A África é um continente imenso e formado por dezenas de países com realidades geográficas, climáticas, históricas e sociais completamente distintas. Na tentativa de estabelecer uma melhor organização e entendimento político e econômico dos países africanos, a ONU propôs, após a Segunda Guerra Mundial, uma classificação com cinco regiões da África. Aspectos geográficos e físicos foram levados em conta, mas também culturais e socioeconômicos.
Contudo, o crescimento rápido e desordenado e a falta de infraestrutura que marca a região levou à multiplicação de áreas urbana sem saneamento, eletricidade e onde as condições de vida são precárias, obrigando grande parcela da população a viver abaixo da linha de pobreza.
Outro aspecto de constante aparecimento em noticiários é a questão dos “Piratas da Somália“. O país possui uma das maiores zonas costeiras da África e, por sua localização, está situado num ponto estratégico para as rotas de navegação marítima mundiais. Quaisquer navios a atravessar o Canal de Suez, vindos da Europa, passam no litoral somali. O mesmo ocorre com navios que saem de toda a Ásia em direção à África ou Europa. A frequência de uso das rotas que cruzam a região criou um ambiente propício para a proliferação de “piratas” na costa da Somália. Na maioria dos casos, os piratas, embarcados em pequenos barcos, abordam navios mercantes e exigem o pagamento de resgates por sua liberação.
Na maior parte do continente, o clima é equatorial ou tropical, sendo temperado somente ao extremo norte e extremo sul. A vegetação dos países da África é composta, basicamente, por florestas equatoriais e savanas. A principal ameaça para estes ecossistemas foi a caça predatória que foi praticada pelos colonizadores, mas atualmente é o processo de desertificação causado pelo desmatamento das florestas equatoriais.
Nas últimas décadas, a política na região vem sofrendo um processo de revolução e democratização. Após 30 anos sob o comando de Hosni Mubarak (1981-2011), o Egito passou por revoltas e protestos em 2011 (Revolução do Nilo). Desde então, o país tem passado por um processo de redemocratização, com alternância de poder entre presidentes e partidos.
A forte influência e ocupação árabe ao longo da Idade Média e da Idade Moderna fez com que a grande maioria da população, ao contrário do restante do continente, fosse composta por caucasianos de ascendência árabe, persa e otomana.
Situado entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, há baixa densidade demográfica no terceiro maior continente do planeta, em decorrência das características do território. São aproximadamente 30 milhões de km² que comportam mais de 800 milhões de habitantes em seus 54 países. A África é delimitada ao Norte pelo Mar Mediterrâneo, ao Sul pelos Oceanos Atlântico e Índico, na costa ocidental, o Oceano Atlântico, e na costa oriental o Oceano Índico, além do Istmo de Suez.
Uma característica peculiar da África é o alto nível de pobreza na maioria dos países do continente. Segundo o Banco Mundial, nove dos dez países mais pobres do mundo estão na África. Trata-se da República Centro-Africana, Burundi, Malaui, Moçambique, Níger, República Democrática do Congo, Somália, Sudão do Sul e Guiné-Bissau. Nesses países, indicadores como as taxas de desnutrição e mortalidade infantil estão bem acima da média mundial.
A África é um continente rico em recursos naturais e, portanto, a maior parte das economias dos países africanos baseia-se em atividades primárias, como agricultura, pesca e mineração. Em algumas regiões, essas atividades são a principal fonte de emprego e geram grande parte do PIB dos países.
Grande parte dessa região fez parte do Império Romano na Antiguidade e, antes disso, era parte do Império Macedônio de Alexandre. A partir da Idade Média, toda a região foi dominada por povos originários do Oriente Médio – califados e sultanatos se espalhavam por toda a costa mediterrânea da África, avançando até mais ao sul no continente. Todos os países do África Setentrional atualmente possuem uma população majoritariamente muçulmana.
A África é um continente culturalmente muito diversificado. A história colonial europeia, a expansão do mundo árabe e a cultura dos povos africanos originários deixaram a população com uma multiplicidade de idiomas falados em diferentes regiões do continente. Os idiomas mais falados são:
Também no ano de 2011, o ditador tunisiano Zine El Abidine Ben Ali deixou o poder, após comandar o país desde 1987 e refugiou-se na Arábia Saudita. O ano de 2011 ainda foi, finalmente, marcado pelo cerco e morte do ditador líbio Muammar al-Gaddafi, que controlava o país desde 1969. Esses acontecimentos se seguiram à onda de protestos e revoluções no mundo islâmico conhecida como Primavera Árabe.
Com PIB de 1% do total mundial, a África conta com aproximadamente 20 países tomados pela subnutrição crônica, e é na África Subsaariana que se encontram os países mais pobres do mundo, além dos que apresentam os índices mais elevados de propagação de epidemias e de desnutrição.
Os países com maior extensão no continente africano são: Argélia, com 2,38 milhões de quilômetros quadrados, República Democrática do Congo, com 2,34 milhões, e Sudão, com 1,8 milhão.
O continente africano é considerado o berço da civilização humana. As evidências arqueológicas mostram a presença e o desenvolvimento dos hominídeos, que foram os primeiros primatas a andar eretos e a demonstrar um desenvolvimento avançado de inteligência.
Para destituir a imagem de “cultura única” e oferecer possibilidades e oportunidades condizentes com a realidade de cada uma das nações africanas, essas cinco regiões passaram a oferecer uma visão mais regionalizada do que é a África.
Vale dizer que muitos dos escravos que foram trazidos às Américas no período colonial partiam da costa dessa região africana. Os escravos bantos, que constituíam muito da mão-de-obra escrava brasileira, eram originários de mais de 400 etnias distintas na África – boa parte delas vindas de áreas hoje englobadas por Angola e República Democrática do Congo. As religiões e a cultura de onde surgiram a umbanda e o candomblé também perduram até os dias de hoje em muitos países nessa zona da África.
Entre os países que formam a África Central estão: Angola, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Gabão e São Tomé e Príncipe.
Assim como mencionado acima, da mesma forma que a África possui países com IDH preocupantes, o continente também apresenta nações riquíssimas, bem como outras em desenvolvimento. Só para ilustrar, Nigéria, Egito e África do Sul são as maiores economias do território.