O Clube da Meia-Noite é um dos maiores lançamentos do mês de outubro na Netflix. A nova série é do mesmo criador de A Maldição da Residência Hill e Missa da Meia-Noite, Mike Flanagan. Mas que horas exatamente a série chega à plataforma de streaming? Veremos isso agora.
Na trama, em um hospital para jovens com doenças terminais, sete pacientes se reúnem todas as noites para contar histórias e fazem um pacto: o próximo a morrer vai mandar um sinal do além.
A ideia de O Clube da Meia-Noite veio a Pike depois que ele entrou em contato com uma jovem adolescente que estava em estado terminal. Ela era fã do trabalho de Pike e, como seu último desejo, seus pais entraram em contato com o autor, na esperança de que ele a conhecesse.
Com essa trama principal sobre bruxaria e rituais pagãos, a série, em dez episódios, com direção de Mike Flanagan, Axelle Carolyn, Michael Fimognari, Viet Nguyen, Morgan Beggs e Emmanuel Osei-Kuffour, traz pequenas histórias narradas e estreladas pelos próprios jovens, uma vez que muitos dos acontecimentos dialogam com o passado deles. Tem o causo da bailarina que fez acordo com o Diabo (contada por Anya), de um assassino em série (de Kevin), da confecção de um jogo de guerra real (por Amesh), de uma bruxa que usa sua magia para ajudar os amigos (novamente Ilonka), de dois caronas na estrada (por Natsuki) e de um videocassete que prevê o futuro (Spencer). Há alguns bons momentos, como o relato do jovem assombrado e que foi apontado como o episódio com mais jumpscares de todos os tempos, além de algumas das descobertas que envolvem a própria Brightclife.
Se quisermos tirar alguma conclusГЈo do final, O Clube da Meia-NoiteВ deixa as coisas bastante em aberto, o que significa que ainda hГЎ muito a ser explorado neste universo.
Escrita em 1994, The Midnight Club basicamente tem como enredo principal um grupo de cinco adolescentes, em estado terminal, que resolve contar histórias assustadoras com o convite para que aqueles que primeiro partirem encontrem meios de entrar em contato com os que ainda vivem. Flanagan explorou esse conceito básico e misturou com outras publicações de Pike, como o livro The Season of Passage, de 1992. Com essa estrutura narrativa de antologia, O Clube da Meia-Noite veio com a proposta de abrigar entre os seguidores da plataforma os mais jovens, fãs de Stranger Things e similares, combinando elementos de horror e fantasia com namoros e amadurecimento. O resultado é apenas mediano, com uma trama principal sonolenta e poucas histórias que valem a pena acompanhar.
Provavelmente sua mudança de ares se deve à necessidade de um contrato maior, com mais temporadas. E ele bem que tentou com O Clube da Meia-Noite, que veio com a intenção de uma duração de mais temporadas, como se nota pelo modo como se encerrou, com pontas soltas e perguntas não respondidas. O anúncio do cancelamento da série pode ter sido o ponto final dessa parceria, ainda que Flanagan não assuma realmente a motivação. Mas não se pode culpar a Netflix pelo fim do ciclo, uma vez que a série antológica ficou muito distante de outros trabalhos do diretor. Tão distante que provavelmente não deixará saudades, servindo apenas para os interessados irem em busca da literatura que originou a produção, escrita por Christopher Pike.
Ambientado nos anos 90, a trama começa com a jovem Ilonka (Iman Benson) descobrindo que tem câncer terminal na tireoide. Contrariando o pai, ela decide se mudar para o Brightclife Hospice Care for Teenagers, um asilo para jovens terminais que buscam meios de abrandar socialmente seus últimos anos de vida. A intenção é procurar saber mais sobre uma antiga residente, Julia Jayne, que teria se curado durante sua passagem no local. Assim que chega ao casarão, que, de acordo com as trivias, é o mesmo da série Locke & Key, ela conhece a administradora, Dra. Georgina Stanton (Heather Langenkamp, final girl de A Hora do Pesadelo), e os jovens Kevin (Igby Rigney), que tem leucemia, a intragável Anya (Ruth Codd), sua colega de quarto, além de Sandra (Annarah Cymone), Spencer (William Chris Sumpter), Cheri (Adia), Natsuk (Aya Furukawa) e Amesh (Sauriyan Sapkota).
Como indica a descrição, O Clube da Meia-Noite acompanha a história de 7 adolescentes em estado terminal que moram na Rotterdam Home, um hospital administrado por um enigmático médico.
“Em uma clínica para adolescentes em estado terminal, integrantes de um clube secreto fazem um pacto sinistro: quem morrer primeiro terá que mandar um sinal do além”, afirma a sinopse oficial de O Clube da Meia-Noite na Netflix.
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A Netflix ainda nГЈo decidiu se vai renovar a sГ©rie ou nГЈo, mas Г© uma notГcia promissora quando eles optaram por nГЈo anunciar o programa como uma minissГ©rie, ou seja, ela foi feita para ter uma continuação.
Todos os dias, eles se encontram à meia-noite para contar histórias de terror. Em uma dessas noites, eles fazem um pacto inusitado para comprovar a existência da vida após a morte.
Mike Flanagan criou um universo pessoal de produções de horror para a Netflix. Ano após ano, desde 2016, com o lançamento de Hush: A Morte Ouve, ele tem alimentado a plataforma com filmes e séries adaptadas, dando um toque particular de sustos e arrepios. Foi assim em 2017 (Jogo Perigoso), 2018 (A Maldição da Residência Hill), 2020 (A Maldição da Mansão Bly) e 2021 (Missa da Meia-Noite), com uma pausa em 2019 para comandar para o cinema sua visão sobre Doutor Sono. O Clube da Meia-Noite é a contribuição de 2022 e deve ser o penúltimo trabalho de Flanagan para a Netflix; ele ainda tem contrato para adaptar o conto de Edgar Allan Poe, A Queda da Casa de Usher. Depois o cineasta irá migrar para a plataforma da Amazon, onde se ocupará com uma longa série envolvendo a saga literária de Stephen King, A Torre Negra.
Depois de apresentar casas assombradas e uma ilha com vampiros, O Clube da Meia-Noite se mostra a série menos interessante de Mike Flanagan. A temática adolescente e o próprio grupo que reside em Brightclife são cansativos e por vezes irritantes de acompanhar. Ilonka, a protagonista e que devia ser a principal identificação com o espectador, mostrou-se apenas uma jovem egocêntrica e chata, apesar de a atriz fazer bem seu trabalho. Aliás, todo o elenco está muito bem, com destaque para Ruth Codd e Heather Langenkamp, trazendo boas lembranças de quando esteve em um local parecido em A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos. Flanagan também relembra seu elenco de carteirinha com a volta de Zach Gilford e Crystal Balint (de Missa da Meia-Noite), Katie Parker (A Maldição da Mansão Bly), Alex Essoe (Missa, Doutor Sono e Mansão Bly), Rahul Kohli (Missa e Mansão Bly) e Henry Thomas (Missa, Mansão Bly, Doutor Sono, Residência Hill).
O Clube da Meia-Noite é a nova série Netflix de terror criada por Mike Flanagan e pelos produtores de “A Maldição da Residência Hill” e “Missa da Meia-Noite”.
O Clube da Meia-Noite estreia na Netflix nesta sexta-feira (7). Como a série é uma produção original da plataforma, deve ser disponibilizada no catálogo do streaming às 4 da manhã.
Isso significa que há espaço para uma temporada de acompanhamento, embora Mike Flanagan não seja conhecido por renovar suas séries para segundas temporadas.