Tipos de betabloqueadores administrados por via oral
Os betabloqueadores agem bloqueando os receptores beta-adrenérgicos, inibindo as respostas cronotrópicas, inotrópicas e vasoconstritoras causadas pelas catecolaminas, epinefrina e norepinefrina.
Os fármacos beta-bloqueadores (BB) tem sido utilizados em pacientes com insuficiência cardíaca desde meados dos anos 70. Inicialmente estudos clínicos com pequena série de casos apresentaram resultados favoráveis em relação a melhora da fração de ejeção.
A maioria dos ß-bloqueadores tem meia-vida de 2 a 8 horas; entretanto, em pacientes em uso de medicamentos com liberação prolongada, os efeitos adversos serão retardados e prolongados. O momento do aparecimento dos sintomas depende da formulação, mas a maioria dos pacientes desenvolve sintomas até 2 horas da ingestão.
Pesquisa recém publicada no American Journal of Gastroenterology demonstrou que o carvedilol, um betabloqueador não seletivo com alfa-bloqueio adicional, é mais efetivo do que o propranolol na redução da pressão portal em pacientes com varizes esofagogástricas.
Indicação: O propranolol é um betabloqueador indicado para: Controle de hipertensão (pressão alta). Controle de angina pectoris (sensação de pressão e dor no peito). Controle das arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos cardíacos).
Como será visto adiante, os betabloqueadores não são idên- ticos em suas ações, pois diferem na seletividade aos receptores adrenérgicos (β1 e β2), e alguns apresentam efeitos vasodilata- dores por ações diversas, como antagonismo do receptor alfa-1 adrenérgico ou aumento da liberação de óxido nítrico3.
Na verdade, os betabloqueadores têm diferenças far- macológicas que se traduzem em diferenças clínicas em efeitos positivos e adversos. Há uma controvérsia e muitos são da opi- nião de que os betabloqueadores devem ser anti-hipertensivos de quarta linha ou somente usados quando houver indicações específicas.
Mecanismos de ação dos beta-bloqueadores A redução da freqüência cardíaca diminui o consumo de oxigênio miocárdico e pode aumentar o tempo de perfusão coronária pelo pro- longamento da diástole, com efeitos favoráveis na isquemia miocárdica.
Assim, o efeito do propranolol em pacientes infartados foi a capacidade de diminuir a força e frequência cardíaca, causando assim uma menor probabilidade de morte súbita.