Livre arbítrio seria a capacidade de tomar decisões por conta própria, a capacidade de escolher como agir e se comportar. Um famoso e polêmico estudo de neurociência do norte-americano Benjamin Libet, da Universidade da Califórnia, de 1983, diz que o livre arbítrio é uma ilusão. Não existe!
Santo Agostinho distingue, pois, o conceito de liberdade do conceito de livre-arbítrio. A liberdade "liberta", no sentido de que o ser humano se vê afastado do pecado, vivendo na graça divina, em oposição à escravidão, que consiste no atendimento das paixões.
A liberdade da vontade funda-se na consciência da independência da razão em relação às sensibilidades. No entanto, Kant afirma que não se deve identificar razão prática como liberdade: há sempre na liberdade uma zona de livre-arbítrio pela qual se pode optar contra a lei moral.
A liberdade surge como um direito de cada um, na condição de cada sujeito e sua capacidade de ser dono do próprio destino. Fundador do racionalismo moderno, o filósofo René Descartes (1596-1650) associa a liberdade ao conceito de livre-arbítrio. ... “Onde não há lei, não há liberdade”, disse Locke.
O Livre-Arbítrio da vontade humana A concepção de Agostinho de Hipona a respeito da origem do mal tem por fundamente retirar de Deus qualquer responsabilidade de ser o autor do mal e mostrar que o responsável pela origem do mal é o próprio homem por meio do seu livre-arbítrio da vontade.
O apelo às leis divinas e à supremacia do poder de Deus sobre quaisquer poderes humanos atribui um caráter crítico ao pensamento político de Santo Agostinho, pois fornece critérios para o julgamento das autoridades seculares e das leis positivas.
Segundo Agostinho o amor ao próximo (a caridade) será visto como a força motriz de toda socialização entre os seres humanos18. O amor é o poder basilar da vontade que culmina na liberdade para Deus, supremo Bem. Esse amor — direcionado aos homens, por causa de Deus — é a caridade.
A ética do amor estabelece critérios para que aqueles que se encontram em situação mais delicada - privados dos bens necessários à vida - possam receber com prioridade o amor que se transforma em justiça social.