A articulação do cotovelo é uma articulação encontrada no membro superior, entre o braço e o antebraço. É o ponto de articulação de três ossos: o úmero, localizado no braço, o rádio e a ulna, localizados no antebraço.
O cotovelo humano é formado pela articulação entre os ossos do braço e antebraço. Tal articulação é do tipo gínglimo (sinovial), cujo funcionamento assemelha-se ao de uma dobradiça. Tal característica anatômica permite que o braço realize movimentos de extensão e flexão. Entretanto, também é capaz de realizar movimentos rotacionais.
Estes ossos do antebraços se articulam em dois locais. A cabeça do rádio forma uma articulação com a incisura radial da ulna, proximalmente (articulação radioulnar proximal), enquanto a cabeça da ulna forma uma articulação com a incisura ulnar do rádio, distalmente (articulação radioulnar distal). Juntamente com a articulação umerorradial, as duas articulações radioulnares permitem os movimentos de pronação e supinação do antebraço.
O exame clínico e a história do paciente, frequentemente, são suficientes para o diagnóstico. Entretanto, para confirmar o diagnóstico podem ser solicitados os exames de ultrassonografia ou ressonância magnética que possuem ótima acurácia.
A articulação úmero-radial é também uma diartrose uniaxial. Mas ela tem duas funções, flexão-extensão no plano frontal e rotação em torno do eixo longitudinal associados à articulação radioulnar proximal.
Uma fratura supracondiliana é uma fratura do úmero acima do nível dos côndilos umerais. Essa lesão ocorre mais comumente em crianças. Em tais lesões, o fragmento ósseo distal pode ser puxado posteriormente pelo músculo tríceps, o que pode alongar as artérias braquiais e causar efeitos adversos.
As deformidades ósseas e aquelas da articulação (cartilagem) podem ou não contribuir para a rigidez, sendo comum a necessidade de exames subsidiários, como a tomografia computadorizada, para definir o papel das deformidades na rigidez.
Na ultrassonografia são achados comuns a presença de sinais de tendinopatia da origem comum dos extensores ou flexores do antebraço, com aumento da espessura do tendão e áreas hipoecogênicas. Também podem ser encontradas fissuras ou lesões parciais da inserção tendínea. Cabe ressaltar que a presença de fissuras ou lesões parciais da origem dos tendões não indicam o tratamento cirúrgico no cotovelo.
As fraturas da região do cotovelo podem acometer diferentes ossos e articulações. A extremidade distal do úmero, a cabeça do rádio e o olécrano ou ulna proximal são os locais mais comumente fraturados e podem ficar desviados de sua posição original após uma fratura, aumentando o risco de incongruência e de artrose (desgaste da cartilagem).
O paciente fica um curto período com uma tipóia, aproximadamente de 7 a 14 dias. Após 2 semanas são iniciados exercícios para restabelecimento da movimentação do cotovelo. O fortalecimento dos extensores e flexores do antebraço é prescrito após 6 a 8 semanas do tratamento cirúrgico. O retorno ao esporte é previsto após 4 meses do tratamento cirúrgico.
A tendinopatia da origem comum dos extensores do antebraço é a principal causa de dor no cotovelo. Também é conhecida como epicondilite lateral ou cotovelo de tenista. Aproximadamente 2% da população terá um episódio de epicondilite lateral do cotovelo durante a vida. Esta doença está associada às atividades profissionais e esportivas. É muito comum em músicos, cozinheiros e quem trabalha diariamente com os computadores.
Funcionalmente, a articulação do cotovelo é uma articulação uniaxial em dobradiça, pois permite o movimento em apenas um único plano.
Também são comuns traumas mais leves em que há uma fratura oculta ou uma lesão da cartilagem (lesão osteocondral). Além disso, pequenos fragmentos de osso ou cartilagem podem se soltar, permanecendo na articulação (corpos livres).
A saliência distal e lateral do úmero é metade de uma esfera, denominada côndilo ou capítulo. Um sulco separa o côndilo da tróclea. A borda da cabeça do rádio é direcionada em movimento pelo sulco côndilo-toclear na flexo-extensão.
A articulação do cotovelo é uma articulação sinovial que conecta o braço ao antebraço, permitindo 150 ْ de movimentos de flexão-extensão. Ela consiste em três articulações; a articulação umeroulnar, a articulação umerorradial e a articulação radioulnar proximal, todas em uma só cápsula articular!
A anatomia funcional do cotovelo é única, devido à orientação e às múltiplas articulações que o compõem. A principal função do cotovelo é fazer a ligação entre o ombro e a mão e posicionar e estabilizar a mão durante as atividades.
O tratamento cirúrgico pode ser indicado quando há falha do tratamento conservador adequado por no um mínimo de 4 meses. Também é necessário nos casos com deformidade óssea ou articular e naqueles com artrose mais avançada. Existem diversas técnicas possíveis e seu risco-benefício deve ser discutido com cada paciente. Independente da técnica utilizado, os resultados podem ser satisfatórios e a literatura médica demonstra ganhos médios de 50° com as diferentes técnicas de liberação. Abaixo abordaremos apenas as técnicas de liberação e de artroplastia, pois as correções das deformidades são extremamente complexas e individualizadas. Após esse tipo de tratamento cirúrgico, a reabilitação adequada é fundamental para que a recidiva da rigidez não ocorra.
Após uma fratura ou luxação, além da lesão óssea e da cartilagem, pode haver grande lesão dos tecidos moles ao redor da articulação, incluindo a cápsula articular, ligamentos e músculos. Esses tecidos podem dar origem a um tecido de baixa elasticidade, conhecido como fibrose.
A epicondilite é uma inflamação dos tecidos moles que envolvem os epicôndilos do úmero. Geralmente, ela ocorre devido ao uso excessivo dos músculos flexores e extensores do antebraço. A dor é sentida ao redor da região epicondilar. Os jogadores de tênis tipicamente adquirem epicondilite no epicôndilo lateral (origem do extensor comum), enquanto os golfistas geralmente a apresentam no epicôndilo medial (origem do flexor comum).
A rigidez pode ser causada, portanto, pelo desvio dos fragmentos ósseos, por lesões osteocondrais e por artrose (rigidez intrínseca) ou pela fibrose dos tecidos moles (rigidez extrínseca), sendo frequentemente causada por uma combinação de fatores (2).
A artroplastia é a substituição da cartilagem por um implante metálico. A artroplastia pode ser realizada apenas na cabeça do rádio, que é um procedimento menos complexo e com poucos riscos, ou pode ser realizada no úmero e na ulna, sendo chamado de artroplastia total do cotovelo. A artroplastia total do cotovelo é realizada nos pacientes com baixa demanda e quando há grave artrose ou deformidade articular.
As articulações sinoviais realizam a comunicação entre uma extremidade óssea e outra, garantindo-lhe movimento, e são compostas de cartilagem que revestem as extremidades ósseas, ligamentos, líquido sinovial, cápsula articular (DANGELO, FATTINI, 2011).
cápsula articular,cavidade articular e liquido sinovial (sinóvia) são características de articulações (junturas) sinoviais. Entretanto, os componentes da articulação sinovial são cápsula articular, cavidade articular, membrana sinovial, líquido sinovial, cartilagem articular, ligamentos intra e extra Articulares.
Articulação fibrosa ou sinartrose (do latim sin sem, artrose movimento) é aquela que apresenta tecido fibroso interposto entre os ossos, podendo ser: Sutura - com pequena quantidade de tecido fibroso, como as que existem entre os ossos do crânio. De acordo com a as superfícies de contato são subdivididas em: Plana.
- Articulação fibrosa – Também chamada de sinartrose ou articulação imóvel, ela possui pequena separação com tecido conjuntivo fibroso entre os ossos. Seu papel principal é proporcionar a absorção de choque. A articulação fibrosa pode ser classificada em dois tipos: suturas e sindesmoses.
Podem ser de dois tipos:
Sinostose ou Sinartroses: união ou junção completa de dois ou mais ossos por ossificação da zona cartilaginosa ou fibrosa que separa os mesmos.
Uma sínfise é um tipo de articulação permanente, do tipo anfiartrose, em que a cartilagem fibrosa une dois ossos e permite pouca movimentação. As superfícies adjacentes são unidas por cartilagem do tipo fibrosa (fibrocartilagem).