Idade Média corresponde ao período entre a queda do Império Romano do Ocidente, no século V, e a tomada de Constantinopla pelo Império Turco-Otomano, no século XV.
Esses eventos são marcos que se destacam em uma rede mais profunda de mudanças graduais na sociedade europeia. O surgimento da burguesia como uma classe social livre e enriquecida, livre das relações feudais e vassálicas, foi um fator fundamental na transição para a Idade Moderna.
A crise econômica do século XIV e a Peste Negra levaram a um declínio extremo da população e, consequentemente, o poder dos senhores feudais foi enfraquecido pela necessidade de mão de obra camponesa.
Outros destacam o ano de 1492 d.C. como o fim do período, pois foi o ano de finalização do processo da Reconquista Cristã da península Ibérica e, ao mesmo tempo, o ano em que Colombo chegou à América pela primeira vez e descobriu, para os europeus, o continente desconhecido.
Tradicionalmente, a Era Medieval foi considerada uma época de ignorância, superstição e opressão social, em contraste com as Idades Antiga e Moderna, que foram valorizadas por seus desenvolvimentos nas artes e nas ciências. No entanto, os estudos históricos analisaram essa visão e demonstraram a importância do período em aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais.
No final do século XI, a produção agrícola aumentou, devido às condições climáticas favoráveis nas épocas de semeadura e aos avanços tecnológicos, como moinhos de água e rotação trienal de culturas. Como resultado, melhorou a alimentação da população, a fome e a peste diminuíram e houve um aumento gradual da população.
A Igreja Cristã legitimava a desigualdade estamental e sustentava que a ordem social havia sido criada por Deus. Sob essa perspectiva, os diferentes grupos sociais cumpriam funções diferenciadas a fim de realizar os desígnios de Deus na Terra:
Desde o início do século IX, a terra se transformou na principal fonte de riqueza. Com o surgimento do feudalismo, no qual a classe alta minoritária possuía a maioria dos feudos, a terra começou a ser explorada pelo trabalho camponês.
A Igreja marginalizava e excluía outras religiões, como o judaísmo, e lutava abertamente contra o Islã. A partir do século XI, o papa, com o apoio dos senhores feudais, empreendeu a reconquista da península Ibérica, que estava sob o poder dos califados muçulmanos. Conseguiram conquistar toda a península somente em 1492 d.C. e a maioria dos muçulmanos foi expulsa das terras.
Os historiadores usam eventos diferentes para marcar o fim da Era Medieval. Alguns estudiosos consideram a Queda do Império Romano do Oriente, com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453 d.C., como o fim da Idade Média.
Com o ressurgimento das cidades, despontou uma nova classe social urbana chamada burguesia. Os burgueses eram os habitantes das cidades e estavam envolvidos no comércio, na produção de artesanato e na troca de dinheiro. Com o tempo, os grandes comerciantes e banqueiros enriquecidos se tornaram a alta burguesia, ao passo que os artesãos e pequenos comerciantes se tornaram a baixa burguesia.
Esse aumento populacional incentivou o renascimento das cidades. Os novos habitantes dos burgos (bairros ou novos assentamentos) comercializavam sua produção artesanal por produtos agrícolas. Com o tempo, alguns desses burgueses se tornaram exclusivamente mercadores e reavivaram o comércio de longa distância.
Durante a Era Medieval, a religião muçulmana surgiu e se expandiu por meio dos califados muçulmanos e, em contrapartida, o cristianismo se tornou um símbolo de unidade e identidade para as diferentes sociedades europeias.
Diferentemente da sociedade rural, que se caracterizava pela ordem social estamental, nas cidades, o lugar a ser ocupado por indivíduo na sociedade era definido por sua fortuna e não por seu nascimento. Isso permitiu a mobilidade social.
Na Era Medieval a sociedade era hierárquica e desigual. Ela era dividida em diferentes estamentos, ou seja, classes sociais diferenciadas por condições econômicas e jurídicas. O pertencimento a um estamento era determinado pelo nascimento e em geral não havia mobilidade social.
Durante a Era Medieval, surgiram diferentes movimentos artísticos e correntes de pensamento que estavam especialmente ligados à representação religiosa e a figuras de poder. Os diferentes movimentos artísticos se expressaram especialmente na arquitetura e na decoração de grandes edifícios:
A Alta Idade Média (do século V ao XI) se inicia com o fim do Império Romano e o início do feudalismo. Enquanto a Baixa Idade Média (do século XI ao XV) compreende o enfraquecimento do sistema feudal e a transição para o sistema capitalista. ... Durante esse período, o sistema feudal se consolidou na Europa.
As principais características da Idade Média são: o feudalismo, as relações de suserania e vassalagem, as Cruzadas, as ordens de cavalaria e a Peste Negra. O feudalismo foi o sistema pelo qual as terras dos reis foram dividas em feudos, nos quais trabalhavam os servos para seus senhores.
Durante a História Medieval, o Feudalismo foi uma organização política, econômica e jurídica baseada na posse de terras, prevalecendo as relações de vassalagem e suserania. A sociedade feudal era composta por camadas sociais bem distintas (clero, nobreza e servos).
A economia feudal, inserida contexto do feudalismo, era uma economia agrária e de subsistência baseada na posse de terras (feudos). Lembre-se que o feudalismo foi uma organização econômica, política, social e cultural. Perdurou na Europa Ocidental entre os séculos V ao XV, durante o período denominado de Idade Média.
No campo político, a Idade Moderna surpreendeu, centralizando o poder e inaugurando uma política absolutista. O poder era voltado somente aos reis e ao Estado, neutralizando a participação dos cidadãos nas decisões políticas.
era uma sociedade fortemente submetida aos poderes do rei. d. era descentralizada. Os senhores feudais eram completamente independentes.
Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. ... As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso. Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).
Resposta. A sociedade medieval era hierarquizada; a mobilidade social era praticamente inexistente. Alguns historiadores costumam dividir essa sociedade em três ordens: a do clero; a dos guerreiros e a dos camponeses.
Grosso modo, a Alta Idade Média representa o processo de ruralização da economia e sociedade da Europa. No feudalismo vimos que os aspectos sociais e econômicos se uniram com os culturais e ideológicos. Mas o modo de produção feudal não surgiu do nada. Foi um processo contínuo de ascensão até a decadência.
A sociedade era estamental, ou seja, dividida em 3 ordens ou estados: clero (1° estado), nobreza (2° estado) e povo (terceiro estado). Primeiro Estado: Era formado pela igreja, ou seja, o clero, que possuía muitas terras e cobrava taxas dos camponeses.
A sociedade na Baixa Idade Média era estamental, ou seja, era dividida em classes sociais muito bem definidas e que tinham pouquíssimas chances de mobilidade social, uma vez que o valor dos nobres era atribuído pelo sangue, por sua descendência, e esse era o fator da origem e manutenção de toda sua riqueza.
A pobreza (paupertas), definida em sua acepção de carência, foi plena e permanente durante toda a Idade Média (séculos V-XV), assumindo contornos extremamente agudos em determinadas épocas, por exemplo, durante a escassez endêmica dos séculos VII-IX, e quando da crise estrutural do feudalismo, nos séculos XIV e XV.
Com uma produção baixa, voltada quase exclusivamente ao consumo próprio, o comércio sofreu um forte impacto, pois havia pouco excedente para ser comercializado. Eventualmente, sobravam produtos de um domínio (grande propriedade agrícola) para o comércio com domínios existentes nas proximidades.
A economia era dinamizada pela fundação de grandes casas bancárias, pelo surgimento da noção de livre concorrência e pela forte ênfase no comércio, e cada vez mais se estruturava em moldes capitalistas e bastante materialistas, onde a tradição era sacrificada diante do racionalismo, da especulação financeira e do ...
O comércio, errante ou fixo, é a grande razão de ser da enorme importância das feiras no Ocidente medieval até ao século XIII. As feiras eram encontros entre mercadores que vinham, em muitos casos, de diversas partes da Europa para, num período de semanas, comprarem e venderem os seus produtos.
Historicamente, fala-se que o comércio surgiu a partir dos processos de trocas na antiguidade, quando determinados grupos trocavam suas produções por outros objetos de interesse. E a ideologia do comércio é justamente esta, trocar uma coisa por outra. Atualmente, trocamos produtos e serviços por dinheiro.
Na Antiguidade, o comércio era, na maior parte, in natura, ou seja, à base do escambo. Contudo, a Pérsia, que fazia parte da Antiguidade Oriental, conheceu a moeda, com o Imperador Dario. A moeda, na Europa Ocidental, só ficou conhecida a partir do final da Idade Média, no período da Baixa Id.
A principal atividade econômica na idade média era a agricultura, que encontrava seu modelo produtivo no sistema que chamamos de Feudalismo, onde cada feudo era um local autônomo, onde os camponeses trabalhavam nas plantações e contribuam com parte das suas colheitas em troca de proteção.
Resposta. A agricultura era a principal atividade desenvolvida no feudalismo. O artesanato também servia para a produção de ferramentas e matérias de uso doméstico. Resumindo: As principais atividades econômicas nessa época, seria a agricultura e o artesanato.