O lítio, ou carbonato de lítio, é um remédio indicado para o tratamento e controle de episódios de mania no transtorno bipolar ou para auxiliar no tratamento da depressão, pois age diretamente no cérebro, estabilizando o humor.
A dose de lítio depende da condição a ser tratada e deve ser orientada pelo médico, de forma individualizada, sendo necessários exames de sangue para medir os níveis de lítio no organismo durante o tratamento para avaliar a resposta ao tratamento.
Além disso, pode ser indicado também em tratamentos de depressão recorrente com padrão cíclico, transtorno esquizoafetivo e, eventualmente, pode ser indicado para o tratamento de esquizofrenia, desde que não seja o único fármaco aplicado.
Fontes: Orestes V. Forlenza, psiquiatra e Professor associado do Departamento de Psiquiatria da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Marcos Machado, presidente do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia em São Paulo), farmacêutico e bioquímico especialista em análises clínicas; Amouni Mourad, farmacêutica, professora do curso de Farmácia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, doutora em ciências da saúde pela FCMSCSP (Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo) e assessora técnica do CRF-SP); Henrique Bottura, psiquiatra diretor clínico do Instituto de Psiquiatria Paulista. Colaborador do Ambulatório de impulsividade do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Revisão técnica: Orestes V. Forlenza e Amouni Mourad.
O Tua Saúde, marca do Grupo Rede D'Or, é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde, nutrição e bem-estar. Também facilitamos o acesso ao atendimento médico personalizado. As informações publicadas não devem ser utilizadas como substituto ao diagnóstico ou tratamento especializado, e não dispensam a consulta com um médico.
O lítio não pode ser usado por pessoas que sejam alérgicas (ou tenham conhecimento de que alguém da família tenha tido reação semelhante) ao seu princípio ativo ou a qualquer outro componente de sua fórmula.
Há também a hipótese que o lítio estimula a neurotransmissão inibitória e inibe a transmissão excitatória. Isso justificaria sua ação pois alguns estudos sugerem que alguns neurônios em pacientes com transtorno bipolar podem ser hiperexcitáveis e que o lítio pode reduzir essa hiperexcitabilidade em pacientes sensíveis a ação desse droga.
Aliás, uma das apresentações do carbonato de lítio consta da Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais), por isso têm distribuição gratuita em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Para ter acesso a ela, basta apresentar a receita médica. Confira as apresentações e doses disponíveis:
O lítio possui boa farmacocinética, ou seja, ao ser administrado pela via oral, é rapidamente absorvido e distribuído pelo corpo em pequenas quantidades, mas não é metabolizado. Depois, é excretado pela urina, quase sem sinais de modificação.
Não. Ele é contraindicado durante a gravidez, principalmente nas primeiras 12 semanas. Informe seu médico da gestação para que ele possa orientá-la sobre as melhores opções de tratamento no seu caso.
Além disso, o tratamento psiquiátrico pode causar alterações nos hábitos cotidianos. Em meio a todas as mudanças do organismo, é possível que haja mudanças de apetite que, consequentemente, podem levar ao ganho de peso.
Os efeitos colaterais mais comuns que podem surgir durante o tratamento com o lítio são tontura, tremor nas mãos, sede excessiva, náusea, vômito, diarreia, ganho de peso, aumento do tamanho da tireoide, urina excessiva ou perda involuntária de urina.
Leia também: O que é automedicação, causas e quais são as consequências?
Tome-o assim que lembrar e reinicie o esquema de uso do medicamento. É desaconselhado tomar doses em dobro de uma vez para compensar a dose que foi esquecida. Se você sempre se esquece de tomar seus remédios, use algum tipo de alarme para lembrar-se.
Orestes V. Forlenza, psiquiatra e professor associado do Departamento de Psiquiatria da FMUSP fala que já é também conhecida a ação protetiva do lítio no Alzheimer e em outras demências, bem como doenças que afetam o SNC (Sistema Nervoso Central), como Parkinson, Huntington, a lesão medular e a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica).
Caso faça parte de algum desses grupos, converse com o seu psiquiatra ou outro profissional de saúde para saber sobre os riscos e benefícios do medicamento para o seu organismo.
Este é um tópico que precisa ser analisado com cuidado. Embora um percentual dos pacientes relatem aumento de peso, este precisa ser diferenciado da retenção de líquido, um dos efeitos colaterais do lítio.
O divalproato de sódio age sobre o peso de duas maneiras: diminui a taxa metábolica basal e aumenta o apetite, principalmente para carboidratos e doces. Não existe relação de causa e efeito, porque nem todo mundo ganha peso utilizando a droga.
As principais reações adversas ao tratamento com carbonato de lítio, agrupadas de acordo com a frequência de ocorrência e sistema acometido, são:
300 mg de carbonato de Lítio contêm 8,12 mEq de Lítio. tomar o medicamento após refeição. mania aguda: iniciar com 300 a 600 mg, 3 vezes por dia; ajustar a dose de acordo com a resposta clínica a cada 7 dias. manutenção: 300 mg, 3 ou 4 vezes por dia; ajustar a dose de acordo com a resposta clínica.
Neste caso pode-se administrar 1 comprimido de 450 mg a cada 8 horas ou 1 comprimido de 450 mg pela manhã e dois comprimidos de 450 mg à noite.
o litio é um excelente medicamento e seus efeitos terapeuticos podem demorar até 6 semanas para serem vistos. Os efeitos colaterais são mais intensos no começo e incluem tremores finos, alteraçoes intestinais, tonturas e nauseas. Eles tendem a melhora apos as 2 primeiras semanas.
Em alguns tipos de crise podem ser obtidos resultados no pequeno espaço de 7 a 14 dias. Por outro lado, se o médico está a tratar o doente com Lítio para evitar a recorrência da doença, podem ser necessários 6 a 12 meses, antes de se conseguir uma eficácia completa.
Comprimido revestido 300mg Os efeitos benéficos do tratamento com Carbolitium® (carbonato de lítio) podem demorar algumas semanas para se manifestarem; assim, não interrompa o tratamento nem modifique as dosagens prescritas sem o conhecimento do seu médico.
Ele é rapidamente absorvido pelo trato digestivo, com picos plasmáticos que variam entre uma hora e meia a duas horas e meia após a ingestão oral. O equilíbrio da concentração do lítio no sangue pé obtido em 4 a 6 dias.
O Carbolitium® (carbonato de lítio) é indicado no tratamento de episódios maníacos nos transtornos bipolares; no tratamento de manutenção de indivíduos com transtorno bipolar, diminuindo a frequência dos episódios maníacos e a intensidade destes quadros; na prevenção da mania recorrente; prevenção da fase depressiva e ...
Em alguns tipos de crise podem ser obtidos resultados no pequeno espaço de 7 a 14 dias. Por outro lado, se o médico está a tratar o doente com Lítio para evitar a recorrência da doença, podem ser necessários 6 a 12 meses, antes de se conseguir uma eficácia completa.
Os principais efeitos colaterais do Lítio incluem tremor, sede excessiva, aumento do tamanho da tireoide, urina excessiva, perda involuntária de urina, diarreia, enjoos, palpitações, ganho de peso, acne, urticária e falta de ar.