FERNANDO PESSOA: Que sei eu do que serei eu que não sei... Que sei eu do que serei eu que não sei o que sou? Ser o que penso? ... E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida. Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Quando temos todos os sonhos do mundo é porque há certeza que sonhar é possível ao mesmo tempo de ter saúde. Tenho em mim todos os sonhos do mundo, e toda força para buscá-los. Como Fernando Pessoa, "tenho em mim todos os sonhos do mundo".
Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido.
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos! Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu, E a história não marcará, quem sabe?, nem um, Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Qualquer serviria, Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo? Estala, coração de vidro pintado! Poesias de Álvaro de Campos.
Três deles eram mais usados pelo poeta: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Há também Bernardo Soares, considerado um semi-heterônimo, pois esse tinha características bem parecidas com as do próprio Fernando Pessoa.
Fernando Pessoa: Tenho em mim todos os sonhos do mundo.