As principais características do Realismo remetem a uma oposição ao movimento artístico anterior, o Romantismo. Nesse sentido, opondo-se à idealização amorosa, os realistas representavam figuras humanas profundas, que fugiam aos estereótipos de herói, da amada ou do vilão, típicos dos românticos.
O movimento cultural recebeu esse nome porque tanto a literatura como a pintura e a escultura engajaram-se, nessa época, com o compromisso da verossimilhança e a proposta de retratar a realidade tal como ela era.
Os principais objetivos dos autores eram retratar o cotidiano do povo brasileiro, mesmo que ele não fosse belo. Há um forte compromisso com a realidade. Por conta disso, as obras realistas brasileiras costumavam abordar a população humilde da forma mais visceral possível.
Os escritores brasileiros que utilizaram a linguagem do naturalismo estavam preocupados em relatar os problemas da realidade social, política e econômica. Por isso, muitos abordavam assuntos relacionados à abolição da escravatura no Brasil.
Enquanto escola artística do século XIX o naturalismo está ultrapassado sob vários aspectos. Todo aquele determinismo cientificista que compreendia, por exemplo, o homem enquanto refém do meio social, foi ultrapassado pelas transformações estéticas libertárias da arte de vanguarda.