O afrofuturismo é um movimento cultural, social e político, cuja produção promove o encontro entre ficção científica, tecnologia, realismo fantástico, ancestralidade, mitologia e diáspora africana negra.
"A ideia radical de que pessoas negras existem no futuro". É assim que Nátaly Neri, criadora do canal Afro e Afins, definiu o afrofuturismo no TEDx Petrópolis. Morena Mariah, estudiosa do movimento e criadora do Afrofuturo, também gosta de usar esta definição.
Como movimento artístico-cultural, surgiu nos anos 60 pelas mãos do músico estadunidense Sun Ra, considerado o pai da estética sci-fi aliada à negritude. ... O nome afrofuturismo só veio em 1993, por ideia do escritor e crítico cultural Mark Dery, também estadunidense.
São pessoas negras usando elementos de tecnologia, do fantástico, para refletir sobre a própria experiência e pensar em futuros possíveis em que a gente não seja necessariamente afetado por uma estrutura racista. É esse exercício de imaginação que cria o espaço para se desenvolver a criatividade.
Resposta: Unindo elementos de ficção científica, distopias, ancestralidade e fantasia, o afrofuturismo é um movimento amplo que envolve música, literatura, artes plásticas, cinema e design.
O Afrofuturismo nasceu da ação e experimentação de artistas negros na intenção de contarem suas próprias narrativas, a partir do seu próprio ponto de vista; não faz nenhum sentido narrativas afrofuturistas que não sejam de autoria negra.
Mark Dery Quem inventou: O termo Afrofuturismo foi cunhado pelo crítico cultural americano Mark Dery, no ensaio Black to the Future, no fim do século XX. Mas os elementos que o definem já estavam presentes cerca de 40 anos antes no cenário artístico.
"Em 1994 Mark Dery cunhou o termo afrofuturismo a partir de uma análise da cena cultural-literária dos Estados Unidos com base em entrevistas que o crítico fez com três artistas e intelectuais negros, Greg Tate, Tricia Rose e Samuel R.
Mais do que um gênero artístico, o afrofuturismo é um movimento estético, social e cultural, combinando elementos da ficção científica com história, fantasia e temáticas não-ocidentais com o objetivo de retratar os dilemas negros e, ainda, interrogar eventos históricos relacionados ao racismo global.