Os efeitos secundários podem ser frustrantes, mas é importante ser paciente e dar uma hipótese ao antidepressivo para que comece a mostrar os efeitos positivos. Muitos efeitos secundários resolvem-se passados alguns dias ou semanas. É importante não interromper abruptamente a medicação.
Pessoas que tomam antidepressivo em geral já tem depressão, ou tem outro transtorno que pode apresentar a depressão como comorbidade, o que significa que não necessariamente a medicação « causou » uma depressão. Poderá sentir os efeitos colaterais dos anti depressivos sentindo estar com depressão em alguns casos.
Tem até uma estratégia para se lembrar. “Eu tomo sempre depois das refeições para nunca esquecer”, revela o corretor de imóveis. A maioria dos remédios antidepressivos deve ser tomada de manhã porque isso melhora a capacidade de raciocínio e de vigília, mas o importante mesmo é obedecer sempre a orientação médica.
“Os medicamentos antidepressivos podem ser utilizados não apenas em casos de depressão, mas em quadros ansiosos, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, alguns quadros de insônia, transtornos alimentares e em uso ou abuso de substâncias, por exemplo”, afirma a psiquiatra Luciana Staut.
Nomes dos Antidepressivos mais usados
Quanto tempo se tem de tomar um antidepressivo? Tal decisão compete ao médico. Em geral, a terapêutica de uma depressão justifica vários meses de tratamento (± 6 meses). Há doentes que terão de tomar a medicação por um período prolongado ou mesmo indeterminado para evitar as crises depressivas.
Paulo Amarante: A OMS chamou atenção para o uso indiscriminado de antidepressivos, sua suspensão e retirada, tão difícil quanto a de uma droga ilícita ou do álcool. As pessoas não podem parar de imediato; têm sintomas de abstinência, como insônia, irritabilidade, palpitações, um mal estar por vezes insuportável.
Retirada deve ser gradual O acompanhamento médico é fundamental para a retirada dos antidepressivos, orienta Mirela Dal Ri. Ela explica que, dependendo da estabilidade do quadro, é possível parar o tratamento, mas em outros casos não é.