Chamado de pessimista por suas críticas amargas ao pós-modernismo, Bauman se recusava a classificar as relações amorosas como união. Para o filósofo, as “relações líquidas” seriam experiências pessoais de cada um, sem a construção da identidade de um casal, da integração entre dois indivíduos.
Modernidade Líquida é o termo usado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman para definir o tempo presente, também chamado de pós-moderno por alguns sociólogos e cientistas sociais. A associação com o líquido vem do fato de que a sociedade atual seria, segundo Bauman, marcada pela liquidez, volatilidade e fluidez.
Assim, duas das características da modernidade líquida são a substituição da ideia de coletividade e de solidariedade pelo individualismo; e a transformação do cidadão em consumidor.
Esse conceito, construído pelo sociólogo polonês Zigmunt Bauman (1985-2017) nos diz que, com a globalização, as relações se frouxaram, tornaram-se líquidas: nada mais é sólido, ao praticarmos o individualismo, favorecidos pelo uso excessivo da internet, em todos os âmbitos de nosso quotidiano.
A "crise" da Modernidade é um processo de passagem para a Pós-modernidade, é um momento no qual a sociedade tem buscado afastar-se da racionalização e do cientificismo. Segundo Barth (2007), algumas das ideologias presentes na vida do homem pós-moderno são perfeitamente claras e observáveis.
Na modernidade líquida, o indivíduo se torna único. O consumo se torna um meio por onde se dá uma objetivação e uma instrumentalização das relações sociais. Ele se torna a principal fonte de satisfação dos indivíduos e, além disso, um meio pelo qual os sujeitos constroem sua identidade enquanto sujeitos.
A modernidade trouxe avanços em praticamente todos os campos de conhecimento – e retrocesso na maneira como as pessoas se relacionam. Com ela veio o questionamento de todos os valores.
Os nômades ganharam espaço na modernidade líquida na medida em que o labirinto, a vida por etapas curtas e postas em série, ganhou na organização temporal e social da sociedade contínua, dos projetos a longo prazo. O resultado é a mudança do status do trabalho: de um projeto de vida.
A modernidade líquida seria "um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e com forma imprevisível. Bauman entende que na modernidade sólida os conceitos , ideias e estruturas sociais era mais rígidas e inflexíveis.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 2001. BESSI, Vânia Gisele.
“O termo 'líquido' se refere à liquefação do nosso arcabouço mais sólido: as instituições, a política, as identidades. Bauman nos oferece a ideia agradável de que alguém está pensando sobre nossas inseguranças.” Outros intelectuais se debruçam sobre as mudanças contemporâneas, claro.
Quando o motivo que os tornou amigos desaparece, a "amizade" se dissolve; pois que existia apenas em relação àquelas circunstâncias. Essas amizades são circunstanciais: pois que o objeto não é amado por ser a pessoa que é, mas pelo que fornece de vantagem ou prazer, conforme o caso.
Segundo o sociólogo, a marca da pós-modernidade é a própria vontade de liberdade individual, princípio que se opõe diretamente à segurança projetada em torno de uma vida estável. Bauman entende que na modernidade sólida os conceitos, ideias e estruturas sociais eram mais rígidos e inflexíveis.
A arte pós-modernista é uma arte essencialmente eclética, híbrida e sem hierarquizações. Nesse sentido, é considerada uma antiarte. Explora o lúdico, o humor, a metalinguagem, a pluralidade de gêneros, a polifonia, a intertextualidade, a ironia, as fragmentações e desconstruções de princípios e valores.
Entre as características do chamado pensamento pós-moderno está o irracionalismo, o antifundacionismo (a impossibilidade de se fundamentar a filosofia em um princípio universal) e o relativismo. Alguns dos filósofos mais influentes no pensamento pós-moderno são Nietzsche, Heidegger e Wittgenstein.