Essa frase deve ser entendida no sentido de que não há algo determinado a que o significante faça referência em última instância, de que a relação de significação não é estável, de que há "um deslizamento incessante do significado sob o significante" (LACAN, 1966, p. 502).
A ideia de que o "Inconsciente está estruturado como linguagem" é do psicanalista francês J. Lacan. ... Os atos falhos (erros na fala, esquecimentos) os chistes (ou piadas) e os sonhos possuem uma forte relação com a linguagem.
O inconsciente como linguagem abarca a estrutura no âmbito do discurso, inclusive como parte em falta (Lacan, 2001a). Os lapsos, os atos falhos, as hesitações, para não evocar somente os sintomas psíquicos, situam o inconsciente na superfície da fala a partir daquilo que escapa ao controle da consciência.
Diz Lacan:"Uma vez reconhecida a estrutura da linguagem no inconsciente, que tipo de sujeito podemos conceber-lhe?" (LACAN, 1998, p. 814). ... São efeitos do inconsciente estruturado como linguagem o que se diz sem querer dizer. E isto não é outra coisa senão a produção de um saber que não se sabe.
No caso de Lacan, a teoria torna o entendimento das funções da linguagem ainda mais complexo. Enquanto para Freud o inconsciente era, grosso modo, uma instância individual, para Lacan ele sai do sujeito (indivíduo) para abarcar uma rede de relações sociais.
Na busca de uma prática psicanalítica que conseguisse abordar os mecanismos do inconsciente, Lacan chegou a seu mais famoso aforismo: "O inconsciente é estruturado como uma linguagem". A linguagem passou a ocupar o centro de suas preocupações e de seu trabalho clínico e teórico (leia biografia no quadro acima).
Note-se que Lacan diz que o inconsciente é a parte do discurso consciente, ou seja, ele é aquilo que no discurso concreto falta, é a falha do discurso concreto, falha que não permite ao sujeito restabelecer a continuidade do discurso consciente. ...
A relação entre os três conceitos de estruturas psíquicas Portanto, estes três componentes (id, ego e superego) compõem o modelo de estruturas psíquicas. Se o tema abordado for de estruturas clínicas, então a Psicanálise afirma a existência de três delas: a neurose, a psicose e a perversão.
Estes três componentes (id, ego e superego) segundo Freud compõem o modelo estrutural da personalidade que podem representar a impulsividade, racionalidade e a moralidade, respectivamente, de uma maneira que deve ser entendida como conceito.