1 - Por padrão são exibidas publicações dos últimos 20 anos. Para encontrar publicações mais antigas, configure o filtro ano de publicação, colocando o ano a partir do qual você deseja encontrar publicações. O filtro está na coluna da esquerda na busca acima.
O principal produto extraído do babaçu, e que possui valor mercantil e industrial, são as amêndoas, cujo principal produto derivado é o óleo cru ou bruto. As amêndoas - de 3 a 5 em cada fruto -, são extraídas manualmente em um sistema caseiro tradicional e de subsistência. É parte do sustento de grande parte da população interiorana, que não possuem terras nas regiões onde ocorre o babaçu. A extração da amêndoa envolve o trabalho de muitos agricultores familiares, especialmente, mulheres: as quebradeiras de coco.
Mas nem só de amêndoas vivem as quebradeiras. “Do babaçu, tudo se aproveita”, é uma máxima das quebradeiras. Da farinha do mesocarpo do babaçu, faz-se pães, biscoitos, bolos, mingaus e muitas outras delícias. A casca do coco, devidamente preparada, fornece um eficiente carvão, fonte de combustível em várias regiões do nordeste do Brasil. Se queimada lentamente em caieiras cobertas por folhas e terra, a casca do babaçu produz uma vasta fumaça aproveitada como repelente de insetos. Outros produtos de aplicação industrial podem ser derivados da casca do coco do babaçu, tais como etanol, metanol, coque, carvão reativado, gases combustíveis, ácido acético e alcatrão.
Robert de, P.; Faure, J-F.; Laques, A-E & inhabitants of Moikarakô. 2006. The power of maps: cartography with indigenous people in the Brazilian Amazon. Participatory learning and action 54 (9): 74-78.
Rufino, M.; Costa, J.T.; Da Silva, V. & Andrade, L. 2008. Conhecimento e uso do ouricuri (Syagrus coronata) e do babaçu (Orbignya phalerata) em Buíque, PE, Brasil. Acta Botanica Brasilica. 22(4): 1141-1149.
Originários de zonas de savana ou cerrado, os Kayapó vieram ocupando de forma mais permanente a floresta tropical úmida quando se deslocaram para o nordeste, atrasando assim o contato com os colonizadores europeus. O povo Mebêngôkre habitava, nos tempos remotos, o espaço compreendido entre os rios Araguaia e Tocantins, e intensificou os seus movimentos migratórios para o oeste com a chegada dos colonos interessados em explorar os recursos da região (Turner 1992). A atual aldeia Las Casas está localizada num território habitado no passado por outro grupo Mebêngôkre, os quais foram deslocados para favorecer o estabelecimento de fazendas, razão pela qual se evidenciam formas avançadas de degradação ambiental. Na década de noventa, dito território foi reocupado por indígenas Kayapó oriundos das aldeias Gorotire e por famílias Xicrin do Catete, (de Robert & López 2010). Na aldeia Las Casas, chamada também Tekrejaràtire, a luta pela reconstrução do território tradicional durou vários anos até que muito recentemente, com o decreto publicado no dia 22/12/2009, foi homologada a Terra Indígena Las Casas.
Apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas, há evidências concretas neste último quarto de século de que produtores e organizações agroextrativistas do Médio Mearim são protagonistas de iniciativas que vêm contribuindo positivamente para a dinâmica reconstrução de seus contextos socioambientais, justificando, assim, a priorização de suas demandas por parte de órgãos públicos na definição de políticas, programas e ações que fortaleçam a economia do babaçu e os meios de vida locais.
2 - Para ler algumas publicações da Embrapa (apenas as que estão em formato ePub), é necessário ter, no celular ou computador, um desses softwares gratuitos. Sistemas Android: Google Play Livros; IOS: iBooks; Windows e Linux: software Calibre.
Uma equipe de seis entrevistadores recebeu treinamento para a aplicação do instrumento, e as entrevistas ocorreram entre os meses de agosto e novembro de 2017. Do total de 1.025 entrevistas, 32,5% foram respondidas por homens, 28% por mulheres e 39,5% pelo casal. As entrevistas foram realizadas diretamente em dispositivos móveis (tablets com sistema operacional Windows), nos quais havia sido previamente instalado um sistema (aplicativo) com tecnologias Apache/PHP, para leitura e interpretação do código-fonte, e MySQL, para persistência dos dados. A estrutura do questionário, desenvolvida em plataforma web, sincronizada nos tablets, permitiu o preenchimento off-line dos dados coletados nas entrevistas e, posteriormente, sua submissão para serem devidamente persistidos no servidor. Após a conclusão das entrevistas, os dados foram revisados e consolidados em arquivos .txt, exportados para o programa estatístico STATA, no qual procederam-se as análises. Embora o instrumento utilizado contenha diversas sessões relacionadas a demografia, consumo, bens, renda, uso da terra e atividades econômicas do domicílio, a discussão, neste artigo, focaliza apenas a sessão referente ao extrativismo do babaçu.
A amêndoa de babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Spreng) é um dos principais produtos da extração vegetal no Brasil. As florestas secundárias formadas por babaçuais localizam-se na transição entre Amazônia, Cerrado e Nordeste semiárido, área onde reside um dos mais expressivos contingentes do campesinato no país. Apesar da disponibilidade de dados sobre a produção comercial de amêndoas, uma ampla gama de produtos derivados do babaçu é ignorada pelos levantamentos oficiais da produção extrativa. Para suprir essa lacuna, este trabalho examinou a importância econômica de produtos derivados da palmeira de babaçu em 200 comunidades agroextrativistas no vale do rio Mearim, no Maranhão, a principal região produtora. Projeções feitas a partir de diagnósticos socioeconômicos aplicados em 2017 a mais de mil domicílios em 18 municípios do Médio Mearim indicam que a valoração monetária de toda a produção de derivados de babaçu obtida apenas nesse território alcançaria cerca de R$ 100 milhões, valor três vezes superior em relação ao que foi divulgado apenas para as amêndoas. Compreender os detalhes da importância econômica dos produtos do babaçu é condição necessária para delinear instrumentos não apenas para o fortalecimento desta economia, como também para reforçar a conservação dos babaçuais e proporcionar melhores condições de vida para as comunidades agroextrativistas.
Forline, L.C. 2000. Using and sustaining resources: the Guajá Indians and the babassu palm (Attalea speciosa). Indigenous Knowledge and Development monitor 8(3): 3-7.
O babaçu (nome cientifico: Attalea ssp.), também conhecido como baguaçu, coco-de-macaco e, na língua tupi, uauaçu, é uma nobre palmeira nativa da região Norte e das áreas de Cerrado. Encontra-se em formações conhecidas como babaçuais, que cobrem cerca de 196 mil km² no território brasileiro, com ocorrência concentrada nos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, na região conhecida como Mata dos Cocais (transição entre Caatinga, Cerrado e Amazônia).
Cohn. C. 2000. Crescendo como um Xikrin: uma análise da infância e do desenvolvimento infantil entre os Kayapó-Xikrin do Bacajá. Pp. 1. Revista de Antropologia 43(2): 95-222.
González-Pérez, S. 2011. Produtos Florestais Não Madeireiros em Terras Indígenas Kayapó no Estado do Pará: Diversidade e Uso. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciências Biológicas, área de concentração Botânica Tropical da Universidade Federal Rural da Amazônia/Museu Paraense Emilio Goeldi.
Para estimar o volume anual de carvão produzido nos domicílios pesquisados, utilizamos a periodicidade entre episódios de sua fabricação e a quantidade média produzida por episódio. Dois terços das famílias que produzem carvão o fazem semanalmente ou a cada duas semanas, com proporções progressivamente menores para maiores intervalos. Já a quantidade média produzida em cada episódio de fabricação cresce à medida em que aumenta o intervalo. Esta produção é usualmente informada em latas (de 18 litros), que equivalem a 5 kg do produto. Através desta estratificação, podemos obter uma estimativa mais confiável para o volume anual de carvão produzido pelas famílias entrevistadas, que supera 260 mil latas, ou 1.300 toneladas.
Para completar, a dura casca do coco do babaçu ainda pode ser utilizada para produção de etanol, metanol, gases combustíveis, coque, carvão reativado, ácido acético e alcatrão, de grande aplicação industrial.
O uso menos citado entre os indígenas Kayapó foi o da casca do coco para carvão em fogões domésticos (4% dos informantes) tanto para A. speciosa, quanto para A. eichleri. O escasso uso da casca do coco babaçu como combustível entre os Kayapó de Las Casas deve ser entendido no contexto do processo local de extração do óleo deste coco, pois se acredita que usá-la para acender o fogo, ao se cozinhar as amêndoas, tem o efeito de "chupar o óleo todinho". Este uso é bastante comum na região nordeste, especialmente no Maranhão, onde Anderson & Anderson (1985) e Balick (1988) documentaram-no para 96% dos informantes Apinajé e Guajarara, que o utilizam como única fonte de energia. Em Pernambuco, Rufino et al. (2008) relataram este mesmo uso, no entanto, para um número menor de informantes (7%).
A coleta do babaçu e da carnaúba é feita por meio da prensa do caule da carnaúba, do qual é retirada a cera e,do caroço,extrai-se um tipo de óleo,elemento importante para a produção de velas e ceras.
É encontrada em maior quantidade nos estados do Maranhão e Piauí, sendo considerada uma planta característica (junto à carnaúba) da formação vegetal Mata dos Cocais, uma zona de transição entre as florestas úmidas da bacia Amazônica e as terras semi-áridas do Nordeste brasileiro, no chamado Meio-Norte.
O principal produto extraído do babaçu, e que possui valor mercantil e industrial, são as amêndoas contidas em seus frutos. As amêndoas - de 3 a 5 em cada fruto - são extraídas manualmente em um sistema caseiro tradicional e de subsistência.
A palmeira do babaçu (Orbyania martiana) apresenta a sua principal área de ocorrência nas faixas de transição limítrofes da floresta latifoliada equatorial. É encontrada em maior quantidade nos estados do Maranhão e do Piauí.
Resposta. CASTANHA DO PARA -> Acre, Amazonas e Pará.
O principal produtor em 2018 é o estado do Ceará, com uma produção estimada de 83 mil ton, em segundo lugar, encontra-se o estado do Piauí que deve produzir 25 mil ton, seguido pelo estado do Rio Grande do Norte que produziu 18 mil ton em 2019.
De acordo com a FAO (2018), o Vietnã, a Nigéria, a Índia e a Costa do Marfim fo- ram os maiores produtores mundiais de castanha de caju em 2016, com 70,6% da produção global do produto.
Produtividade normal: Cajueiro Comum – 900 kg/ha de castanha e 9 t/ha de frutos; Cajueiro Anão – 1.
O cajueiro é uma árvore originária do Nordeste brasileiro que pode chegar a ter dez metros de altura. Ele produz um fruto (a castanha-de-caju) e um pseudofruto muito conhecido (o caju). Tanto o caju quanto a castanha-de-caju contêm diversas propriedades que oferecem benefícios à saúde.
As castanhas de caju podem ser torradas com ou sem óleo. Se você for torrá-las sem óleo e quiser colocar sal, experimente borrifar uma salmoura ou solução de água com sal sobre elas e deixar secar antes de torrar. A água ajuda a fazer com que o sal fique nas castanhas.
Como fazer castanha-de-caju na frigideira
As castanhas vendidas como "cruas", na verdade foram cozidas para serem extraída. , mas não torradas. As operações envolvidas no processamento da castanha de caju são basicamente o cozimento (regionalmente chamado de ASSAR), a secagem, o corte, a quebra e retirada da casca, a classificação, a fritura (*) e a embalagem.
Depois, corte com faca e martelo para extrair a castanha. Se precisar, introduza a ponta de uma faca na cavidade onde está a castanha caso ela não saia facilmente. Lave vem e certifique-se que não tenha espinho grudado. Seque no forno bem baixinho, a cerca 130 graus, até que fique crocante – cerca de meia hora.
Ela é doce e salgada, picante e refrescante. Numa panela com água, cozinhe a castanha de caju. Quando a água ficar branca, escorra e repita a operação. Aqueça um wok em fogo médio, ou uma frigideira antiaderente, e coloque a castanha para secar sem deixar torrar (fique mexendo a frigideira sobre o fogo).
A colheita das castanhas deve ser feita depois que os cajus se desprendem da planta e caem. Recomenda-se colher os frutos pelo menos 2 a 3 vezes por semana.