Quando é possível ver o afeto nas ações dos alunos diante das propostas dos educadores, constata-se que houve transferência positiva à aprendizagem, há possibilidades de superação dos conflitos internos, será possível aprender e crescer.
Quando um estudante matriculado na rede pública muda de escola, esse processo é chamado de transferência. Ele pode acontecer porque a família mudou de endereço ou tem interesse em uma escola específica.
A análise das práticas educativas de base psicanalítica ajuda a reflexão e permite ao professor que ele faça suas escolhas de atuação em sala de aula. Apesar de partir de um posicionamento teórico, a análise feita no grupo não impõe a aplicação de uma determinada teoria na prática do professor.
Kupfer (2005) procura mostrar como a transferência se instala no processo de ensino e aprendizagem, salientando que, na relação pedagógica, a transferência "se produz quando o desejo de saber do aluno se aferra a um elemento particular, que é a pessoa do professor" (Kupfer, 2005, p. 91).
As maiores contribuições de Freud nessa área estão no conhecimento do desenvolvimento sexual da criança (leia a reportagem sobre educação sexual) e no papel da linguagem. ... Mas advertiu que o sofrimento que a Educação infligia aos alunos ao lidar com pulsões e afetos sexuais poderia ser, de certa forma, atenuado.
Por meio da transferência, o paciente pode reconstruir e resolver conflitos reprimidos (causadores de sua doença). Principalmente conflitos da infância com seus pais. A transferência, segundo conceitos psicanalíticos, ocorre quando se projeta em pessoas do convívio presente, figuras importantes do passado do paciente.
O dicionário de termos de psicanálise de Freud (CUNHA, 1970) define educação como "um incitamento à conquista do princípio do prazer e em sua substituição pelo princípio da realidade" (p. 54). Uma de suas funções é inibir, proibir, suprimir; exercer o representante da lei e das exigências sociais.
As maiores contribuições de Freud nessa área estão no conhecimento do desenvolvimento sexual da criança (leia a reportagem sobre educação sexual) e no papel da linguagem. ... Mas advertiu que o sofrimento que a Educação infligia aos alunos ao lidar com pulsões e afetos sexuais poderia ser, de certa forma, atenuado.
No início de cada ano letivo,quando as crianças retornam ou iniciam as atividades escolares, as mesmas passam por um processo de adaptação. A Psicanálise revela o quanto a palavra da criança pode ser encoberta, através de conteúdos de transferências, pela fala dos adultos. ...
Segundo Kellermann (1998), a transferência promove a repetição vívida do passado, incongruente com o aqui-e-agora por sua distorção, e que pode impedir novas respostas à relação.