A ansiedade é uma reação temporária e normal do corpo a situações que causam preocupação ou medo, como precisar fazer uma apresentação em público, ter uma entrevista de emprego ou fazer um exame na escola.
As Fobias Específicas (FE) são aquelas definidas na presença de um medo intenso a um estímulo concreto e diante do qual o indivíduo responde suportando elevados níveis de mal-estar, escapando ou evitando a situação ou estímulo que o provoca.
O transtorno de ansiedade de separação é mais comum em crianças e é caracterizado por sofrimento ou preocupação excessiva de ser separado de pessoas específicas, como pais, outros familiares e cuidadores, ou apenas por esta possibilidade existir.
O DSM-V aplica este tipo de ansiedade a apresentações em que predominam sintomas característicos de um transtorno de ansiedade que causa mal-estar clinicamente significativo ou deterioramento em algumas das áreas do paciente, mas que não cumprem todos os critérios de nenhum dos transtornos da categoria diagnóstica dos transtornos de ansiedade.
"Tanto a ansiedade quanto a depressão paralisam o indivíduo e são consideradas doenças que tiram a qualidade de vida e o prazer de fazer atividades antes prazerosas. São transtornos que caminham de mãos dadas, porém cada uma possui seu quadro sintomático e tratamento adequado", afirma Silva, da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Mas muitas vezes esse excesso de ansiedade também surge de algo que nem mesmo a pessoa sabe identificar. Ou até sabe e entende que não há motivo para toda essa reação desproporcional, mas mesmo assim não consegue controlá-la sozinha.
A pessoa que sofre de ansiedade sente-se angustiada, ameaçada, bloqueada e pode inclusivamente dizer ter “maus pressentimentos”, mesmo sem, muitas vezes, conseguir identificar o motivo que está a causar esse mal estar.
No entanto, quando a ansiedade é intensa, surge sem motivo aparente e atrapalha as tarefas diárias, pode indicar um transtorno de ansiedade como o transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico ou fobia.
O TAG, ou transtorno de ansiedade generalizada, costuma ser descrito pela ansiedade excessiva e constante afetando as atividades do dia a dia do paciente, se manifestando quase todos os dias por pelo menos 6 meses.
Especialistas dizem que é hora de olhar com maior atenção e buscar ajuda profissional para a ansiedade quando ela se torna constante, afeta a qualidade de vida e passa a envolver muito além do fator que a desencadeou.
No início do tratamento, o psiquiatra pode indicar o uso de antidepressivos e, caso necessário, complementar o tratamento com remédios para ansiedade conhecidos como ansiolíticos, que devem ser usados de acordo com a orientação do médico. Conheça os principais remédios de farmácia indicados para ansiedade.
Crise de ansiedade ou ataque de pânico é o momento em que os sintomas da ansiedade se manifestam de forma abrupta e intensa. Assim, são caracterizados principalmente por taquicardia, respiração irregular, medo e tremores no corpo.
Ter um estilo de vida saudável não só ajuda a manter a saúde física como também é uma excelente forma de manter a saúde mental e diminuir a ansiedade. Os comportamentos de um estilo de vida saudável incluem:
Em geral, é quando essa resposta natural a ameaças ou incertezas se torna intensa ou frequente demais, e resulta em transtornos de saúde mental com sintomas como enjoo, falta de ar, perda de apetite, insônia, tontura, sudorese, fadiga, dor de estômago, batimento cardíaco acelerado e incapacidade de encontrar pessoas ou sair de casa.
"Por exemplo, sentir-se apático torna difícil se manter ativo durante o dia, o que mais tarde resulta em maior tristeza e inquietação porque a pessoa não realizou o que pretendia fazer", afirma o grupo de pesquisadores em artigo publicado em 2020.
A exemplo, uma situação específica e concreta, como o adoecimento de um ente querido, a perda de um emprego, uma situação de violência, o temor de passar vergonha em público.
Segundo o psiquiatra, a presença desses quadros na infância, na adolescência ou no início da vida adulta "aumenta o risco de transtornos depressivos e a probabilidade de um curso grave de depressão com cronicidade e tentativas de suicídio".
Os transtornos de ansiedade são aqueles que compartilham de características de medo e ansiedade excessivos, assim como alterações comportamentais associadas. Sendo o medo uma resposta emocional a uma ameaça iminente, real ou imaginária, e a ansiedade uma resposta antecipatória a uma ameaça futura. Dessa forma, em certos casos, ambos traços podem se sobrepor ou se diferenciar.
"Há ainda um grande impacto no sistema de saúde, não só pelo gasto com o tratamento, mas também pela busca mais frequente por atendimento médico em decorrência de sintomas físicos resultantes da ansiedade", afirma a psiquiatra.
Em caso de ansiedade, especialmente se os sintomas forem frequentes ou intensos, é recomendado consultar o psiquiatra para uma avaliação. Quando indicado, o tratamento da ansiedade pode envolver psicoterapia e o uso de medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos.
Segundo o psiquiatra Mario Louzã, a crise de ansiedade pode ser desencadeada por fatores genéticos ou externos. Traumas como a morte de uma pessoa querida e situações de agressão física e psicológica podem fazer com que o corpo entre frequentemente em estado de alerta.
Como ajudar alguém com crises de ansiedade
O ataque de ansiedade, ou crise de ansiedade, é uma reação emocional extrema de pânico e nervosismo. Geralmente, está relacionado com momentos estressantes, traumas ou de medo extremo. Mesmo quem não tem o transtorno de ansiedade pode ter um ataque em circunstâncias extremas.
A duração mínima do tratamento de qualquer quadro de ansiedade é de 1 ano, e a contagem do tempo inicia quando a remissão total dos sintomas é atingida. O importante é manter um bom acompanhamento.
Já no ataque de pânico há uma supervalorização de alguns sinais vitais, com sensação de falta de ar e aceleração dos batimentos cardíacos, que levam a pessoa a uma ansiedade extrema em que há uma sensação de morte eminente.
Quando não tratada, ansiedade em excesso pode comprometer qualidade de vida. Tontura, sensação de fraqueza, taquicardia, formigamento nas mãos e pés e, sobretudo, um aperto no peito. Esses são sintomas que podem aparecer por conta de uma série de enfermidades, mas também pode se tratar de ansiedade.