O ferro é um nutriente fundamental para todas as células vivas e é essencial para os seres humanos. De acordo com a literatura, algumas das suas funções no corpo são a formação de sangue, o transporte de oxigênio, a produção de energia e, ainda, possui papel importante na melhora do sistema imunológico.
A quantidade de ferro do organismo é bastante conservada e, pouco do que é absorvido, é eliminado. Assim que consumido pela dieta, o ferro passa pelo estômago, onde sofre uma modificação pelo ácido ali presente, e então é transportado até os enterócitos (que são as células do intestino), onde será absorvido.
Estados anêmicos podem ser causados por vários processos fisiopatológicos com abordagens diferentes de prevenção e de tratamento, mas a anemia causada por deficiência de ferro – nomeada Anemia Ferropriva – é considerada, segundo a Organização Mundial da Saúde (2008), a carência nutricional de maior magnitude no mundo.
Dieta não balanceada, ou seja, com baixa disponibilidade de ferro heme, cuja quantidade absorvida varia entre 20% e 30% do total de ferro ingerido, enquanto a absorção do ferro de origem vegetal varia entre 1% e 7%. Indivíduos vegetarianos, principalmente mulheres em idade reprodutiva, têm mais chances de apresentar deficiência de ferro, assim como os idosos e pessoas com doenças psiquiátricas (demência).
Quanto ao uso de sacarato de hidróxido férrico endovenoso em crianças, recomenda-se a dose de 0,35 ml/kg de peso corporal diluídos em, pelo menos, 200 ml de solução fisiológica; a duração da infusão deve ser de, pelo menos, três horas, uma vez por semana.25-27
Os principais fatores indicativos para definir a perda menstrual excessiva são a inabilidade para controlar o fluxo sanguíneo com absorventes; o uso de mais de 12 absorventes por período, ou quatro por dia, embora esse seja um parâmetro variável de acordo com a sensibilidade de cada mulher; passagem de coágulos, especialmente os acima de 2 cm, ou sua incidência após o 1º dia; e duração da perda sanguínea maior do que sete dias.
Uma história clínica detalhada, exames físicos e a dosagem de proteína C reativa (PCR) podem auxiliar na confirmação de um processo infeccioso ou inflamatório concomitante. A associação entre PCR normal, anemia hipocrômica e microcítica e ferritina < 30 ng/mL praticamente confirmam o diagnóstico de anemia ferropênica. Entretanto, em pacientes com anemia decorrente de uma doença crônica, a presença de anemia e de PCR elevada sugere também deficiência de ferro e não depende do valor da ferritina, que geralmente está normal ou aumentada; nesses casos, a dosagem do receptor solúvel da transferrina, quando disponível, pode ajudar a confirmar a associação, se sua concentração estiver aumentada.2-4,14
Sangramento gastrointestinal esofagite, varizes de esôfago, hérnia de hiato, úlcera gastroduodenal, tumor, angiodisplasia, telangectasia, gastrite atrófica autoimune ou relacionada à infecção pelo helicobacter pylori,9 doença intestinal crônica, doença celíaca, diverticulose, doença hemorroidária é a principal causa de deficiência de ferro em homens e em mulheres pós-menopausa.7,10
Recomenda-se não misturar leite e chá na mesma refeição, evitar cereais integrais e chocolate como sobremesa no período de tratamento com sal ferroso. Essas recomendações não são necessárias quando o tratamento é feito com sais férricos, pois, nesses compostos, o ferro é quelado com açúcar ou aminoácido, não havendo interação da sua absorção com os alimentos em geral.
A quantidade elementar total de ferro no organismo do adulto é, aproximadamente, de 3 g a 4 g (45 mg/kg de peso corporal), sendo que a maior parte (de 1,5 g a 3,0 g) encontra-se ligada ao heme da hemoglobina e tem como função principal a oxigenação dos tecidos; cerca de 300 mg encontram-se na mioglobina, na catalase e nos citocromos; de 3 mg a 4 mg encontram-se no plasma e são ferro de transporte; o restante, de 600 mg a 1500 mg, são armazenados no fígado, no baço e na medula óssea, sob a forma de ferritina e hemossiderina.1
A administração profilática de ferro para todas as gestantes não é universalmente aceita; entretanto, considerando-se o aumento do requerimento diário de ferro durante a gestação, o parto e o puerpério, esse parece ser o procedimento mais adequado, principalmente em regiões e países com elevada prevalência de anemia ferropênica.17
Gestação, parto e puerpério. Estima-se que a necessidade adicional de ferro nas gestantes sem anemia seja de aproximadamente 1.000 mg, o que equivale ao requerimento diário médio de 4 mg; nas gestantes com anemia, de mais de 2.500 mg de ferro.
Fisiologicamente, em adultos normais, de 1 mg a 2 mg de ferro provenientes da dieta são absorvidos e excretados diariamente. A hepcedina é, atualmente, a principal proteína que regula a sua homeostase porque ela age sobre a ferroportina, ocasionando o aumento da absorção intestinal de ferro e da liberação daquele presente no interior dos macrófagos, quando há deficiência de ferro.2-4 Sua deficiência é a alteração hematológica mais comum, acomete de 20% a 30% da população mundial, sendo, portanto, um grave problema de saúde pública, particularmente nos países em desenvolvimento.5,6
As principais medidas práticas para minimizar os EA e melhorar a adesão ao tratamento com sais ferrosos são: fracionar a dose total diária em duas ou três tomadas; orientar o paciente para que tome o medicamento durante ou após as refeições, sendo que, neste caso, a diminuição da absorção poderá ser compensada pelo aumento da adesão ao tratamento; administrar doses menores, ou 50% da dose preconizada ou, por exemplo, começar com apenas uma dose diária, aumentando-as gradativamente, de acordo com a tolerância de cada paciente.20-22