Os gêmeos siameses acontecem quando um óvulo é fecundado duas vezes, não se separando corretamente em dois. ... Quanto mais tarde acontecer a divisão, maior a chance dos gêmeos compartilhares órgãos e/ ou membros.
"No momento em que um gêmeo morre, as bactérias responsáveis pela putrefação atingem o outro – o que acontece em poucas horas", explica o cirurgião pediátrico Nicolino Rosito, do Hospital Moinhos de Vento – uma instituição de referência nesses casos, localizada em Porto Alegre.
A condição é considerada rara? Os gêmeos siameses estão entre os seres humanos mais raros no mundo. A incidência é de mil nascidos vivos. Não existe uma estatística no Brasil, pois são casos isolados.
De acordo com a doutrina espírita, os gêmeos siameses, são ligados por ódio que foram construídos em várias reencarnações. E ainda, eles reencarnam nesta situação por uma espécie de determinismo original na Lei de Causa e Efeito.
"Cada um tem seus rins, seu estômago, sua bexiga, mas o principal eles dividem, que é o coração, então não tem como fazer a cirurgia. Eles terão que viver assim até o momento que der. O médico sempre fala para não se apegar muito a nenhuma expectativa, viver um dia de cada vez", disse.
Os cefalópagos são unidos pela cabeça, os dicéfalos têm o corpo unido com duas cabeças separadas, os teracópagos são ligados pelo tórax, os raquípagos têm suas costas grudadas, os pigópagos são coligados pelas nádegas, entre outros tipos.
A maioria dos gêmeos siameses é natimorto ou morre logo após o nascimento. Os bebês costumam ser ligados pelo tórax, pela pélvis ou pelas nádegas. Os gêmeos que sobrevivem podem ser separados por cirurgia. O sucesso do delicado procedimento depende do local por onde eles estão unidos e dos órgãos compartilhados.
Quando há morte de um dos gêmeos no útero, há também o risco do irmão sobrevivente nascer com sequelas. ... Uma das principais teorias do motivo disso acontecer é que a morte do outro feto acaba afetando a circulação de sangue no irmão sobrevivente, fazendo com que ele tenha mais chances de ter uma paralisia cerebral.
Em 2019 elas passaram por uma cirurgia de separação e, hoje, dois anos após o procedimento, levam uma vida normal, sem sequelas. O procedimento inédito no Distrito Federal foi realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital da Criança de Brasília José Alencar.
Hoje, usamos a palavra "siamês" para nos referirmos àqueles gêmeos cujos corpos permanecem unidos após o nascimento. Mas poucas pessoas sabem que o termo surgiu por causa de dois irmãos que viveram no século 19 nos Estados Unidos. Eles nasceram em 1811 em Sião, a atual Tailândia, filhos de pais chineses.