Certa vez uma raposa convidou o tucano para o jantar. A comida era um mingau servido em cima de uma pedra. O pobre tucano teve dificuldade para comer e machucou seu longo bico.
Esse antigo conto brasileiro foi escrito nessas palavras por Gustavo Barroso, folclorista nacional, e está no livro Contos Tradicionais do Brasil, de Câmara Cascudo.
Esse tipo de conto é bem comum em várias partes do continente americano, não apenas no Brasil. É uma “história acumulativa”, ou seja, que tem um evento como ponto de partida para desenrolar outras situações.
Este conto é considerado um dos mais complexos e simbólicos da literatura brasileira. A história narra a vida de um homem que decide viver em uma canoa no meio do rio, deixando sua família para trás.
Este conto é uma sátira à elite intelectual brasileira do início do século XX. A história narra a vida de um homem que finge saber javanês para impressionar os intelectuais da época.
Nesse caso, podemos interpretar como o exemplo de um “capricho”, uma teimosia do macaco, que faz de tudo apenas para conseguir comer sua banana, que ele mesmo deixou cair de sua mão.
Assim, é possível desenvolver empatia e identificação com o personagem, que apesar de trapaceiro apresenta um humor e inteligencia admiráveis.
“O Homem que Sabia Javanês” é um conto escrito por Lima Barreto, publicado em 1911. A história gira em torno de Jacobina, um homem que sabia javanês, mas que não conseguia se adaptar ao mundo prático.
O ferreiro nem se importou. O macaco procurou o soldado a quem pediu que prendesse o ferreiro. O soldado não quis. O macaco foi ao rei para mandar o soldado prender o ferreiro para este ir com o machado cortar o pau que tinha a banana. O rei não prestou atenção. O macaco apelou para a rainha. A rainha não ouviu. O macaco foi ao rato para roer a roupa da rainha. O rato recusou. O macaco recorreu ao gato para comer o rato. O gato nem ligou. O macaco foi ao cachorro para morder o gato. O cachorro recusou. O macaco procurou a onça para comer o cachorro. A onça não quis. O macaco foi ao caçador para matar a onça. O caçador se negou. O macaco foi até a Morte.
O sapo se manteve aparentemente tranquilo e começou a assobiar. Os meninos viram que nada assustava o sapo e então um falou para o outro subir em uma árvore e jogar o animal lá de cima.
O conto é marcado pelo niilismo e pelo humor ácido de Machado de Assis. Brás Cubas é um anti-herói que não se preocupa com as convenções sociais e que questiona a existência humana.
Este conto é uma crítica à violência urbana e à corrupção policial no Brasil. A história narra a vida de um enfermeiro que trabalha em um hospital público e se envolve em um esquema de corrupção.
Esse conto é uma versão brasileira de histórias parecidas na Europa. É um conto etiológico, definição dada quando uma história busca explicar o surgimento, característica ou razão de ser de algum evento ou criatura.
“A Cartomante” é um conto escrito por Machado de Assis, publicado em 1884. A história gira em torno de Vilela, Rita e Camilo, que se envolvem em um triângulo amoroso.
Esse conto exemplifica bem a maldade e o sadismo, assim como a esperteza e serenidade. O sapo, mesmo sendo ameaçado das piores maneiras, não demonstra desespero, se mantém em paz e confia que algo de bom acontecerá.
Este conto é uma crítica à ciência e à medicina do século XIX. A história se passa em uma cidade onde um médico decide internar todos os loucos em um hospício, mas acaba internando também pessoas sãs.
O conto é marcado pelo destino e pelas escolhas morais dos personagens. Machado de Assis questiona a ideia de que o destino é algo imutável e mostra como as escolhas dos personagens podem mudar o rumo de suas vidas.
No pequeno conto, temos uma situação em que um dos sete pecados capitais, a preguiça, é exibido através da figura do animal que leva o mesmo nome.
O rico mandou o pobre embora e foi com sua esposa ver a tal riqueza, mas ao chegar, o que encontrou foi uma grande casa de marimbondos. Ele enfiou a casa num saco e foi até a casa do pobre. Lá chegando, gritou:
O pobre conversou com sua mulher e os dois foram ver o lugar. Quando chegaram, o pobre encontrou uma cumbuca de ouro. O pobre foi honesto e disse ao rico que nas suas terras tinha uma riqueza.
Um fazendeiro e um caboclo apostaram quem veria em primeiro lugar o primeiro raio de sol nascente. Foram de madrugada para um lugar aberto na fazenda. O fazendeiro ficou de pé, olhando na direção que sol nasce, à espera.