Interseccionalidade (ou teoria interseccional) é o estudo da sobreposição ou intersecção de identidades sociais e sistemas relacionados de opressão, dominação ou discriminação.
O feminismo interseccional tem sido apontado como uma importante teoria na compreensão de como as opressões de gênero, classe e raça dentre outras, se relacionam entre si e interferem na vida de cada mulher, que acaba assim por experimentar a opressão de gênero a partir de um ponto de vista único.
A interseccionalidade é uma noção cunhada pela primeira vez pela autora esta- dunidense Kimberlé Crenshaw, e diz respeito à necessidade de estudar as sobreposições entre raça e gênero para compreender adequadamente certas formas de discriminação que as teorias até então não tratavam bem.
A discriminação interseccional ocorre quando dois ou mais critérios proibidos interagem, sem que haja possibilidade de decomposição deles (Comissão Europeia, 2007). A discriminação interseccional implica uma análise contextualizada, dinâmica e estrutural, a partir de mais de um cri- tério proibido de discriminação.
A interseccionalidade, nos campos de produção de conhecimentos das Ciências Humanas e Sociais, contribui para situar as relações e interdependências dos marcadores das diferenças (etnorraciais, gênero, religião, regionalidade, geração, classe, sexualidades etc.); bem como, evidenciar as conexões das estruturas de ...
A interseccionalidade é uma conceituação do problema que busca capturar as conseqüências estruturais e dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos da subordinação.
Segundo Kimberlé Crenshaw (2002, p. 177), "a interseccionalidade é uma conceituação do problema que busca capturar as consequências estruturais e dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos de subordinação".
O termo interseccionalidade é um conceito sociológico preocupado com as interações e marcadores sociais nas vidas das minorias.
O conceito de Interseccionalidade foi criado pela professora estadunidense Kimberlé Williams Crenshaw, cientista nas áreas de raça e gênero. Ela o formulou após conhecer a história de uma mulher americana que não conseguiu processar uma empresa por dois tipos de discriminação: ser mulher e negra.