Existe até um complicador. O fato de que aumentando a umidade da carne, aumenta o risco de contaminação. Somente o calor destrói os micro-organismos. Se você come aquela carne sangrando, peixe cru ou ovos servidos com a gema escorrendo, está sujeito a ficar doente.
Crudanos não são necessariamente veganos ou vegetarianos, podendo consumir alimentos de origem animal. Nesta doutrina, nada pode ser preparado cozido ao fogo, pelo fato de causar perda de nutrientes. São ingeridos necessariamente alimentos em sua forma natural, crus.
O alerta da especialista cabe pelo fato da carne crua apresentar maior probabilidade de contaminação por micro-organismos, como bactérias, vírus e protozoários. Apesar de o perigo existir em todas as categorias deste alimento, cada uma possui uma forma de transmissão diferente.
O consumo de toda carne crua possui um risco e não deve ser feito sem atenção. Esse risco só é eliminado com a cocção ou fritura da proteína em temperaturas superiores a 70 graus. A carne consumida malpassada possui menos risco do que a carne crua, mas não está livre de contaminação como uma carne bem passada.
Outra doença que pode ser causada pelo consumo de carne vermelha crua é a toxoplasmose. Popularmente chamado de doença de gato, o mal é transmitido geralmente por porcos e carneiros contaminados pelo protozoário Toxoplasma gondii.
O mais interessante, é que no caso do Steak Tartare, além do perigo de contrair a E. coli, existe o risco iminente de contaminação de Salmonella, por conta do ovo cru que vai em cima de toda a carne.
Onívoro. Aqui estão incluídos aqueles que comem de tudo, seja de origem vegetal ou animal.
A pessoa vegetariana, de forma geral, não come nenhum tipo de carne. Nenhum mesmo – boi, porco, galinha, peixe…
O quibe cru, por exemplo, é muito comum para quem gosta da culinária árabe. Há também o carpaccio de carne, que é ainda mais comum e presente em muitos cardápios, além da tradicional receita francesa steak tartare.
Comer carnes cruas aumenta a chance de intoxicação alimentar, já que o cozimento é um dos processos que ajudam a matar microrganismos nocivos das comidas. — O perigo tem a ver com o risco de infecções gastrointestinais por bactérias, vírus e até protozoários — diz a nutricionista Larissa Cohen.