A despolarização de uma célula se refere à saída de repouso (que é de -70 mV na célula de músculo estriado, por exemplo) pela entrada de íons de Na+ na célula. Isso faz com que a célula fique mais positiva e chegue ao umbral (+40 mV na célula de músculo estriado).
A despolarização é a primeira fase do potencial de ação. Durante essa fase, ocorre um significativo aumento na permeabilidade aos íons sódio na membrana celular. ... A repolarização é a segunda fase do potencial de ação e ocorre logo em seguida à despolarização.
A mudança da polarização que ocorre com a entrada do sódio é denominada despolarização. No entanto, esse íon é rapidamente expulso, mediante a ação da bomba de sódio, e a membrana retorna à sua polarização inicial, positiva na face externa e negativa na face interna.
A despolarização do miocárdio ventricular produz a contração ventricular. Ela é marcada por uma grande deflexão no ECG chamada de complexo QRS. A amplitude do complexo QRS é muito maior do que a da onda P porque os ventrículos têm muito mais massa muscular do que os átrios.
Portanto, as ondas normais registradas nestas derivações são: Em V1-V2: pequena positividade seguida de grande negatividade; Em V3-V4: tendência de ser isodifásica com a fase inicial positiva; Em V5-V6: pequena negatividade inicial, grande positividade, podendo ou não haver pequena negatividade terminal.
A onda P representa a despolarização atrial; As ondas QRS representam a despolarização ventricular, que ocorre em 3 fases: despolarização septal (onda Q), despolarização das paredes ventriculares (onda R) e despolarização das regiões atrioventriculares (onda S);
A onda T representa, no eletrocardiograma, a repolarização ventricular. Geralmente o registro é de uma deflexão arredondada e lenta, habitualmente com polaridade igual a do complexo QRS. Normalmente, a onda T é assimétrica, com ramo ascendente lento e descendente com maior inclinação.
Além disso, pacientes jovens afrodescendentes saudáveis podem apresentar ondas T negativas de V1 a V4 precedidas por um segmento ST convexo. Dica: ondas T negativas em paredes lateral ou inferior, mesmo em pacientes jovens, sempre deve levar à investigação de cardiopatia estrutural (ex: cardiomiopatias).
Classicamente a onda T fica invertida e simétrica nas derivações correspondentes ao local da isquemia que provoca a angina. Exemplo disso é encontrar inversão da onda T nas derivações D1 e AVL que correspondem a parede lateral do ventrículo esquerdo. A angina, ou dor no peito, pode ou não ter origem cardíaca.
Onda T - corresponde à repolarização ventricular (relaxamento). EFEITO DA DIRECÇÃO DA ONDA DE DESPOLARIZAÇÃO NAS DEFLECÇÕES DO E.C.G. A onda registada será positiva quando a onda de despolarização se dirige para o eléctrodo positivo.
A onda Q patológica deve ter pelo menos 40ms de duração (1mm) e apresentar pelo menos 1/3 da amplitude do QRS, em 2 derivações vizinhas.
Representa a medida do tempo de aparecimento da deflexão intrinsecóide, ou seja, a medida, em tese, do tempo gasto para que o impulso despolarizante percorra toda a espessura do ventrículo esquerdo; estende-se do início do complexo QRS até o pico da onda R (figura acima e à direita).
O eletrocardiograma é o exame fundamental e de maior importância para se identificar um "ataque cardíaco" causado por infarto agudo do miocárdio. Mas ter um eletro normal não descarta a possibilidade do paciente estar tendo um infarto.
Atualmente, quando os pacientes se apresentam em salas de emergência com sintomas de ataque cardíaco, os médicos os avaliam em parte usando um teste de troponina cardíaca para medir uma proteína liberada no sangue quando o coração está danificado. Esse exame tradicional dura cerca de três horas.
Exame físico. Eletrocardiograma (ECG ou EKG) - um teste que examina a atividade elétrica e o ritmo do coração; o diagnóstico de um ataque cardíaco pode ser feito pelas alterações observadas em um ECG.
O infarto agudo do miocárdio relacionado a oclusão de artéria que irriga a parede inferior do ventrículo esquerdo pode se expressar com supradesnivelamento do segmento ST.
Infarto agudo lateral do ventrículo esquerdo (traçado obtido poucas horas após o início da doença) Há um evidente elevação hiperaguda do segmento ST nas derivações D1, aVL, V4 e V6, bem como infradesnível recíproco em outras derivações.
A presença de um supradesnivelamento do segmento ST em uma ou mais paredes (regiões correspondentes a determinadas artérias) é indicativa de uma oclusão coronariana com alta morbimortalidade. Por isso, o IAM é tipicamente dividido em IAM com Supradesnivelamento do segmento ST ou sem Supradesnivelamento do segmento ST.
Síndrome coronariana aguda com supradesnivelamento do segmento ST corresponde à oclusão da artéria coronária e correspondente necrose dos miócitos causada pela isquemia prolongada.