Arte Sustentável é um movimento artístico que busca criar obras de arte que sejam ecologicamente corretas e socialmente responsáveis. Essa abordagem se concentra em encontrar maneiras de usar materiais reciclados e sustentáveis em vez de produtos químicos prejudiciais ao meio ambiente
Essa abordagem sustentável de arte também pode ser uma ferramenta poderosa para a educação ambiental. Ao criar obras de arte que promovem a sustentabilidade, os artistas podem ajudar a transmitir informações importantes sobre questões ambientais para o público.
Um exemplo são os projetos educativos do Instituto Inhotim, em Minas Gerais, que utilizam obras de arte contemporânea para ensinar sobre questões ambientais. Outro exemplo são as exposições itinerantes do projeto “Arte Sustentável”, que levam obras de artistas brasileiros para escolas e comunidades carentes.
Os museus podem contribuir para a divulgação da arte ambiental no Brasil por meio da realização de exposições e eventos que apresentem obras relacionadas à temática ambiental. Além disso, podem promover debates e palestras sobre o assunto.
O Ano Europeu da Criatividade e da Inovação surge na sequência e como continuidade do Ano Europeu do Diálogo Intercultural (2008). O objetivo do Ano Europeu é promover a criatividade junto de todos os cidadãos, como motor de inovação e fator essencial do desenvolvimento de competências pessoais, profissionais, empresariais e sociais, contribuir para o intercâmbio de experiências e boas práticas, estimular a educação e a pesquisa e promover o debate político e o desenvolvimento. Procurando respeitar o conceito de aprendizagem ao longo da vida, cuja importância foi realçada na Resolução do Conselho, de 27 de junho de 2002, a promoção da criatividade e da capacidade de inovação deverá ser ajustada a todas as fases dessa aprendizagem, desde a educação pré-escolar e ao longo do período de formação e ensino obrigatório e pós-obrigatório, prosseguindo durante toda a vida.
Na arte sustentável, os artistas buscam criar obras que tenham um impacto positivo no meio ambiente, utilizando materiais recicláveis, naturais e orgânicos. Tom Deininger, por exemplo, é conhecido por criar esculturas a partir de objetos descartados, como garrafas plásticas e pedaços de madeira. Já Banksy, utiliza intervenções urbanas para conscientizar sobre questões ambientais e sociais.
A arte pode ser uma ferramenta poderosa para despertar a consciência ambiental nas pessoas. Através de obras de arte que retratam a natureza, a poluição e as consequências das ações humanas no meio ambiente, é possível sensibilizar e conscientizar os espectadores sobre a importância da preservação ambiental.
Através da arte, é possível chamar a atenção para questões ambientais e pressionar os governos a tomar medidas em prol do meio ambiente. Obras de arte que retratam a poluição e os problemas ambientais podem gerar indignação na população e incentivar a cobrança por políticas públicas mais efetivas.
A arte pode ser usada para promover o turismo sustentável por meio da valorização da cultura local e da divulgação das belezas naturais da região sem prejudicar o meio ambiente.
A noção de adotar uma postura semelhante ao ativismo nas artes teve como um de seus principais defensores o artista Joseph Beuyes. Ele incorporou essa conduta como parte essencial de sua produção. Beuys já abordava questões ecológicas em suas esculturas, performances, entre outros suportes artísticos, de maneira revolucionária.
As instituições culturais também podem contribuir para a sustentabilidade ao adotar práticas mais verdes em suas exposições. Isso pode incluir desde a utilização de materiais recicláveis na montagem das exposições até a conscientização do público sobre questões ambientais. Um exemplo de instituição que adota práticas sustentáveis é o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, que utiliza energia solar e reaproveita água da chuva.
Os artistas podem colaborar com projetos de educação ambiental por meio da produção de materiais didáticos, como cartilhas e livros ilustrados, que abordem temas relacionados à preservação do meio ambiente. Além disso, podem realizar oficinas e workshops em escolas e comunidades.
A arte tem um papel fundamental em moldar comportamentos e pensamentos desde cedo, é preciso compreender a arte como um fator histórico que contextualiza várias culturas ao longo dos séculos para o processo de compreensão de uma sociedade. Assim, a arte teve um percurso desde a Antiguidade até à Contemporaneidade. Ao longo dos tempos, foram-se ajustando os seus sistemas até ao que conhecemos hoje em dia, e percorreu-se um longo caminho até à consciencialização da necessidade de sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente.
A arte tornou-se um canal importante para comunicar e chegar ao público, para tomar consciência de alguns assuntos que de outra forma não chegariam até nós. Os esforços conjuntos entre sustentabilidade e arte são hoje tão precisos, dadas as vastas repercussões das alterações climáticas globais e a dificuldade de perceber isto na maioria das pessoas, sendo que os artistas podem apresentar estes problemas e soluções de forma mais compreensível.
Nesse contexto, podemos inserir a importância da arte como mais uma ferramenta do ativismo ambiental. Ao confrontar o público com informações desagradáveis, muitas vezes difíceis de serem digeridas (como as mudanças climáticas), convergidas em uma experiência estética, a sensibilização ultrapassa a barreira do racional e realmente toca as pessoas. Além disso, é mais fácil ignorar estatísticas do que ignorar imagens e sensações. Quando a arte representa a relação perturbada da sociedade com a natureza, fica explícita a urgência de ação.
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As escolas têm um papel fundamental na formação de uma consciência ambiental por meio da arte ao incluírem essa temática em seu currículo e estimularem os alunos a produzirem trabalhos relacionados à preservação do meio ambiente.
Para perceber o conceito de sustentabilidade, é necessário compreender o percurso da procura pelo conceito, que começa a surgir a partir da década de 1970, resultando de vários desastres ambientais como o da Baía de Minamata, no Japão, o acidente de Bhopal, na Índia, e o acidente nuclear de Chernobyl, na extinta União Soviética, que provocaram na Europa um impressionante crescimento da consciencialização sobre os problemas ambientais. É a partir deste momento de tomada de consciência que se começa a pensar na sustentabilidade de forma mais globalizada e menos local, surgindo várias alternativas de relacionamento da sociedade com o ambiente. Finalmente, a perceção da existência de uma relação entre problemas do meio ambiente e o processo de desenvolvimento, que hoje já se sabe ser um ponto central. Por se tratar de um processo complexo e duradouro, existem hoje diferentes abordagens à sustentabilidade, apesar de tudo, pontos comuns a quase todos os conceitos apresentados e estudados são a existência de necessidades por satisfazer e a existência de limitações físicas para atender a essas necessidades, que fazem deste conceito complexo, dinâmico e carregado de valor.