Quem deu esse título à obra seria a Sra. G.M. e ela explica o porquê de "Lucíola" no prólogo do livro: "Lucíola" seria um inseto que vive na escuridão à beira dos charcos, e que brilha com uma luz muito intensa.
Lucíola é um romance urbano, em que Alencar transforma a cortesã em heroína, esta purifica sua alma com o amor de Paulo. Ela não se permite amar, por seu corpo ser sujo e vergonhoso, e ao fim da vida, quando admite seu amor, declara-se pertencente a Paulo. É a submissão do amor romântico, onde a castidade valorizada.
"Lucíola" é um romance epistolar, ou seja, se desenvolve pelas cartas de Paulo a uma senhora chamada G.M. (pseudônimo de Alencar), que decide publicá- lo e nomeá-lo dessa forma. O título refere-se a um lampiro (vagalume) noturno que brilha vivamente no seio da treva e à beira dos charcos.
O narrador do livro se chama Paulo, além disso, Paulo aparece como uma figura bipartida dentro do romance: um seria o Paulo-personagem, e outro seria o Paulo-narrador. "Lucíola" é narrado em primeira pessoa, possuindo portanto um foco narrativo mais limitado.
Revela também que seu verdadeiro nome é Maria da Glória. Lúcia era uma antiga amiga dela que morreu e que tomou emprestado seu nome; sua família achava que estava morta. A redenção de Lúcia culmina com a descoberta de sua gravidez e não aceitação dela.
Lúcia/Maria da Glória: cortesã rica que é conhecida por todos como bela e excêntrica. Tem os cabelos anelados escuros e grandes olhos negros. É muito profunda e reflexiva, tendo assim grande complexidade psicológica. Apesar disso, não consegue o perdão diante da sociedade do seu passado de cortesã.
Com isso, ela acaba engravidando do rapaz, porém fica muito doente, e acreditava que estava assim porque não era pura. Vendo que sua doença estava piorando, Lúcia confessa seu amor por Paulo e pede para ele que se case com sua irmã, Ana, que havia começado a morar com os dois havia pouco tempo.
Jesuína: mulher que ajuda Lucia quando é expulsa de casa.
Em Lucíola encontram-se pelo menos duas grande manifestações desse subjetivismo romântico. A primeira grande manifestação de subjetivismo está na própria estrutura narrativa do romance. Trata-se de um romance de "primeira pessoa", em que a história é narrada do ponto de vista de uma só pessoa.