O fato é que qualquer procedimento utilizado como meio de contracepção tem chance de não dar certo. O risco maior disso ocorrer, no caso da vasectomia, é: nos primeiros dias, após a cirurgia; um tempo depois, devido à recanalização espontânea dos canais que foram separados durante o procedimento.
Dois meses após ser vasectomizado, o homem deve fazer um espermograma, exame que verifica a quantas andam os espermatozóides presentes no sêmen – se a cirurgia deu certo, não haverá nenhum. Eles se vão, mas a vida continua. “A vasectomia não causa impotência nem interfere na atividade sexual”, diz o médico.
A vasectomia é considerada um procedimento de pequeno porte e tem baixíssimas taxas de complicações. As complicações mais comuns são: dor na bolsa escrotal, pequenos hematomas ou mesmo infecção na incisão. A maioria das complicações são controladas com o repouso, anti-inflamatórios e antibióticos.
A principal vantagem do homem realizar a vasectomia é o maior controle sobre a gravidez da mulher, porque depois de cerca de 3 à 6 meses desse procedimento, a mulher não precisará usar métodos anticoncepcionais, como a pílula ou as injeções, por exemplo.
A cirurgia sem internação leva cerca de vinte minutos e não causa impotência. A média de preços praticada no mercado é de R$ 1 mil a R$ 3 mil. O valor vai depender do médico e do hospital escolhido.
Massaguer explica que, geralmente, não existem muitos efeitos colaterais, já que é um procedimento relativamente simples. “Mas, em alguns casos, pode provocar até menopausa precoce. É raro, mas é um possível risco”, diz. Podem ocorrer ainda dores pélvicas e menstruação irregular.
A síndrome pós-laqueadura seria então caracterizada por: desarmonia do ciclo menstrual (metrorragia, sangramento intermenstrual, "spotting" e amenorréia), algia pélvica, dismenorréia, dispareunia, tensão pré-menstrual e manifestações psicológicas.
O tempo de recuperação da cirurgia de laqueadura costuma ser entre 24 a 48 horas após o procedimento. Aconselha-se repouso, sem a prática de atividades físicas e sexuais durante este período.
Existe uma taxa mínima de falha. De acordo com a ginecologista Ana Lúcia Beltrame, é raro engravidar após a cirurgia. Contudo, a gravidez é possível quando as trompas se recanalizam, ou seja, surge num novo canal na trompa que havia sido interrompida que permite a passagem do espermatozoide.
É possível engravidar depois de fazer a laqueadura? Apesar de pequenas, as chances de uma gravidez acontecer mesmo após a ligadura das trompas existem. A taxa de reversão espontânea da laqueadura é de 0,5% a 1% – aqui no Brasil, estima-se que de uma a cada duzentas mulheres laqueadas acabem engravidando.
Nesse momento surge a pergunta: será que posso engravidar mesmo após ter realizado a laqueadura? A resposta é sim, porém não de maneira espontânea. Para conseguir tal objetivo ou deve ser realizada a reversão da laqueadura tubária ou deve-se recorrer a fertilização in vitro.
A laqueadura, ou ligadura, consiste no corte das tubas uterinas, também conhecidas como trompas de falópio. Já na vasectomia, o que se corta são os canais deferentes, que levam os espermatozoides até a vesícula seminal.