Quando Surgiu O Cncer De Mama No Brasil?

Quando surgiu o cncer de mama no Brasil

O controle do câncer de mama no Brasil teve um marco histórico, em meados dos anos 80, ao ser incluído no Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, que postulava o cuidado mais amplo do que a atenção ao ciclo gravídico-puerperal (Brasil, 1984). 

O caroço, também chamado nódulo, do câncer de mama, normalmente surge em qualquer região da mama e também na axila. Porém, em um tipo raro de câncer de mama inflamatório, normalmente a paciente não nota nenhum tipo de caroço nos seios, e os sintomas são apenas vermelhidão local, dor, inchaço e coceira.

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INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Diretrizes Nacionais para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Rio de Janeiro: INCA, 2015.

A implantação do Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA), em junho de 2009, e o estímulo ao aumento da oferta de mamografias pelo Ministério da Saúde (Mais Saúde 2008-2011) impulsionaram a organização das ações de controle. Nos anos de 2010/2011, o INCA lançou o folder Recomendações para a redução da mortalidade do câncer de mama no Brasil (2010-2011), atualizado em anos posteriores, com quatorze recomendações relacionadas a vários componentes da linha de cuidado dessa neoplasia.

A palavra câncer vem do grego karkínos, que significa caranguejo (Figura 1) e foi utilizada pela primeira vez por Hipócrates, o pai da medicina (Figura 2), que viveu entre 460 e 377 a.C. .

Materiais informativos e Publicações

Materiais informativos e Publicações

O câncer de mama dói, em geral, somente quando a doença já se encontra em estágios avançados, por isso mesmo todos os cuidados para a identificação imediata de ocorrência de câncer devem ser tomados por toda e qualquer mulher.

O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, o que representa 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres. É também a causa mais frequente de morte por câncer nessa população, com 684.996 óbitos estimados para esse ano (15,5% dos óbitos por câncer em mulheres) (IARC, 2020).

Em geral, são dores leves, com pequenos desconfortos em ambas as mamas, causadas por variações hormonais da mulher em período fértil. Ocorrem na segunda metade do ciclo, agravam-se dias antes da menstruação e desaparecem quando a mulher menstrua. Quando esta dor é de intensidade maior, é chamada de mastalgia cíclica.

Materiais informativos e Publicações

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa 2023: incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estimativa Acesso em: 25 nov 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.

Central de Conteúdos

Central de Conteúdos

É importante frisar que, embora os médicos nacionais defendessem o uso do autoexame e do exame clínico como principal forma de controle da doença, o desenvolvimento da mastologia e a formação de especialistas seguiam caminho contrário. O melhor exemplo disso é o fato de que o convidado de honra do congresso foi o médico Philip Strax, que havia desenvolvido vários estudos comprovando a importância da mamografia na redução da mortalidade por câncer de mama, e criado o primeiro serviço móvel de mamografia na cidade de Nova York.

No que tange à convergência da experiência entre risco e doença no câncer de mama, as consequências da medicina de risco recaem diretamente nas relações das mulheres com seu próprio corpo, que cada vez mais é visto como doente na medida que se enquadra no maior risco de adoecimento. Nos últimos anos, ganhou destaque a prática da mastectomia profilática, ou seja, retirada dos seios para prevenir a formação de tumores. Entretanto, práticas desse tipo não são novas, e ganharam espaço nos debates médicos entre os anos 1960 e 1980. Nesse período, um dos fatores de riscos sugeridos pelos estudos epidemiológicos dizia respeito à carga hormonal das mulheres, levando a sugestão de intervenções químicas ou mesmo cirúrgicas, a exemplo da ooforectomia (retirada do ovário), como forma de reduzir as chances de adoecimento.

A priorização do controle do câncer de mama foi reafirmada em março de 2011, com o plano nacional de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer pela Presidência da República. O plano previu investimentos técnico e financeiro para intensificar as ações de controle nos estados e municípios. No âmbito da detecção precoce, as perspectivas apontadas foram: garantia de confirmação diagnóstica das lesões palpáveis e das identificadas no rastreamento; implantação da gestão da qualidade da mamografia; ampliação da oferta de mamografia de rastreamento na população alvo; comunicação e mobilização social; e fortalecimento da gestão do programa. Foi também apontada a necessidade de continuar as ações de ampliação do acesso ao tratamento do câncer com qualidade, conforme objetivos da PNAO. As propostas do Plano foram incorporadas ao Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022 (Brasil, 2011) (abre em nova janela).

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A importância da detecção precoce dessas neoplasias foi reafirmada no Pacto pela Saúde, em 2006, com a inclusão de indicadores na pactuação de metas com estados e municípios para a melhoria do desempenho das ações prioritárias da agenda sanitária nacional (Brasil, 2006).

Embora considerasse bastante relevante a existência de cada vez mais “armas para o combate” à doença, o médico paulista apostava na primazia do exame clínico das mamas como ferramenta correta para o trabalho:

Acesso à Informação

Na última década, a questão do rastreamento para câncer de mama teve maior força social em relação a outros aspectos de controle da doença, sendo o principal tema debatido no campo da saúde pública e o mais veiculado na imprensa. No entanto, outras questões, como o acesso ao tratamento e a novas tecnologias de ponta (exemplo das terapias alvo), além das mobilizações em torno dos cuidados com a mulher mastectomizada fora do tradicional âmbito da medicina e da saúde, têm ganhado espaço através de associações de pacientes, redes sociais, e outros fóruns. O dinamismo das discussões e as preocupações com o câncer de mama demonstram a importância que a doença assumiu na sociedade, e demandam mais pesquisas acerca das faces sociais e históricas do câncer no país.

O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui hiperplasia, hiperplasia atípica, carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Dentre esses últimos, o carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum e compreende entre 80 e 90% do total de casos.

Em seres humanos, um neandertal de 35 mil anos, encontrado em Stetten, na Alemanha, é, até agora, o primeiro paciente oncológico diagnosticado. A área da paleoncologia é recente. Foi criada na década de 1980 por um grupo de médicos egípcios e gregos, nacionalidades com tradição milenar no tratamento de câncer.

Como aliviar dor no bico da mama ao amamentar?

“Se a mãe sentir dor e tiver as fissuras, a primeira medida é corrigir a forma de o bebê amamentar. Não adianta passar pomada cicatrizante se o bebê continua mamando errado. Depois, os cremes de lanolina são hidratantes, assim como de óleo de girassol, que é também cicatrizante.

Como surgiu a campanha Outubro Rosa?

O Outubro Rosa só começou na década de 90, nos Estados Unidos, com apenas alguns estados americanos fazendo campanhas isoladas sobre o tema. Só depois que a campanha foi aprovada pelo Congresso Americano que o mês de outubro foi reconhecido nacionalmente como o mês da prevenção contra o câncer de mama.

Quem criou a campanha Outubro Rosa no Brasil?

Movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.

Porque o Outubro Rosa é importante?

O Outubro Rosa busca divulgar e informar sobre o câncer de mama, tornando o acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento acessíveis para toda a população. Com isso, a ação visa mostrar a importância do diagnóstico precoce e diminuir mortalidade causada pela doença.

Porque as campanhas são importantes?

As campanhas contribuem para a conscientização, a valorização e a prevenção de doenças que, muitas vezes, levam a óbito.

Qual a importância da campanha do câncer de mama?

Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.