Leandro (irmão de Leonardo), Buchecha (dupla de Claudinho), Mamonas Assassinas e, mais recentemente, Cristiano Araújo e Gabriel Diniz. Não são poucos os casos de músicos que morreram tragicamente em um momento de auge ou estabilidade da carreira no Brasil. A morte de João Paulo, da dupla com Daniel, que estourou com a música ‘Estou Apaixonado‘, aconteceu no mesmo contexto e também chocou o Brasil.
“Tinha certeza que tinha acabado. 40 dias após fui no Olympia [antiga casa de shows de São Paulo] cantar sozinho. Não sei até hoje como eu tive forças para realizar esse show, que era o sonho que a gente tinha. Fui aos trancos e barrancos”, desabafou.
No auge da carreira, João Paulo teve as merecidas homenagens de outros nomes da música sertaneja. No cortejo fúnebre, as duplas Chitãozinho e Xororó e Leandro e Leonardo, que eram amigos do cantor.
No início, João Paulo e Daniel eram rivais. João Paulo fazia dupla com seu irmão, Chico, usando o nome José Nery & Nerinho. Além disso, também fazia dupla com Mineiro, com o nome de Mineiro e Nerinho. Já Daniel cantava sozinho. Depois, os dois se uniram, originalmente com o nome de José Nery & Daniel e mais tarde como João Paulo & Daniel.
Em 2014, a montadora BMW foi condenada a indenizar a família de João Paulo em R$ 400 mil por dano moral, mas ainda cabia recurso à decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Em 2014, o Tribunal de Justiça de São Paulo responsabilizou a BMW e o artista pelo acidente. “A perícia realizada no veículo não descartou problemas no pneu dianteiro, determinando a culpa da montadora no acidente”, dizia reportagem na época. O relator designado no processo “reconheceu ainda a culpa concorrente de João Paulo pelo excesso de velocidade”.
Em 1985, João Paulo e Daniel lançaram seu álbum de estreia, chamado Amor Sempre Amor. O disco vendeu em torno de 25 mil cópias e começou a projetar a dupla. Nos anos seguintes, os artistas foram aumentando sua popularidade aos poucos. Em 1993, lançaram João Paulo & Daniel Vol. 5, que teve como sucessos "Só Dá Você na Minha Vida" e "Malícia de Mulher". Foi o primeiro álbum da dupla a obter boas vendagens, mais tarde recebendo o disco de platina.
No feed de comentários, anônimos e famosos não deixaram de expressar sentimentos. "Faz muita falta nosso irmão João Paulo", disse um fã. "Tivemos a honra de conhecer o João Paulo e temos ótimas recordações daquela época", disse outro. "Ainda lembro dele nos shows fazendo uma segunda voz tão perfeita tão serena", memorou mais uma. "Saudades eternas", escreveu outra fã.
Daniel homenageou João Paulo, seu parceiro em uma dupla sertaneja no início da carreira, que fez grande sucesso nos anos 1990. Neste domingo, 12 de setembro, dia em que o acidente de carro que matou o cantor completa 24 anos, o ex-técnico do The Voice Brasil postou uma foto do amigo.
João Paulo morreu em 12 de setembro de 1997, em um acidente de carro em Franco da Rocha, em São Paulo. Ele voltava para Brotas, onde morava, depois de um show realizado em São Caetano do Sul, dirigindo pela Rodovia dos Bandeirantes. A morte mobilizou os fãs e comoveu todo o país.
“O único momento que pensei em desistir foi quando o João Paulo partiu. Receber a notícia do nada, 3 horas da manhã”, relembrou em entrevista ao ‘The Noite’, no SBT.
O cantor e compositor João Paulo morreu em um acidente de carro em 12 de setembro de 1997, aos 37 anos. O músico ganhou destaque como parte da emblemática dupla sertaneja que formava com Daniel. Os artistas emplacaram diversos sucessos, sendo que o principal deles foi a canção "Estou Apaixonado".
Na época, a assessora de imprensa da dupla, Lu Barbosa, contou ao ‘Notícias Populares’ que o cantor não costumava dirigir nem voltar à cidade natal depois das apresentações. “Mas, desta vez, queria ver a mulher e a filha”, disse.
A morte do cantor, na época com 37 anos, comoveu todo o País e foi registrada nas páginas do Estadão, documentadas pelo Acervo Estadão. Confira, a seguir, alguns relatos do acidente.
“Um caminhão tombou no canteiro esquerdo da pista, sentido São Paulo, depois de perder o controle ao deparar-se com os carros parados na estrada. Depois, seus carros chocaram-se, atrapalhando ainda mais o tráfego”, noticiou-se na época.
No dia do ocorrido, pessoas que passavam na altura do Km 40 da Rodovia dos Bandeirantes diminuíam a velocidade ou paravam os veículos para ver as marcas do acidente, o que provocou um congestionamento de um quilômetro nos dois sentidos. Outros acidentes também ocorreram por causa disso.
No ano seguinte, o valor foi reduzido e fixado em R$ 200 mil. Mas em outubro de 2018, passados vinte anos da morte, a família ainda lutava na Justiça para receber a indenização.