser indicado que a mulher passe pela Fertilização in Vitro caso queira tentar uma nova gravidez. “Portanto só é indicado realizar o procedimento quando houver certeza da decisão”, reforça.
Tanto faz. “As pessoas tendem a falar: ‘Eu não liguei as trompas, fiz a laqueadura’. Ou o contrário. Muita gente acha que uma é reversível e outra não. Na verdade, ligadura e laqueadura são sinônimos. O procedimento é o mesmo”, explica o especialista.
Os métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres têm a desvantagem de apresentar efeitos colaterais indesejados, além de não serem 100% seguros. Desta forma, muitas mulheres optam por realizar um procedimento de laqueadura para não engravidar mais.
No caso da laqueadura vaginal, é possível realizar a colpotomia, uma incisão feita pelo fundo-de-saco por trás da vagina, ou a histeroscopia, que é o acesso às trompas através da cavidade uterina. Em ambos os casos, é necessário internação e também o uso de anestesia.
A laqueadura após o parto normal é feita por uma pequena incisão na região periumbilical (próximo ao umbigo). “Na maioria das vezes, aplica-se a anestesia raquidiana, na coluna, de curta duração”, diz o cirurgião. “A influência na recuperação também é muito pequena. A mulher tem mais os sintomas do pós-parto do que sintomas relativos à ligadura”, completa.
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A chance de haver alguma falha na laqueadura é muito pequena. De acordo com o especialista, existe um exame que mostra se a passagem pela tuba está obstruída ou não – mas, por conta dos riscos e da complexidade, não é recomendado que se faça. “A histerossalpingografia é um exame com contraste de iodo, mas o processo é doloroso e tem risco de reação anafilática, por causa do iodo. Como a laqueadura é feita com uma visão direta da trompa, não há necessidade de dupla checagem”, diz.
Como todo procedimento cirúrgico, é comum que existam riscos, inclusive na laqueadura. Fernanda cita os principais como: falha do tratamento, infecção e também o sangramento durante a cirurgia.
Ao notar qualquer um dos sintomas abaixo, é importante procurar um médico, pois estes podem ser sinais de infecção ou complicações cirúrgicas:
Muitas são as dúvidas sobre a efetividade da cirurgia, como ela é feita e quais são os riscos associados a ela. Além de explicar o que é a laqueadura, vamos mostrar alguns aspectos importantes sobre a recuperação e os efeitos colaterais que podem surgir após o procedimento para que não reste nenhuma dúvida sobre o assunto.
Para a reversão da laqueadura, a cirurgia é feita a partir da videolaparoscopia como uma tentativa de recanalização. Fernanda explica que o procesimento costuma ser complexo, mas a recuperação da paciente é tranquila. Vale lembrar que as chances de sucesso são baixas e, geralmente, pode ser necessário a realização da Fertilização in Vitro para a nova gravidez.