Enquanto há resistência, há poder, há embate de forças, há possibilidade de resposta, por isso onde há poder, há resistência. Pelo contrário, onde há violência, o poder deixou se existir, as possibilidades de resposta foram emudecidas, deixou de haver o embate de forças, prevaleceu a violência.
Onde há poder, há sempre a possibilidade de resistir, de forma que poder e resistência capilarizam-se nas malhas do social em uma relação perpétua de forças, movimentos que não se anulam dialeticamente.
Sendo assim, a resistência é, para Foucault, uma atividade da força que se subtrai das estratégias efetuadas pelas relações de forças do campo do poder. Esta atividade permite à força entrar em relação com outras forças oriundas de um lado de fora do poder (FOUCAULT,1988).
Foucault rompe com as concepções clássicas deste termo e define o poder como uma rede de relações onde todos os indivíduos estão envolvidos, como geradores ou receptores, dando vida e movimento a essas relações. Para ele, o poder não pode ser localizado e observado numa instituição determinada ou no Estado.
Foucault rompe com as concepções clássicas deste termo e define o poder como uma rede de relações onde todos os indivíduos estão envolvidos, como geradores ou receptores, dando vida e movimento a essas relações. Para ele, o poder não pode ser localizado e observado numa instituição determinada ou no Estado.
A contraconduta, ou crise de conduta, está na recusa e na criação de outras maneiras de se relacionar. Por isso a questão é tão complexa, não são lutas lineares e bem definidas, onde houver subjugação e opressão, deverá haver resistência, seja no campo econômico, subjetivo, cultural ou político.
Para Weber poder significa "a probabilidade de impor a própria vontade, dentro de uma relação social, mesmo contra toda resistência e qualquer que seja a base dessa probabilidade (Weber, 2005)". Neste caso, o poder envolve a capacidade potencial de impor a vontade e pode se manifestar de maneiras diferentes.
Foucault tratou de temas como loucura, sexualidade, disciplina, poder e punição, hoje vistos em várias áreas do conhecimento. ... Uma de suas ideias fundamentais é que a loucura não é algo da "natureza" ou uma "doença", como acreditavam os psiquiatras, mas um "fato de cultura".
É dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado. Michel Foucault chamou de disciplina o controle minucioso das operações de corpos, que impõem uma relação de docilidade-utilidade, como pode ser visto em Foucault (2012, p. 133).
Os "micropoderes" (família, Igreja, etc) são detentores de grande influência nas atitudes humanas, deixando os homens aptos para o controle do Estado. Não se deve esquecer de que Foucault estabelece outro conceito de dominação: o "biopoder".