Desenvolvimento sobre o feudalismo Essa é a pergunta que vamos responder e mostrar uma maneira simples de se lembrar dessa informação. Portanto, é essencial você conferir a matéria completamente.
Prezado, O feudalismo está ligado à Idade Média, sendo uma forma de organização política, social e econômica. O início ocorre com deposição do último soberano do Império Romano do Ocidente, em 476 d. C. O final do período ocorre com a tomada de Constantinopla (hoje Istambul) pelos otomanos em 1453. Com o fim do Império Romano houve uma desestruturação política e econômica das cidades, de modo que o foco da vida social passou a serem os feudos, que eram grandes propriedades rurais. O trabalhador, o servo, nesse sistema, não era tratado como objeto e nem propriedade do senhor feudal, mas estavam obrigados a viver e trabalhar as terras do feudo. Nesse sentido, os servos eram incluídos na venda ou herança das propriedades, além de serem obrigados a pagar a talha (dar ao senhor feudal a metade da produção das terras na qual vivia), a corveia (trabalhar de 3 a 4 dias por semana nas terras ou instalações do senhor feudal, como construir um muro, cuidar do moinho etc) e as banalidades (pagamento em mercadoria nos casos em que os servos precisassem utilizar as instalações do castelo, como o forno ou o moinho), bem como a mão-morta (se um servo morria, a maior parte de seus bens ficavam com o senhor feudal; também era a taxa que os herdeiros de um vassalo pagavam ao senhor feudal para receber a herança de propriedades e títulos). As pessoas também precisavam pagar impostos caso desejasseem cruzar os feudos, dificultando o comércio. A economia estava voltada para o âmbito local, associado à subsistência e autossuficiente , de maneira que era produzido no feudo quase tudo que se necessitava, com eventuais trocas. Para alguns produtos, como sal, pimenta, cravo e outras especiarias, utilizava-se, eventualmente, moedas. Durante esse período, a Europa mergulhou na “Idade das Trevas”, pois as pessoas olhavam as ruínas das cidades e viam banhos públicos, encanamentos de água, obras de arte e de engenharia extraordinários, dentre outras características da civilização romana. Comparavam-na com a sujeira, a fome, o sofrimento, o trabalho excessivo e sem perspectivas de melhoria, a insegurança constante, a falte de médicos, dentre outras coisas, percebendo que viviam muito pior do que à época dos romanos. O número de pessoas alfabetizadas diminuiu muito. O de escritores, ainda mais. As pessoas, desesperadas frente às duras condições de vida e às constantes violências às quais eram submetidas, buscavam a igreja para conseguir um pouco de paz e segurança, mesmo que fosse na vida após a morte. Buscando garantir sua vaga no céu, doavam seus bens e suas terras para os padres e religiosos, de modo que a igreja católica chegou a ter mais de 60% das terras europeias. Enfim, conforme bem retratado no filme (e livro) “O nome da Rosa”, as consequências da queda de Roma foram séculos de ignorância, misticismo, selvageria, conflitos, sofrimento, dor, desespero, fome, nos quais havia uma estrutura de organização social baseada nos feudos, grandes propriedades de terra sob domínio do senhor feudal, que eram, praticamente autossuficientes, realizando, eventualmente, trocas. Vê-se, portanto, que o feudalismo ocorreu em um periodo marcado por um sistema econômico baseado no trabalho rural, envolvendo uma religiosidade excessiva, com ampla disseminação de medos e lendas, além de uma grande fragmentação econômica, política e social na Europa. Bons estudos!