Qual clube tem a melhor base do mundo? A resposta, muitas vezes, é meramente subjetiva e motivo de discussão entre torcedores, mas é possível buscar padrões objetivos de análise também. É o que faz anualmente o CIES Football Observatory.
Os espanhóis possuem mais representantes entre os 10 primeiros das duas tabelas, completando com Valencia e Athletic Bilbao. Os demais são Lyon e PSG, Hoffenheim e Bayern, Manchester United e Chelsea.
Já o São Paulo está com 66 jogadores formados em Cotia atuando como profissionais, maior número entre todos clubes brasileiros; no ranking global é o 18º. A média obtida no Training Index foi de 80, 12º no mundo.
No Brasil, Flamengo (58) e Fluminense (52) vêm logo atrás do São Paulo no total de jogadores formados. Já nas médias os dois rivais trocam de posição, com o Flu obtendo 64,1 e o Fla 61,9.
O São Paulo também lidera entre os brasileiros com 16, seguido por Palmeiras (13) e Fluminense (12).
Vale explicar que, assim como nos casos de Ajax, São Paulo e Boca Juniors, Real e Barça são clubes grandes que revelam muitos jogadores e espalham esses atletas em equipes locais, além de aproveitarem os melhores talentos.
Entre todas as equipes avaliadas, não há hoje nenhuma com mais atletas formados em casa do que o Gimnasia y Esgrima La Plata, com 26 no elenco principal. Na sequência aparecem os colombianos do Envigado e do Millonarios, com 22 cada.
Já o nível das competições é medido por uma métrica desenvolvida pelo centro de estudos, localizado na Suíça, chamada Capital Experience, que resulta no ranking de Training Index.
Com um projeto consolidado nas categorias de base há algumas temporadas, o Palmeiras conquistou a liderança absoluta pelo quarto ano consecutivo do ‘Ranking DaBase’, publicado pelo site DaBase.com.br – o único portal brasileiro com cobertura nacional e internacional das categorias menores.
Ao todo, o Verdão conquistou cinco taças pela base na temporada 2021: Paulista Sub-20, Paulista Sub-15, Nike Premier Cup Sub-15, Copa Umbro Sub-14 e Liga de Desenvolvimento CBF Sub-13. Abrindo a temporada de 2022, a base compete no Sub-20 pela Copinha, enquanto o Sub-15 disputa a Copa Votorantim.
Em seu ranking de avaliação das categorias de base, divulgado nesta semana, o Ajax mais uma vez aparece como o clube com a melhor formação de base do mundo na edição atualizada. No Brasil, a primeira posição é do São Paulo.
Curiosamente, o gigante holandês vive um dos piores inícios de temporada em sua história. Após sete jogos disputados na Eredivisie, somou apenas cinco pontos e ocupa a penúltima posição. Na última segunda-feira (23), a diretoria demitiu o técnico Maurice Steijn e colocou Hedwiges Maduro, com passagem pela base do clube, como interino.
A nova classificação foi atualizada nesta semana, e tem o Palmeiras como líder absoluto, somando 1554 pontos. Atrás do Verdão, Flamengo (1269), Grêmio (1261), São Paulo (1031) e Fluminense (1017) fecham o top-5. Rivais estaduais, o Santos e o Corinthians não figuram nem mesmo no top-10 do levantamento.
A avaliação mede os resultados obtidos pelos clubes em torneios internacionais como fator principal para determinar o nível da associação; na sequência as ligas nacionais são avaliadas pelo rendimento das seleções correspondentes, enquanto clubes, partidas e jogadores por estatísticas específicas.
O Ajax possuía, em 1º de outubro deste ano, data limite para aferição, 86 jogadores atuando em equipes das 48 ligas avaliadas ou no próprio clube. Também lidera o Training Index com 108,1 de média.
Na Europa a primeira posição é do Minsk, de Belarus, com 19, enquanto o Athletic lidera nas cinco grandes ligas, sem grandes surpresas, com 16 jogadores revelados em Bilbao.
Para o ranking ser feito, são contabilizados desempenhos em mais de 100 campeonatos de base por todo o país. São levados em conta todos os estaduais disputados no Brasil, catalogados nos sites oficiais de cada federação, do Sub-11 ao Sub-21, assim como as copas, além do Brasileiro de Aspirantes e as demais competições regionais e nacionais.
Foram analisadas 48 ligas nacionais das Américas, da Europa e da Ásia. O levantamento leva em conta dois fatores principais para definir o ranking: quantidade de jogadores formados em um clube, que seguem em atividade como profissionais, e o nível das competições disputadas pelas equipes.
Foram avaliadas as ligas nacionais dos seguintes países: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Áustria, Belarus, Bélgica, Brasil, Bulgária, Catar, Chile, China, Chipre, Colômbia, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Equador, Escócia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Venezuela, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Israel, Itália, Japão, México, Noruega, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Romênia, Rússia, Sérvia, Suécia, Suíça, Tchéquia, Turquia, Ucrânia e Uruguai.
Nas médias as colocações são invertidas, com o Boca liderando com 99,5, River Plate na sequência com 92,2 e o Defensor com 80,1.