Quantas Pessoas Tem Sndrome De Tourette?

Quantas pessoas tem sndrome de Tourette

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Os tiques começam antes dos 18 anos de idade (tipicamente entre os 4 e 6 anos); a gravidade deles aumenta e alcança um pico por volta dos 10 a 12 anos e diminui durante a adolescência. Com o tempo, a maioria dos tiques desaparece espontaneamente. Entretanto, em cerca de 1% das crianças, os tiques persistem na vida adulta.

Quem tem síndrome de Tourette é deficiente?

Conheça bem como a síndrome se manifesta naquela criança em particular. Se você notar, por exemplo, que os tiques são mais facilmente disparados quando a criança é estimulada a responder uma pergunta em voz alta na sala, evite fazê-lo e encontre formas de inclui-la nesse tipo de aprendizado (você pode fazer as perguntas em momentos em que ela não esteja diante da classe, ou pedir que ela grave as respsotas, por exemplo).

Além disso, especialmente nos casos mais graves, podem ser indicados medicamentos antipsicóticos, como haloperidol, risperidona e aripiprazol, alguns anti-hipertensivos, como a clonidina, e a injeção de toxina botulínica para controlar os tiques da síndrome de Tourette.

No grupo dos medicamentos utilizados no tratamento dos portadores de transtornos de tiques, encontram-se os antidepressivos tricíclicos, usados também no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade associados, onde é contra-indicado o uso de psicoestimulantes (Spencer et al., 1994). Estudos mostram que os antagonistas dos receptores dopaminérgicos reduzem a freqüência e a severidade dos tiques em cerca de 70% dos casos (Shapiro e Shapiro, 1998). Essas observações sugerem que o bloqueio dos receptores dopaminérgicos tipo 2 é o ponto central para a eficácia do tratamento (Scahill et al., 2000; Sandor, 2003) e por isso, os antagonistas dos receptores de dopamina são largamente utilizados (Hounie e Petribú, 1999).

Esquistossomose

Esquistossomose

A síndrome de Tourette é diagnosticada quando as pessoas têm tanto um tique motor como vocal por mais de um ano.

  1. A compulsão de piscar, fazer caretas, movimentar a cabeça abruptamente, mover-se de alguma outra forma ou fazer sons é irresistível, e a ação é involuntária.
  2. Os médicos baseiam o diagnóstico nos sintomas.

Além disso, em caso de síndrome de Tourette é comum também existirem outras doenças como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), sendo importante a sua identificação. Entenda melhor o que é transtorno obsessivo-compulsivo.

Esses transtornos frequentemente interferem mais no desenvolvimento e bem-estar das crianças do que os tiques. O transtorno de deficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é a comorbidade mais comum, e às vezes os tiques aparecem primeiro quando as crianças com TDAH são tratadas com um estimulante; essas crianças provavelmente têm uma tendência subjacente a tiques.

Possíveis causas

Durante a última década, tem sido possível observar significativo progresso na investigação genética da etiologia da ST. Anormalidades cromossomiais em indivíduos e famílias portadoras da ST têm sido estudadas, no intuito de identificar genes como o gene A da monoamina-oxidase (MAOA) (Gade et al., 1998; Díaz-Anzaldúa et al., 2004a) e regiões cromossômicas como a 18q22 (Cuker et al., 2004), 17q25 (Paschou et al., 2004) e 7q31 (Díaz-Anzaldúa et al., 2004b), que parecem estar envolvidas nesta patologia (Brett et al., 1996; Kroisel et al,. 2001; Petek et al., 2001; Crawford et al., 2003; State et al., 2003, Merette et al., 2000; Simonic et al., 2001). Neste processo de identificação, evidências sugerem que a ST seja um distúrbio genético de caráter autossômico dominante, visto a freqüência de casos de tiques e manifestações obsessivo-compulsivas entre familiares desses pacientes, observada em estudos multicêntricos (Pauls et al., 1991; Eapen et al., 1993; Freeman et al., 2000; Robertson, 2000). Até o presente momento, não foi possível identificar um marcador genético de forma definitiva para a ST (Díaz-Anzaldúa et al., 2004a).

No entanto, algumas características peculiares e o quadro clínico do paciente auxiliam no diagnóstico conclusivo da ST, onde sintomas como: a presença de múltiplos tiques motores e vocais, com início antes dos 18 anos de idade, sem origem em nenhuma resposta fisiológica (por exemplo, uso de estimulantes), com ocorrências diárias, estendendo-se por mais de um ano e com comprometimento social, ocupacional e/ou emocional, tornam-se decisivos para a definição do quadro patológico (Braunwald et al., 2002).

American Academy of Neurology: Review summary of the treatment of tics in people with Tourette syndrome and chronic tic disorders (2019)

Quantas pessoas tem Síndrome de Tourette?

Quantas pessoas tem Síndrome de Tourette?

Com isso, outros fatores também têm sido associados à patogênese da ST, tais como, o possível papel de infecções estreptocócicas na patogênese dos tiques (Cardona e Orefici, 2001; Hoekstra et al., 2004). Em alguns casos, as reinfecções por Streptococcus estão diretamente associadas com a recorrência de sintomas neuropsiquiátricos (Swedo et al., 1993 e 1998). A detecção de auto-anticorpos que reagem com o tecido cerebral em pacientes com tiques e/ou distúrbios obsessivo-compulsivos (Kiessling et al., 1993) levou os pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Mentais (National Institute of Mental Health – NIMH) a formularem critérios clínicos para um subgrupo de crianças com distúrbios obsessivo-compulsivo ou ST, nas quais as exacerbações dos sintomas são bruscas, dramáticas e temporariamente relacionadas com infecções Streptococcus b-hemolítico do grupo A. Esse quadro clínico gerou a denominação distúrbios neuropsiquiátricos pediátricos auto-imune associados com infecções estreptocócicas (Swedo et al., 1997 e 1998). Anticorpos dirigidos contra a glicoproteína de oligodendrócito da mielina (MOG) também têm sido implicados como possível fator auto-imune na patogênese da ST (Huang et al., 2004). Existem ainda possíveis indicações do envolvimento de infecções não-estreptocócicas na etiologia da ST, como a relação temporal entre infecções respiratórias virais e exacerbação de tiques (Hoekstra et al., 2004) e o aumento de receptores para o fragmento Fc da imunoglobulina IgM, em linfócitos B, em pacientes portadores de tiques (Hoekstra et al., 2001). Entretanto estudos ainda estão sendo realizados para determinar a relação direta entre estes quadros infecciosos e a ST.

Tiques complexos duram mais tempo e podem envolver uma combinação de tiques simples. Tiques complexos podem ter um significado social (isto é, gestos ou palavras reconhecíveis) e, portanto, parecer intencionais. Entretanto, embora alguns pacientes possam suprimir voluntariamente seus tiques por um curto período de tempo (segundos a minutos) e alguns percebam um impulso premonitório para executar o tique, os tiques não são voluntários e não representam um comportamento impróprio.

Como ajudar alguém com Síndrome de Tourette?

A pimozida tem sido proposta como alternativa ao haloperidol, devido à eficácia comparável e menor ocorrência de efeitos adversos extrapiramidais. Por outro lado, este medicamento possui efeitos de maior gravidade, envolvendo o sistema cardiovascular, incluindo ainda sedação e disfunção cognitiva (Ross e Moldofsky, 1978; Shapiro et al., 1989). A pimozida vem sendo utilizada largamente para o tratamento de ST em doses que variam de 1 a 20 mg ao dia (Sallee et al., 1997; Hounie e Petribú, 1999). Embora raro em baixas doses, o uso prolongado de pimozida pode causar o prolongamento da onda QT (Fulop et al., 1987), e portanto, recomenda-se realizar o exame eletrocardiográfico (ECG), durante a terapia de manutenção (Scahill et al., 2000).

Se possível, particularmente em momentos de prova é interessante permitir que a criança use um local reservado para que ela não precise conter os tiques e ao mesmo tempo não haja interferência no exame dos colegas.

Índice

Os pacientes tendem a manifestar o mesmo conjunto de tiques em um dado momento, embora os tiques tendam a variar em termos de tipo, intensidade e frequência ao longo de um período de tempo. Eles podem ocorrer várias vezes em uma hora, então remeter ou dificilmente estar presentes por ≥ 3 meses. Geralmente, os tiques não ocorrem durante o sono.

Os tiques tendem a ser parecidos em um determinado momento, mas eles variam quanto ao tipo, intensidade e frequência com o passar do tempo. Algumas vezes, eles começam de maneira súbita e drástica. Eles podem ocorrer várias vezes por hora, e depois quase desaparecer por muitos meses.

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Os medicamentos para parar os tiques são recomendados apenas se o tique persistir e estiver interferindo com as atividades ou a autoimagem da criança. É usada a dose mais baixa necessária para tornar os tiques toleráveis e elas são diminuídas conforme os tiques diminuem.

Algumas vezes, o tique pode ser adiado por alguns segundos a minutos, mas apenas por meio de um esforço consciente e com dificuldade. Normalmente, a compulsão do tique acaba se tornando irresistível. Tentar controlar o tique é normalmente difícil, especialmente durante épocas de estresse emocional. Estresse e fadiga podem piorar os tiques. Contudo, os tiques com frequência também pioram quando o corpo está relaxado, por exemplo, ao assistir televisão. Chamar a atenção para um tique, principalmente em crianças, pode piorar. Normalmente, os tiques não ocorrem durante o sono e eles raramente interferem com a coordenação. Os tiques podem melhorar quando as pessoas estão se concentrando em uma tarefa, como atividades escolares ou de trabalho, ou quando as pessoas estão em um local desconhecido.

Como ajudar alguém com síndrome de Tourette?

Como ajudar alguém com Síndrome de Tourette?
  1. evitar comentários maldosos;
  2. não demonstrar irritação em relação aos tiques ou chamar atenção para eles;
  3. não forçá-la a enfrentar gatilhos para a Tourette;
  4. pessoas com Tourette não devem ser repreendidas.