O ângulo-q foi descrito primeiramente por Brattstroem. 1 Esse ângulo é formado pela intersecção de duas linhas que se cruzam no centro da patela, uma linha direcionada da espinha ilíaca anterossuperior (EIAS) ao centro da patela e outra da tuberosidade anterior da tíbia ao centro da patela.
O valor ideal do ângulo Q para os homens são 13 graus, variando entre 10 a 14 graus, e para as mulheres são 18 graus, variando entre 15 a 17 graus.
O ângulo Q mais eficiente para a função do quadríceps femoral é aquele próximo dos 10 graus. Os homens tipicamente têm ângulos Q com 10 a 14 graus em média, enquanto que as mulheres tem em média 15 a 17 graus, primariamente devido à sua base pélvica mais larga.
Com a fita métrica e o lápis dermográfico os examinadores traçaram uma linha a partir do centro da tuberosidade da tíbia até o centro da patela, e do centro da patela traçaram outra linha até a espinha ilíaca ântero-superior. O ângulo formado (Q) foi medido pelo examinador com o goniômetro.
De acordo com DIDIO (1998), o ângulo de inclinação normal do fêmur varia de 120º a 130º e quanto menor for este ângulo, tanto maior será a carga do peso do corpo sobre o colo do fêmur, sendo que este mede cerca de 3,5 a 4,0 cm de comprimento.
O quadríceps femoral é descrito, didaticamente, como um grupo muscular composto por quatro cabeças de fixação proximal: o reto femoral (RF), vasto lateral (VL), vasto medial (VM) e vasto intermédio (VI).
Dessa maneira é possível perceber que qualquer desequilíbrio muscular entre o músculo Vasto Medial Oblíquo (VMO) e o Vasto Lateral (VL) é capaz de gerar uma tração da patela em direção ao músculo com maior grau de força, de forma que a patela choque contra o fêmur nesta direção. Daí o nome "Fêmoro-Patelar".
Outro ângulo importante para o estudo do fêmur, é o ângulo de inclinação, formado entre o eixo longitudinal do colo e o eixo longitudinal da diáfise (GARDNER & OSBORN, 1980; GOULD, 1993). ... Esse ângulo de inclinação permite que o corpo do fêmur se posicione mais lateralmente em relação à pelve (RASCH, 1991).