Interestelar (no original Interstellar), lançado em 2014, é um filme de ficção científica dirigido por Christopher Nolan, escrito em parceria com o irmão Jonathan Nolan. O longa-metragem conta a complexa história de Cooper, um piloto da NASA que tem a difícil tarefa de salvar a espécie humana da extinção.
Em seguida, acontece uma tempestade de areia, fazendo com que Cooper chegue em um local secreto da antiga empresa em que trabalhava. Assim, o personagem acaba recebendo um convite para participar de uma missão extremamente importante, capaz de salvar toda a humanidade.
Foi muito bom mesmo que Cooper tivesse aparecido por lá, porque o professor Brand bem se lembra de que ele era um dos melhores pilotos da Nasa – e então, Cooper, vamos lá viajar até outras galáxias?
Em certo momento, algo estranho ocorre no quarto da filha de Cooper, Murphy, uma garota de 10 anos. Nessa cena, livros são arremessados da prateleira e a areia começa a cair em certas partes do cômodo.
Além do amor entre um casal - Brand e Edmunds - há também o tema do amor entre pais e filhos, que faz mover toda a narrativa. Cooper o tempo todo pensa no que é melhor para os filhos e só embarca na nave com a esperança de encontrar um futuro melhor para Tom e Murph. A filha, por outro lado, também demonstra um amor visceral pelo pai e nunca perde a esperança de voltar a reencontrá-lo.
Interestelar conta uma história – escrita pelo próprio diretor, juntamente com seu irmão mais jovem Jonathan – extremamente complexa, que usa e abusa de conceitos de Física, Astronomia e Astrofísica que poucos estudantes universitários dominam com precisão, como a teoria da relatividade de Albert Einstein, o esticamento-compressão da passagem do tempo com relação às distâncias de anos-luz percorridas, os buracos negros, os wormholes ou buracos de minhoca, a quarta e a quinta dimensões.
A filha de Cooper recebe o seu nome seu homenagem a lei de Murphy. Em uma das cenas iniciais do filme a menina se mostra angustiada e pergunta para o pai porque eles escolheram para ela o nome de algo ruim.
Depois da guerra nuclear: A Hora Final/On the Beach (1959). O Diabo, a Carne e o Mundo (também 1959). O Planeta dos Macacos (1968). Mad Max e suas duas continuações (1979, 1981, 1985). O Dia Seguinte (1983). A Estrada (2009). O Livro de Eli (2010).
E a partir daí vieram diversos filmes mostrando a Terra às vésperas da guerra nuclear, ou pós-guerra nuclear. Às vésperas, on the eve of destruction, como dizia uma canção de protesto da época: Dr. Fantástico/ Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb e Limite de Segurança/Fail Safe (os dois lançados em 1964, um ano após a crise dos mísseis de Cuba).
Um dos principais ensinamentos da narrativa é que o ser humano vive muitas situações durante toda a sua vida. Independente do que fizermos no presente, não há nada garantido no nosso futuro.
Na nave Endurance, durante a missão, farão companhia ao astronauta três outros aventureiros. Os quatro valentes embarcam nessa heroica jornada rumo a um planeta com condições mínimas de sobrevivência da espécie.
Para lembrar de alguns: Waterworld (1995), Os 12 Macacos (1995), Armageddon (1998), O Dia Depois de Amanhã (2004), Eu Sou a Lenda (2007), Fim dos Tempos (2008), Elysium (2013)…
Interestelar está disponível nos seguintes serviços: HBO Max, Amazon Prime Video, Apple TV, YouTube e Google Play.
E, ao fim e ao cabo, se o espectador pensar um pouco (e é inevitável que o espectador fique pensando sobre o filme depois que ele acaba), poderá se lembrar daquele alerta fundamental: na verdade, não há um plano B, um planeta B. Este lugar aqui é a nossa única casa.
Então, por meio dessa dimensão, Cooper mantém uma conexão com a sua filha em diferentes momentos da vida, transmitindo informações essenciais para resolver todos os problemas que assolavam a humanidade.
Além de ter uma história impactante, o ótimo elenco do filme contribui para que a narrativa seja ainda mais emocionante. Com grandes nomes, como a atriz indicada ao Oscar, Jessica Chastain, a produção conta com atuações poderosas em cada cena, que são capazes de comover o espectador.
Ms. Hanley está muito incomodada com Murph, porque a garota tem insistido em dizer aos colegas da classe – ao contrário do que é absolutamente sabido por todos – que o homem de fato pisou na Lua, durante o programa das naves Apolo.
A família de Cooper cada vez deixa de plantar um tipo de alimento por causa das pragas. Quando o filme começa já só é possível plantar milho, mas, segundo as análises do laboratório do professor Brand, da NASA, até o milho será impossível plantar num futuro próximo.
De novo, o fascinante fenômeno: o terrível futuro imaginado nas distopias traz coisas bem parecidas com as que a humanidade já experimentou no passado. Reescrever a História, de acordo com as necessidades do governo totalitário da vez, não acontece apenas em obras de ficção, como o 1984 de George Orwell, que definiu com perfeição essa prática. A rigor, todo regime totalitário ou com tendências autoritárias já fez isso na prática. Josef Stálin não parava de mandar reescrever a História da União Soviética, como hoje todos já estamos cansados de saber. Nos confins periféricos do mundo, como a América Latina, partidos de tendência totalitária mentem tanto que acabam acreditando na versão da História que criaram.
Quando acorda do sono profundo, o astronauta acha que o nome da estação foi dado em sua homenagem, mas na verdade os médicos esclarecem rapidamente que o nome foi dado em homenagem a filha dele, Murph, que conseguiu salvar a espécie.
No clímax do filme, o astronauta acaba entrando no buraco de minhoca e acaba entrando em um tesseract. Nessa dimensão, Cooper é capaz de interagir com diferentes momentos do tempo.