Brad Pitt (49) causou comoção entre os fãs chineses nesta segunda-feira, 7. É que o ator fez um perfil na rede social Sina Weibo, uma versão local do Twitter, e postou uma mensagem em que confirma que visitará o país.
Cada vez mais, para compensar os enormes custos e reduzir a exposição financeira, as empresas cinematográficas americanas costumam fazer parceria com empresas internacionais, principalmente porque Hollywood depende cada vez mais da bilheteria estrangeira para seus lucros.
Brad Pitt teria sido impedido de entrar no país em 1997, ano de lançamento do filme Sete Anos do Tibet, do diretor Jean-Jacques Annaud. Nessa obra, o ator interpretou um alpinista austríaco em Lhasa (capital do Tibete).
O Tibete, historicamente disputado por potências nações, localiza-se em uma área estratégica do globo. Ele liga as planícies chinesas à Ásia Central e o subcontinente indiano e, assim como rios, importantes rotas comerciais passam pelo território.
O ator norte-americano Brad Pitt realizou na segunda-feira a sua primeira ação de promoção na China depois de ter alegadamente sido proibido de entrar no país há 20 anos, devido ao filme "Sete anos no Tibete".
Brad Pitt está na versão chinesa do Twitter, o Weibo, e sua conta autenticada causou diversas especulações depois da primeira mensagem, que é bem misteriosa.
O primeiro termo refere-se à manifestação de estudantes em apoio à democracia no ano de 1989, em Pequim. No protesto, cidadãos foram massacrados pelas forças militares do regime. Já “Falun Gong”, trata-se de uma vertente espiritual perseguida pelo Partido Comunista desde 1999.
Entretanto, a China conta com redes sociais próprias, como: Weib, WeChat, Meipai, Renren. Essas ferramentas são uma espécie de Twitter, WhatsApp, Instagram e Facebook, respectivamente.
Para a filosofia oriental, é imoral interferir no destino das pessoas. Para os conspiradores de plantão, a proibição é apontada como um meio de diminuir a população, sendo, portanto, mais uma aplicação do controle populacional chinês.
Este tópico está intimamente relacionado à política do filho único na China, visando ao controle populacional. Nesse sentido, mulheres grávidas do segundo filho são obrigadas a fazer um aborto ou, em algumas cidades do país, pagar uma alta multa.
Durante 15 anos, eles foram proibidos de serem vendidos. Em 2015, contudo, a situação mudou e os jogos puderam ser comercializados livremente no território. A razão do banimento justificava-se pelo medo do governo chinês de os jovens passarem mais tempo jogando do que trabalhando.
Conhecida por exercer forte controle sobre sua população, a China apresenta jeitos curiosos de fazer isso. Proibir grandes astros do cinema, séries famosas, flores, sites e até o resgate de pessoas em perigo estão entre os artifícios usados para restringir o acesso à informação do povo. Medidas essas, segundo o governo, fundamentais para proteger a história, a política e a cultura chinesa.
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Segundo o IMDb, o ator foi banido do país e proibido de entrar em terras chinesas por causa de seu papel em "Sete Anos no Tibet", filme de 1997 em que exibiu as duras regras do governo chinês.
Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e Linkedin são inacessíveis em terras chinesas. Vale ressaltar que, mesmo as plataformas permitidas à população sofrem fortes censuras. O Google, e os aplicativos ligados a ele, também estão indisponíveis no país.
Filmes, séries ou desenhos com viagens no tempo contidas na narrativa estão fora de cogitação. A justificativa relaciona-se à ideia de uma visão errada da história transmitida por programas de TV.
Ironicamente, Era uma vez também entrou em conflito com a China, embora desta vez o motivo não estivesse diretamente relacionado a Pitt. O lançamento do filme foi bloqueado na China por causa do retrato polêmico de Bruce Lee, que perde uma luta para o personagem de Pitt no filme. Pitt foi indicado aos prêmios Golden Globe e Screen Actors Guild por seu trabalho nesse filme.
Brad Pitt entregou um forte golpe duplo este ano com atuações aclamadas no drama espacial Ad Astra e no sucesso de Quentin Tarantino Era uma vez ... em Hollywood . Até muito recentemente, no entanto, Pitt foi proibido em um dos maiores mercados de cinema do mundo.
A maior aclamação veio via Era uma vez ... em Hollywood , no qual ele interpreta Cliff Booth, um dublê e assistente pessoal do ator Rick Dalton (Leonardo DiCaprio). A controvérsia gira em torno de Cliff, que pode ou não ter matado sua esposa em um infortúnio de barco. O que é certo é que Cliff está em conflito com uma família de hippies liderada por Charles Manson.
Desde a Revolução do Jasmim (fator preponderante da Primavera Árabe), em 2011, na Tunísia, o cultivo e o comércio desta flor estão vetados. Houve especulações de que a situação poderia acontecer na China. Por isso, o governo decidiu eliminar, de vez, o risco.
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No ano seguinte, Lama e os integrantes de seu governo assinam o “Acordo de Dezessete Pontos”. Por meio dele, a China criaria medidas para libertar o Tibete, mas, na prática, isso significou a autoridade chinesa sobre ele, quadro que perdura até hoje.
Quase 20 anos mais tarde, em 2014, Pitt surgiu em Xangai. Ele acompanhava Angelina Jolie, na época, sua esposa, no lançamento de Malévola. No entanto, isso só foi possível pois as autoridades chinesas teriam “perdoado” Jean-Jacques Annaud.
Após a vitória comunista na guerra civil chinesa, Mao Tsé-Tung, presidente do Governo Popular da China, exigiu que o Tibete aceitasse o governo de Pequim. Contudo, o governo tibetano não acatou e o exército chinês invadiu o país. Com isso, em 1950, o Partido Comunista chinês começou a controlar a província de Kham. E, aos 15 anos, o 14° Dalai lama assumiu o poder político tibetano.
Apesar de assumidamente ateu, em 2007, o governo da China optou por criar uma lei de proibição à reencarnação. Monges tibetanos consideram a lei um gesto de diminuir o poder de Tenzin Gyatso, o 14° Dalai Lama, desafeto do país chinês e líder espiritual do Tibete.