Há demonstrativos que admitem a anteposição de artigo, como "mesmo" e "próprio". Antes de suas formas femininas, pode ocorrer a crase, portanto. Assim: "Referia-se à mesma pessoa", "Dirigiu-se à própria diretora". Há, finalmente, os demonstrativos iniciados pela vogal "a", que têm um comportamento próprio.
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase.
Gramática. Usamos a crase na indicação de horas, exceto se o artigo definido feminino (a/as) estiver precedido das preposições 'até', ' desde', 'após', 'entre' e 'para'. De acordo com a Gramática da Língua Portuguesa, devemos utilizar o acento grave (crase) como indicativo de horas.
Não se usa crase se antes das horas há a preposição "após". g) Não haverá transporte das 9h às 10h. Na indicação de horário, sempre usamos crase. As exceções são apenas para os casos em que as preposições "após, desde, entre, para" antecede as horas.
A crase nada mais é do que a fusão da preposição “a” e do artigo “a” (ou dos pronomes demonstrativos “a”, “as”, “aquele(s)”, “aquela(s)”, “aquilo”). A junção dos dois “as” é graficamente representada pelo acento grave (à) — veja bem, a crase não é o nome do acento, mas sim do fenômeno.
A expressão “as vezes” é sinônima de “as ocasiões”. A expressão “às vezes” significa “de vez em quando”. Elas se diferenciam pela presença do acento grave. ... O acento grave da expressão às vezes é indicativo de crase.
→ Às vezes (com acento grave) Trata-se de uma locução adverbial de tempo, ou seja, significa que essa expressão gera efeito de sentido sinônimo a “de vez em quando”, “por vezes”, “ocasionalmente”. Haverá crase sempre que a expressão sugerir sentido de tempo.
As palavras às e ás existem na língua portuguesa e estão corretas. Apesar de na escrita apenas serem diferentes na acentuação, o uso do acento agudo (´) ou do acento grave (`) faz com que essas duas palavras tenham significados diferentes, devendo ser usadas em situações distintas.