Você já deve ter sofrido por causa de uma com "efeito-chiclete". Sabe aquela de melodia fácil e letra duvidosa, que surge na memória em momentos inoportunos e permanecem na cabeça por mais tempo do que você gostaria?
O músico profissional e professor da Melody Maker Escola de Música, Flávio Emanuel, diz que a música-chiclete é aquela que você se pega cantando, sem perceber e, até mesmo, sem gostar do estilo musical. ... O refrão, a parte que mais aparece, é cantado seis vezes, quando o comum é até quatro vezes.
O resultado sugere que o "verme do ouvido" se alimenta do sistema de memória do córtex auditivo. O córtex auditivo está localizado no lobo temporal, uma área do cérebro afiliada à memória de curto prazo. Esse sistema de memória de pequena duração é o que provoca o "loop fonológico", disparado pela música-chiclete.
Embora não esteja claro exatamente qual mecanismo aciona o imaginário musical involuntário, como é chamado o fenômeno, sabe-se que a combinação de fatores emocionais com a memória é que dá margem para o surgimento de músicas que se repetem por horas ou mesmo dias na mente.
Kellaris, da Universidade de Cincinnati, psicólogo que estuda o comportamento do consumidor, descobriu que a música caracterizada pela simplicidade, repetição e que foge às expectativas do ouvinte tem maior probabilidade de "grudar".
Você pode dar ao seu refrão uma cara nova tocando os acordes por um tempo diferente dos demais da música. Ou você pode mudar o padrão do ritmo (ou padrão de dedilhadas, se tocar violão ou guitarra) dos seus acordes, na hora que chegar o refrão. Ambas as táticas podem funcionar para dar ao seu refrão uma cara nova.
Componha utilizando uma progressão de acordes ou utilizando um Groove. Quando você se senta e pega seu instrumento, você provavelmente manda alguma progressão melódica inconscientemente. Isso é ótimo o nosso ouvido quando melhor acostumado, você começa a compor e já identifica que este é o caminho correto.
Como tirá-la da cabeça? Segundo um novo estudo da Universidade de Reading (Inglaterra), há um método simples: mascar chiclete depois de ouvir a canção pegajosa. Os autores da pesquisa afirmam que o ato nos faz pensar na música com menor frequência.
O córtex auditivo é responsável por distinguir volume e tom. Também é ele o responsável por entender o ritmo. Quando o som entra pelos ouvidos, outras áreas do cérebro também são ativadas: movimento, memória, atenção, emoção...
Como tirar uma "música-chiclete" da cabeça?