A preocupação de Guilherme de Ockham é com o fato de que o poder organizado e moralizado é contrário à natureza e à liberdade a nós concedida por Deus. ... Pressupõe-se assim que é de nossa própria natureza a capacidade de escolha exercida por meio do livre arbítrio, entendida como presente de Deus e da natureza.
De modo a acentuar o contraste entre a sua própria forma de nominalismo e as suas alternativas realistas, Ockham diz-nos que este termo mental é um termo que não representa entidades extramentais mas, antes, intenções da alma, aquelas que pela sua natureza intrínseca são signos de muitos.
Nominalismo é uma doutrina segundo a qual as ideias gerais, como gêneros ou espécies não passam de simples nomes, sem realidade fora do espírito ou da mente. ... Desse modo, o universal não existe por si; é mero nome, vocábulo com significado geral, mas sem conteúdo concreto, que só reside no individual e no particular.
Nominalistas são aqueles que defendem a existência efetiva apenas de particulares, considerando os universais então como meros nomes que damos às propriedades das coisas, seus tipos ou relações.
O universal não tem realidade e a inteligência deve ser capaz de apreender o particular. Para Ockham não existem conceitos abstratos ou universais, mas apenas os termos ou nomes cujo sentido seria o de designar indivíduos revelados exclusivamente pela experiência.
Em suas obras, Ockham separou razão e fé, filosofia e teologia, e desenvolveu uma doutrina científica a partir do princípio de que só a experiência (proporcionada pelos sentidos humanos) permite conhecer a causa das coisas.
É um princípio científico e filosófico que propõe que, entre hipóteses formuladas sobre as mesmas evidências, é mais racional acreditar na mais simples. Ou seja: diante de várias explicações para um problema, a mais simples tende a ser a mais correta.
O universal é um conceito metafísico que caracteriza uma propriedade ou uma relação que pode ser exemplificada por um número de coisas particulares diferentes. É uma ideia ou essência comum a todas as coisas que agrupamos sob um mesmo signo linguístico.
substantivo masculino Doutrina segundo a qual os conceitos (universais) existem a título de ideia e não como realidades à parte dos objetos individuais. (Var.: conceitualismo.).
Esta questão divide os filósofos em realistas, como Platão, em que as espécies, como a espécie humana, são em certo sentido coisas, e em nominalistas, em que "espécie" não passa de uma palavra. O universal é um conceito filosófico que diz que existe algo que é partilhado por objetos particulares diferentes.