O episódio do Gigante Adamastor figura no Canto V. Ele aparece quando Vasco da Gama e sua tripulação se dirigem ao Cabo das Tormentas, ou Cabo da Boa Esperança, personificado pela figura de Adamastor. Esse gigante da mitologia grega se apaixonara pela ninfa Tétis, que o rejeitara.
Tanto Vasco da Gama como o Adamastor aparecem como narradores e como personagens. ... No plano histórico, simboliza a superação pelos portugueses do medo do "Mar Tenebroso", das superstições medievais que povoavam o Atlântico e o Índico de monstros e abismos.
Adamastor é um mítico gigante da mitologia Sidónio Apolinário cita este gigante pela primeira vez como um dos filhos de Castelo Branco, que se rebelaram contra Zeus e por isso foram fulminados, ficaram dispersos e reduzidos a promontórios, ilhas e fraguedos.
O Gigante se apaixonara pela ninfa Tétis, mulher de Peleu e filha de Nereu e Dóris. Adamastor despreza todas as deusas do Céu, queria apenas amar a Princesa das águas. Não lhe sendo possível abordar a amada, Adamastor toma Dóris como intermediária, ameaçando fazer guerra ao Oceano se não obtivesse os amores de Tétis.
Foi o aparecimento do Gigante Adamastor, uma figura mitológica criada por Camões para significar todos os perigos, as tempestades, os naufrágios e "perdições de toda sorte" que os portugueses tiveram de enfrentar e transpor nas suas viagens.
O título da obra "Os Lusíadas" se refere aos povos ibéricos pré-romanos que viviam na região da Península Ibérica. A cidade chamada de Lusitânia ocupava o atual território de Portugal. Logo, "lusíadas" se refere ao povo português.
Os Lusíadas é um poema épico do gênero narrativo, o qual está dividido em dez cantos. É composta de 8816 versos decassílabos (em maioria os decassílabos heroicos: sílabas tônicas 6ª e 10ª) e 1102 estrofes de oito versos (oitavas). As rimas utilizadas são cruzadas e emparelhadas.
Adamastor: Um dos gigantes, que pretendia destronar Júpiter.
Segundo o Dicionário Houaiss, «Camões teria encontrado o nome Adamastor em Sidônio Apolinário (Carmina, XV, 20) a designar um gigante». ... Sempre a designar um gigante, surge como Adamastor em Sidónio Apolinário (436-483) e como Damastor (significando «o que ama, vencedor») na Gigantomachia de Claudiano (370-404).