Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio. Nessa segunda formulação, Kant reforça a ideia de que a humanidade deve ser sempre o objetivo da ética. ... A humanidade é o fim das ações e nunca um meio.
O ser humano não deve, por conseguinte, absolutamente ser usado como meio, mas tão-somente como fim em si mesmo, devendo ser chamado de pessoa e não de coisa, porque, enquanto esta possui valor relativo, aquela é fim em si mesmo, possui valor absoluto e, portanto, dignidade.
"O que tem preço pode ser substituído por alguma outra coisa equivalente; o que é superior a qualquer preço, e por isso não permite nenhuma equivalência, tem dignidade". Substancialmente, a dignidade de um ser racional consiste no fato de ele "não obedecer a nenhuma lei que não seja também instituída por ele mesmo.
Em Kant o dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. E uma ação por dever elimina todas as inclinações (todo o objeto da vontade), e, portanto, só resta à vontade obedecer à lei prática (baseada na máxima universal), pois trata-se de um princípio que está ligado à vontade.
A única razão pela qual não devemos tratar cruelmente os animais é que isso levar-nos-ia, com toda a probabilidade, a tratar mal os seres humanos. É isto que significa dizer que os nossos deveres em relação aos animais não humanos são apenas deveres indirectos em relação à humanidade.
Uma ação só pode ser considerada moral quando seu resultado vier do esforço em superar-se a si mesmo. Trata-se de uma questão de dever, ou seja, é dever do ser humano agir moralmente, faz parte de sua natureza.
Ao mesmo tempo, Kant valorizou a vida humana e evidenciou que o ser humano deve ser considerado como fim sem si mesmo, e jamais como instrumento de submissão a outrem, sob pena de seus princípios morais não servirem como leis universais.
No tocante a capacidade intelectual feminina, Kant sustenta em certos argumentos traços misóginos. ... O autor sustenta que as mulheres devem ser relutantes. E o homem, em contra partida, é aquele que deve insistir, pretender.
Aponta no pensamento de Immanuel Kant o conceito de dignidade da pessoa humana isento de explicações metafísicas, numa cosmovisão antropocêntrica, na qual o ser humano, por ser dotado de razão, é ao mesmo tempo um fim em si mesmo e dotado de vontade autônoma.
Assim, a dignidade do homem em Kant concerne a ideia de que ele é um fim em si mesmo e não um meio. Ou seja, ele não pode ser a condição para algo por que possui faculdade de liberdade e razão.